domingo, 2 de agosto de 2015

Notas sobre a Liturgia








Graça e Paz!

Desde novembro de 2011 a nossa Paróquia se articula a partir de uma Assembléia que envolveu todas as lideranças comunitárias em vista da elaboração de um subsídio que auxiliasse a unidade e a dinâmica pastoral em nossa Paróquia. Agora, primeiro domingo de Agosto de 2015, mês dedicado às vocações, nossa Paróquia começa a articular sua caminhada para o próximo três anos. Estamos vivenciando o Ano das Missões e começamos a articular nossas forças para a assembléia do ano que vem. Neste sentido, oferecemos desde já um texto que servirá como base para a nossa Liturgia. 

1.      A Tradição Eucarística de Jesus de Nazaré



"FAZEI ISTO EM MEMÓRIA DE MIM!"

A base para a compreensão da Eucaristia é a última ceia de Jesus de Nazaré. Sobre a Ceia de Jesus nós recebemos biblicamente duas tradições: uma representado por São Paulo e pelos Evangelhos Sinóticos, a saber: Mateus, Marcos e Lucas. A outra tradição é representado pelo Evangelho de São João. A primeira tradição está centrada na partilha do Pão e do Vinho, como seu corpo e sangue. A segunda tradição que é a proclamada no Evangelho de hoje traz a versão Joanina para a mesma Ceia, está centrada no gesto conhecido como Lava - pés. É preciso muita atenção porque não se trata de uma encenação.

A celebração do Lava- pés é um testamento. Um testamento em ato daquilo que Jesus espera que seus seguidores consigam fazer em vista de um mundo melhor. Em um mundo marcado pela tirania dos poderosos, pelo desrespeito aos pequenos, pelo menosprezo da vida, faz-se necessário uma retomada de valores capazes de alimentar sonhos de paz e concórdia. O Evangelho mostra a soberania de Jesus que tudo recebeu do seu Pai, dele havia saído e para ele passaria. Este passar para o Pai é um jeito que o Evangelista encontrou para falar sobre tudo o que viria a acontecer na ótica de uma nova Páscoa. A Páscoa de Jesus é assinalada em seu sangue. No seu sangue encontramos a comunhão com Deus. Os primeiros versículos antes de falar realmente do lava- pés é um tipo de introdução para a segunda parte do Evangelho iniciada justamente com este gesto. O autor deixa claro para nós que tudo deve ser lido na ótica do amor: “tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim!” Ao mistério do Amor de um Deus que apaixonado vive sua paixão na entrega à humanidade se opõe o desejo do traidor: “O diabo já tinha seduzido Judas Iscariotes para entregar Jesus.”

Não imaginemos que o diabo espiritualmente entrou em Judas. O que acontece é outra coisa, o diabo quer dizer divisor. O coração dividido de Judas se tornou tão distante com o passar do tempo a ponto de não mais reconhecer o amigo Jesus. Esta magnífica dinâmica do amor de Deus que se encontra com a dureza de coração da humanidade ganha mais consistência quando se afirmar que tudo está acontecendo dentro dos liames da liberdade de Jesus: ele sabe o que está fazendo, ele o faz por amor e por coerência de fé em Deus. É expressa para nós também a fé de Jesus, um dado pouco trabalhado e por sinal necessário! Esta autonomia é expressa assim: 

“Sabendo que o Pai tinha posto tudo em suas mãos e que de junto de Deus saíra e para Deus voltava”. Do alto de sua singular liberdade, agora encontraremos expresso para nós, com toda aspereza possível, o alcance do amor de Deus revelado em seu filho. 

Primeiro: “Jesus levantou-se da ceia”. Isto revela aquele que se levanta é diferente, tem as rédeas de toda a situação em suas mãos. 

Segundo: “tirou o manto, pegou uma toalha e amarrou-a a cintura. Derramou água numa bacia” Tirar o manto é despojar-se. Lembremos-nos de Fl 2, 5-11: sendo igual a Deus não se apegou a isto, mas esvaziou-se. O amor incondicional de Jesus é despojado de privilégios e aqui encontramos uma oposição a muitas de nossas atitudes religiosas porque somos apegados demais a privilégios que nada tem a revelar sobre Jesus! Este gesto nos mostra a grande crítica de Jesus aos poderosos estabelecidos em nossa história.

