segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Sugestões para a Primeira Semana da Quaresma



Graça e Paz!

No Evangelho da Quarta Feira de Cinzas, ocasião de abertura da Quaresma, Jesus nos ensinava sobre três práticas que nos conduzem neste período mas não apenas neste período e sim a partir deste período. A Quaresma é o período de início de uma caminhada constante de conversão. Por meio de sua Igreja, o Senhor nos oferece sempre a oportunidade de lutar por nossa conversão em vista da acolhida real e sincera do Reinado de Deus em nós.

O Jejum é algo que pode ser compreendido de maneira equivocada, nas redes sociais vemos pessoas exibindo fotos nas quais se pode visualizar suas novas formas físicas. Neste sentido, Jejum sem Oração é regime. Não estamos na Quaresma para perder peso, estamos para nos esvaziar daquilo que não nos aproxima de Deus e dos irmãos. Estamos vivenciando a Quaresma para fazer em nossa vida uma revisão acerca de nosso Batismo, de nossa adesão a Jesus e de nosso zelo pelo seu Reino. Mesmo os cristãos parecem ter perdido a noção do que significa o Jejum e passam a postar fotos sobre seu Jejum ou sobre o esquecimento do Jejum. Vale lembrar que Jesus afirma que a propaganda acerca destas realidades nos faz perder o reconhecimento da parte do Pai. 

Gostaríamos de fazer algumas indicações de Jejum, Caridade e Oração para esta semana:

Sobre o Jejum:

Não haverá grande riqueza em abrir mão de uma refeição, deixar de comer carne, se isto não for seguido de um amplo esforço de mudança de vida. Por isso, sugerimos a retirada de coisas que denigrem a imagem da pessoa tal qual ela deve se portar diante de Deus e do mundo. Ex. Ao longo desta semana e quem sabe daqui em diante, abrir mão daquela doentia dedicação às novelas, que nos últimos tempos são dedicadas apenas a afrontar a imagem da pessoa, banalizando a família, incentivando a traição, a mentira, a vingança, o ressentimento e a exclusão de todos os que são diferentes, a exploração do outro e a má imagem passada acerca dos pobres. Há nas novelas ultimamente um recurso que não poderá nos enganar: a temática homoafetiva. A questão é complexa e delicada para ser tratada com tanta banalidade como vemos nas novelas, além do que os intérpretes deste papel não possuem esta orientação sexual o que mostra que sob a desculpa de expor o tema, apenas vemos a banalização da própria questão.
Segundo, o chamada reality show, Big Brother Brasil que se sustenta de uma manipulação perigosa das pessoas que estão na casa e que é passada pela própria rede Globo como um laboratório acerca do ser humano. Como uma apresentação acerca do que o ser humano é capaz não induz os participantes a atos da altruísmo e solidariedade? Apenas se manipula para a batalha entre os participantes como se o ser humano não fosse capaz de bondade.
Terceiro, a Internet. Nós somos senhores do nosso tempo no sentido de que nós organizamos o tempo para o que nós desejamos. Mas a internet, super recurso de conhecimento e comunicação pode isolar a pessoa do mundo no qual ela vida. Sugerimos que cada um organize seu tempo e limite o tempo que passado na Internet. E além de olhar e regular seu tempo, saiba igualmente selecionar o que vai ver neste instrumento que pode sim fazer bem desde que seja bem utilizado!

Sobre a Caridade:

O Jejum fundamenta a Caridade pois o tempo redimido a partir dos exemplos acima pode ser dedicado com mais qualidade ao serviço dos outros: visita aos doentes por exemplo seria uma boa ação daqui em diante. Depois, nós vemos outras formas de caridade, com base na Liturgia de Domingo na qual se fala da Aliança vemos que somos responsáveis pela Criação inteira, neste sentido,  usar a mangueira para "varrer" a calçada, serviço que deveria ser feito com a vassoura, pode ser considerado PECADO, dado o fato de estarmos em uma crise no que diz respeito aos recursos. Outra coisa que poderíamos utilizar como exemplo é o Cuidado com o seu lixo e plantar uma árvore seriam obras de Caridade que demonstrariam o cuidado com a criação. Além destas que agora citamos, lembramos que "socorrer os aflitos em suas necessidades materiais e espirituais corresponde a um meio de se demonstrar a vivência e o Evangelho de Jesus".