Terceiro: “pôs-se a lavar os pés dos discípulos e enxugava-os com a toalha que trazia à cintura”. Apenas a mulheres e os escravos faziam este serviço no tempo de Jesus. Eis a radicalidade do amor: despojado dos privilégios, mostra-se como serviço! Isto para nos dizer que nossa fé não se converter em serviço, de nada serve, pode ser um culto muito bem realizado, bonito. Entretanto, não passará de estética! Sem conteúdo e incapaz de dizer algo aos homens. 

Quarto: Jesus se ajoelha para lavar os pés dos discípulos. Quem está de joelhos e com uma bacia na mão nem tem como fugir, nem tem como reagir caso seja atacado. Este é Jesus, o Deus ajoelhado, o Deus humilde, o Deus que se torna indefeso por amor de cada um de nós. Neste gesto vemos outra coisa fulgurar: na mesma bacia, com  a mesma água com a mesma toalha, com a mesma atenção e carinho, Jesus lava os pés do discípulo amado e também do traidor.

Daqui percebemos que o amor não conhece limites, não faz distinção nem é preconceituoso. Tanto o amado quanto o traidor são atingidos pelo mesmo jeito de amor e nossa oração hoje deve levar em conta que muitos daqueles que nós erroneamente julgamos, são tão amados por Deus quanto qualquer um de nós e que está numa Igreja não quer dizer muita coisa se não tivermos um amor incondicional a Deus convertido em serviço aos irmãos, se não tivermos um amor humilde, despojado de privilégios e de poder, aberto a todos, e sempre propondo a reconciliação.

Muitos entre nós são os amados, e outros tantos são os traidores, todos no entanto, abraçados pelo mesmo amor. E isto revela para nós que Jesus em seu jeito de ser revoluciona nossas relações, deseja revolucionar nossas relações sempre. Em suma, estamos diante de uma severa crítica às estruturas políticas e religiosas do tempo de Jesus e igualmente do nosso tempo pois não há verdade no poder se este não se converte em serviço. Encerro esta primeira parte deixando que o mestre mesmo nos fale:

“Entendeis o que eu vos fiz? Vós me chamais de Mestre e Senhor; e dizeis bem, porque sou. Se eu, o Senhor e Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns aos outros. Dei-vos o exemplo, para que façais assim como eu fiz para vós”.

A outra tradição aparece sintetizada nas Celebrações Eucarísticas:

"Ele tomou o pão, deu graças e o partiu e o deu a seus discípulos dizendo: 'tomai todos e comei: isto é o meu corpo que será entregue por vós!' Do mesmo modo, ao fim da Ceia, Ele tomou o cálice em suas mãos, deu graças novamente e o deu a seus discípulos dizendo: 'tomai todos e bebei: este é o cálice do meu sangue, o sangue da Nova e Eterna Aliança que será derramado por vós e por todos para a remissão dos pecados. Fazei isto em memória de mim!'"

É muito interessante que na Quinta feira Santa, dia da Instituição da Eucaristia estas duas tradições apareçam na mesma celebração. Porque nos mostra que elas são complementares. Infelizmente muitos viram que a frase que encerra a primeira tradição: "fazei isto em memória de mim!" é uma ordem apenas de cunho litúrgico no qual a obrigação seja apenas de manter a celebração, quando na verdade, esta ordem para que se faça em sua memória quer dizer que é preciso que a vida dos seguidores de Jesus sigam seus passos e seus passos culminam na entrega confiante da própria vida para o bem de todos. "Fazei isto em memória de mim!" não é apenas ter um altar no qual se consagre o pão e o vinho para que estes se transubstancializem mas, o altar com o pão e o vinho que serão corpo e sangue de Jesus deve ser o ponto de chegada e de partida novamente daqueles que se entregam a Jesus. É o mesmo que dizer que aquele que se achega do Banquete Sacrifical de Jesus deve estar disposto a celebrar a sua vida como Banquete festivo e sacrifical em nome do mesmo Jesus e de todo o mundo. 

Algumas atitudes podem mostrar o quanto é superficial a adesão de muitos a Jesus, pois se de um lado se tem uma vida de comunhão Eucarística se tem na mesma vida a maldade, a mentira, o desejo egoísta de denegrir a imagem de outros ou prejudicar o futuro de outros. "Fazei isto em memória de mim!" É fazer da própria vida pão que alimenta os famintos de paz, de pão, de justiça, de amor e de Deus mesmo. Ainda, entregar a própria vida se preciso for em nome do mesmo sonho de Jesus: o Reino de Deus. 

Falei que as tradições são complementares porque ambas giram em torno da grandiosa diaconia ao mundo, ou seja, o serviço desinteressado em favor do mundo inteiro. A Igreja não pode se ver como uma fortaleza em um mundo hostil e sim como sal da terra e luz do mundo e o caminho pelo qual isto se efetiva é assumir como sua a Tradição de Jesus, fazer da vida de Jesus a nossa vida. E assim, convertendo nossas forças e tempos em serviço ao mundo como nos ensina João no seu relato do Lava - pés, fazer de nossa vida sacramento, memória do próprio Jesus. 

A celebração da Missa é o memorial da morte e ressurreição de Jesus. Não é apenas uma recordação do que aconteceu há tantos anos atrás. Não é um teatro e nem uma representação. Mas em cada celebração da eucaristia, atualiza-se nos nossos altares aquele único e supremo sacrifício de Cristo na cruz. Por isso a Eucaristia deve ser celebrada com muito respeito e devoção. Devemos evitar dois exageros na celebração:         
 - o legalismo, que é o apego às normas, um rigorismo fechado não dando lugar a uma criatividade sadia prevista pelas normas litúrgicas      
 - o liberacionismo, que desconhece ou passa por cima das normas litúrgicas, desrespeita o essencial da celebração, confunde criatividade com novidade, invencionices e caprichos pessoais.

2.      Disposições gerais

* Os participantes da equipe de celebração devem ter um especial cuidado com a roupa: vestidos muito curtos ou decotados, bermudas, camisas de clubes de futebol, camisetas com estampas de bandas de rock, chinelos etc. Os MECEs tenham sempre vestes limpas.

* Na celebração da Eucaristia há várias atribuições e funções. Cada um deve fazer o que lhe compete, cumprir a sua obrigação sem invadir o que é de competência de outro.

* A equipe de celebração deve informar o padre que presidirá a missa, sobre o que será feito: cantos, procissões. Tudo deve ser feito em sintonia, união e comunhão. Isto pode ser feito mediante o roteiro da missa, a ser preenchido com antecedência e entregue para o padre antes do início da celebração.


3 - AS ATIVIDADES

3.1- A Equipe de Acolhida

A equipe de acolhida, onde houver, deve chegar antes ao local da celebração para acolher as pessoas que chegam. A acolhida deve ser feita com alegria, simpatia e simplicidade. Tudo com muita naturalidade. As desavenças pessoais que representam um escândalo, não devem dificultar um sorriso e um aperto de mão à porta da igreja. Cabe à equipe de celebração acompanhar os idosos até o banco; providenciar um lugar para as mães com crianças de colo ou para as grávidas. É também dever da equipe de acolhida fazer com que as pessoas entrem na igreja e não fiquem paradas na porta. Sempre que necessário, a equipe de acolhida poderá organizar as procissões, principalmente a das ofertas. No final da celebração a equipe estará na porta da igreja agradecendo a presença das pessoas e convidando para a próxima celebração.

3.2 - Os coroinhas
É muito louvável que haja coroinhas. Mas eles devem ser instruídos. Por exemplo, explicar-lhes que devem levar ao altar primeiramente o cálice, os cibórios com hóstias a serem consagradas e depois o vinho e a água. O trabalho principal deles é servir o altar. Cabe a eles trazer ao altar as ofertas do pão e do vinho, quando não houver procissão das ofertas. Também cabe a eles segurar as velas ao lado do padre na hora da leitura do Evangelho.

3.3 – Motivação
A tarefa principal dele é ajudar a comunidade a celebrar dignamente. Por isso, deve estar bem preparado, e não ser um simples leitor do folheto. Deve estar vestido com sobriedade. Em nossa Paróquia retiramos os comentários mas cabe as boas-vindas aos presentes, mas com naturalidade e não insistindo para que o povo responda, assim: "Não ouvi! Bom Dia a todos!"

3.4 - Os MECEs

Os Ministros Extraordinários da Comunhão Eucarística, como o nome diz, devem auxiliar o padre na distribuição da comunhão aos fiéis durante a celebração. Não devem ocupar o lugar dos coroinhas. Depois do Pai-nosso, já devem buscar os cibórios do sacrário e deixá-los no altar. Não é função dos MECEs procurar locais para as pessoas sentarem, ou menos ainda gesticularem pedindo às pessoas que venham até lugares vazios.



3.5 - Os Cantores

O canto na liturgia é sempre uma oração. É preciso cantar com o coração e não dar um show ou fazer espetáculo. Deve-se cantar o canto certo na hora certa. O canto acompanha a ação litúrgica. Por isso deve estar integrado ao momento da celebração. Assim: o canto de entrada termina quando o presidente chega no altar; o canto de ofertório só tem sentido enquanto o padre apresenta as ofertas e o canto de comunhão durante a comunhão dos fiéis. Lembrando que não obrigatoriamente até o final. Não se deve cantar todas as estrofes dos cantos, mas apenas as necessárias para acompanhar os ritos.
Os cantos devem ser escolhidos com critérios, apropriados para cada momento da celebração. Sobretudo nas partes fixas da missa: Ato Penitencial, Glória, Santo, Cordeiro de Deus. Esses cantos devem ser cantados inteiros.
Não é porque na letra do canto tem a palavra Santo ou Glória que seja adequado para aquele momento. Por exemplo: na hora do Santo, cantar o canto "O Senhor é Santo, Ele esta aqui..."; ou na hora do Glória, o canto "Na beleza do que vemos Deus nos fala ao coração..."; ou "João viu o número dos redimidos...". Há muitos cânticos, que, embora contendo uma mensagem linda, não são litúrgicos.
É louvável cantar os refrões da Oração Eucarística e, sobretudo, o Amém da doxologia final. Mas, é preciso que os cantores estejam atentos. O presidente da celebração deve ser avisado antes da missa sobre as partes fixas que serão cantadas: Ato Penitencial, Glória, Santo, Refrões da Oração Eucarística, Amém da doxologia, Cordeiro; tudo isso deve constar no roteiro. Quanto ao "Cordeiro de Deus...", quando não for cantado, deve ser iniciado por um cantor; ou, o comentarista, ou um ministro... Não cabe ao padre iniciá-lo. O canto não é patrimônio de alguns. Toda a assembleia deve cantar e não "assistir um grupo cantar". A função do grupo de cantos é ajudar o povo a cantar. Ninguém deve cantar no lugar do povo. É preciso também evitar cantos exclusivos de um ou outro movimento de espiritualidade. Os instrumentos musicais devem ser afinados antes e não quando a igreja já está repleta de gente. O mesmo se faça com o ajuste dos microfones.
O som dos instrumentos musicais não deve abafar a voz da assembléia, mas apenas sustentar o canto.  
                                                                                              
3.6 - Os leitores

Quando na Igreja se leem as Escrituras, é Deus que fala. O leitor empresta a sua voz a Deus. Conclui-se daí que os leitores devem preparar bem a leitura, isto é, a Proclamação. O leitor deve proclamar a Palavra de Deus e não apenas ler. As palavras devem nascer do coração e não apenas dos lábios. Por isso, é preciso escolher pessoas que leem bem. Os leitores usem trajes adequados para a celebração. O lugar adequado para as leituras é a Mesa da Palavra ou Ambão. O leitor não se faça esperar. Coloque-se à Mesa da Palavra para iniciar a leitura sem demora, não deixando um 'vazio' na celebração. Não deve dizer: Primeira Leitura; Segunda Leitura; muito menos ler a citação bíblica. Mas iniciar diretamente a Leitura citando o Livro bíblico de onde foi tirado o texto: Profecia de...; Carta de São Paulo aos... A procissão solene da Palavra não precisa ser feita em todas as missas. O Lecionário deve ser levado na procissão de entrada por um dos leitores. Quando houver uma entrada solene da Palavra, que seja bonita e não demorada; as pessoas devem caminhar com naturalidade e não com passos de câmara-lenta. A Bíblia ou Lecionário usado na procissão deve ser usado para as leituras. Não tem sentido trazer um livro e ler a Palavra de Deus de outro. Não se leva a Bíblia no ofertório, porque a liturgia da Palavra termina com a Oração dos fiéis.

3.7 - O Salmista
O Salmo responsorial faz parte da Liturgia da Palavra e não pode ser substituído por outro canto. Cantado ou rezado, o Salmo Responsorial é a resposta à Leitura proclamada. De preferência deve ser cantado. O salmista canta ou lê o refrão e a assembléia repete. No início e no final ele pode cantar duas vezes o refrão. Depois de cada estrofe se repete o refrão apenas uma vez. No final de cada estrofe, o salmista pode levantar a cabeça para que a assembléia saiba que é sua vez de repetir o refrão. Evite-se repetir após as estrofes a ordem: "todos".


4 - A CELEBRAÇÃO

4.1 - As intenções da missa

Devem ser lidas antes do início da celebração. Se forem muitas as intenções, que sejam lidas alguns minutos antes do início da celebração. Não se deve retardar o início da missa porque alguém que chegou em cima da hora quer fazer sua intenção. É aconselhável orientar que os que desejarem fazer suas intenções cheguem antes, pois, normalmente, são sempre as mesmas pessoas. É bom separar as intenções: pelos falecidos, pedidos, agradecimentos... Evite-se as repetições dos sobrenomes e, sobretudo, a fórmula: "pela alma de...". É mais bonito dizer: "Nesta missa rezaremos pelo descanso eterno de nossos irmãos...."; ou, "Hoje rezamos por nossos irmãos/as falecidos...." "Pedimos ao Senhor por...."; "Agradecemos as graças recebidas...."

4.2 – Passos para uma boa acolhida antes de começar a Missa ou Celebração da Palavra.
Antes de tudo, saúda as pessoas com naturalidade e simpatia. Não deve ser uma simples leitura do folheto. É bom lembrar o domingo ou dia da semana em que celebramos: "Hoje celebramos o Vigésimo Domingo do Tempo Comum".


4.3 - Procissão de entrada
A ordem da procissão de entrada é a seguinte: A Cruz Processional, coroinhas, os leitores, MECEs,  e o celebrante. Nas missas com batizados, os pais podem entrar com as crianças logo depois da cruz. O sentido da procissão de entrada é lembrar que somos um povo peregrino em direção da casa do Pai. Significa também o desejo sincero de buscar e encontrar Deus.
Na Procissão de Entrada, devemos andar com passos normais e com boa postura. Não se deve correr nem caminhar devagar demais. A equipe de celebração deve entrar duas a duas e não uma na frente da outra.
Durante a procissão de entrada, a Cruz ou o Lecionário/Bíblia deve ser levantado acima da cabeça. Ao chegar ao altar cada objeto deve ser colocado imediatamente no seu lugar.
É importante que cada um saiba o lugar a ocupar no presbitério. Ao chegar em frente o altar, fazer genuflexão onde houver o Santíssimo e uma inclinação onde não houver.
A procissão começa com o canto de entrada.
4.4 - A Liturgia da Palavra
Confira o que foi dito sobre os leitores.
4.5. Preces:
Devem ser produzidas pela própria equipe de Liturgia preferencialmente. Caso a Equipe não consiga elaborar as preces, pelo menos transcreve de uma fonte segura para uma outra folha que pode ser colocada na pasta das preces.
A resposta PODE ser cantada, caso a equipe de cântico julgue conveniente. Caso não seja cantada a resposta, o Ministério de Música deve comunicar à Equipe de Liturgia uma vez que a resposta a ser cantada deve ser a da Liturgia Diária.

4.6 - Apresentação das ofertas
Esse momento da liturgia chama-se APRESENTAÇÃO DAS OFERTAS e não "ofertório". A igreja oferece ao Pai o Corpo e Sangue de Jesus. Por isso, o verdadeiro ofertório acontece logo depois da consagração. Esse é o momento de apresentar os dons, sobretudo do pão e do vinho que serão o Corpo e Sangue de Jesus. Por isso, é importante apresentar o pão e o vinho que serão consagrados.
Apenas o pão e o vinho usados na celebração devem ser colocados sobre o altar. Se os objetos forem colocados diante do altar, é preciso tomar cuidado para não esconder o altar. As ofertas devem ser trazidas numa atitude de apresentação: à altura do peito, ou do rosto. Não é preciso ficar parado diante do altar mostrando-as à assembléia.

4.7 – Pós Comunhão
Se for feita uma ação pós comunhão deve ser feita logo depois da comunhão. “A Ação de Graças” deve concordar com o sentido da celebração. Ao contrário, as homenagens são feitas após a oração de conclusão da comunhão.
4.8 – Avisos
Os avisos devem ser feitos depois da oração que conclui a comunhão.
5. Música

O Catecismo da Igreja Católica aponta-nos que: “O canto e a música desempenham sua função de sinais de maneira tanto mais significativa por ‘estarem intimamente ligados à ação litúrgica’, segundo três critérios principais: a beleza expressiva da oração, a participação unanime da assembleia nos momentos previstos e o caráter solene da celebração. Participam assim da finalidade das palavras e das ações litúrgicas: a glória de Deus e a santificação dos fiéis.”
E se resta-nos alguma dúvida sobre o que é uma música litúrgica e, ao mesmo tempo, seu uso, a CNBB nos mostra de forma bastante clara: “Quanto mais uma obra musical se insere e se integra na ação litúrgica e em seus diversos ritos, ‘aqui e agora’, e na celebração comunitária, tanto mais é adequada ao uso litúrgico. Ao contrário, quanto mais uma obra musical se emancipa do texto, do contexto, das leis e ritos litúrgicos, muito embora se torne demonstração de arte e de cultura ou de saber humano, tanto mais é imprópria ao uso litúrgico”.
Assim, podemos perceber que o canto é extremamente importante na Celebração dos Santos Mistérios, de forma especial da Santa Missa e da Liturgia das Horas. A Igreja nunca deixou de afirmar, mas sempre salientou e o continua fazendo de que há uma maior nobreza e solenidade ao usar o canto da Liturgia, sendo a música sempre sua expressão profunda.
Como colocado acima, o canto é necessário e desejado sendo que, inclusive, por meio dele se atinge uma participação ativa e frutuosa na Missa. Porém, por mais que a Igreja incentive os cantos, não tolhendo nenhuma forma musical, ela nos concede uma liberdade para escolhê-los, dentro de normais gerias que, na verdade, nada mais são que expressões simples de bom senso daqueles que têm o ministério musical.

A primeira regra é que os cantos da Santa Missa devem ser escolhidos segundo o Tempo Litúrgico, a tônica da Celebração e seu próprio lugar dentro dela. A outra norma geral é que, há sempre necessidade de fidelidade às normas litúrgicas ao se escolher os cantos, especialmente ao não se substituir hinos litúrgicos por cânticos que falam uma o u duas palavras da forma original (não é porque um canto diz “Glória” que ele poderia ser usado no Hino de Louvor). Por fim, há uma terceira regra geral e que, de certa forma, gera as outras duas: é um direito de todo cristão católico ter música de boa qualidade e idônea na celebração da Santa Missa.
Ao falarmos de repertório, porém, recordamos que nem sempre se é possível achar um cântico bom (ou seja, que tenha conteúdo, melodia…) e que encaixe-se dentro de determinada parte da Santa Missa ou da Liturgia católica, por isso, a Igreja expressou-nos a sua preocupação atual sobre a música ao dizer que: “Portanto, é necessária uma renovada e mais profunda consideração dos princípios que devem estar na base da formação e da difusão de um repertório de qualidade. Somente assim se poderá permitir que a expressão musical sirva de modo apropriado a sua finalidade última, que ‘é a glória de Deus e a santificação dos fiéis”’.
Os instrumentos:
Fica à critério das comunidades e dos Ministérios de Música a escolha adequada dos instrumentos a serem utilizados. Levando em consideração que o instrumento deve ser adequadamente tocado e se dê prioridade a violões e teclados.


 Pedimos que as comunidades se organizem desde então para fazer as adequações necessárias e assim possamos no Advento do Senhor todas as normas assimiladas e postas em prática. 

São Pedro e São Paulo, Tibiri II, 02 de agosto de 2015

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