Sobre a Oração:

Ao longo deste período fortalecer a participação na vida de oração de sua comunidade tendo como ponto de partida a sua vida familiar. Muitas práticas nos são oferecidas pela Igreja: Missa, Ofício Divino das Comunidades, Via - Sacra, celebrações da Palavra de Deus. Precisamos neste período fortalecer momentos também de Oração em família: o terço, a partilha da Palavra em casa, as orações antes das refeições.

Desejamos que ao final desta semana tenhamos chegado a percepção de que consigamos já nos livrar de muitas coisas que não nos servem e que não necessitaremos nunca! Uma ótima semana a todos.


quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Lembra-te que do pó vieste e do pó hás de voltar.

A Quarta-feira de Cinzas na Igreja é um momento especial porque nos introduz precisamente no mistério quaresmal.

Uma das frases  no momentio da imposição das cinzas  serve de lembrete para nós: ‘Lembra-te que do pó viestes e ao pó, hás de retornar.’ A cinza quer demonstrar justamente isso; viemos do pó, viemos da cinza e voltaremos para lá, mas, precisamos estar com os nossos corações preparados, com a nossa alma preparada para Deus.

A Quarta-feira de Cinzas leva-nos a visualizar a Quaresma, exatamente para que busquemos a conversão, busquemos o Senhor. A liturgia do tempo quaresmal mostra-nos a esmola, a oração e o jejum como o princípios da Quaresma.

A própria Quarta-feira de Cinzas nos coloca dentro do mistério. É um tempo de muita conversão, de muita oração, de arrependimento, um tempo de voltarmos para Deus.

Eu gosto muito de um texto do livro das Crônicas que diz: Se meu povo, sobre o qual foi invocado o meu nome, se humilhar, se procurar minha face para orar, se renunciar ao seu mau procedimento, escutarei do alto dos céus e sanarei sua terra (II Cr 7, 14).

A Quaresma é tempo conversão, tempo de silêncio, de penitência, de jejum e de oração.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Mensagem do Papa Francisco para a Quaresma


“Fortalecei os vossos corações” (Tg 5, 8)
Amados irmãos e irmãs,
Tempo de renovação para a Igreja, para as comunidades e para cada um dos fiéis, a Quaresma é sobretudo um «tempo favorável» de graça (cf. 2 Cor 6, 2). Deus nada nos pede, que antes não no-lo tenha dado: «Nós amamos, porque Ele nos amou primeiro» (1 Jo 4, 19). Ele não nos olha com indiferença; pelo contrário, tem a peito cada um de nós, conhece-nos pelo nome, cuida de nós e vai à nossa procura, quando O deixamos. Interessa-Se por cada um de nós; o seu amor impede-Lhe de ficar indiferente perante aquilo que nos acontece. Coisa diversa se passa connosco! Quando estamos bem e comodamente instalados, esquecemo-nos certamente dos outros (isto, Deus Pai nunca o faz!), não nos interessam os seus problemas, nem as tribulações e injustiças que sofrem; e, assim, o nosso coração cai na indiferença: encontrando-me relativamente bem e confortável, esqueço-me dos que não estão bem! Hoje, esta atitude egoísta de indiferença atingiu uma dimensão mundial tal que podemos falar de uma globalização da indiferença. Trata-se de um mal-estar que temos obrigação, como cristãos, de enfrentar.
Quando o povo de Deus se converte ao seu amor, encontra resposta para as questões que a história continuamente nos coloca. E um dos desafios mais urgentes, sobre o qual me quero deter nesta Mensagem, é o da globalização da indiferença.
Dado que a indiferença para com o próximo e para com Deus é uma tentação real também para nós, cristãos, temos necessidade de ouvir, em cada Quaresma, o brado dos profetas que levantam a voz para nos despertar.
A Deus não Lhe é indiferente o mundo, mas ama-o até ao ponto de entregar o seu Filho pela salvação de todo o homem. Na encarnação, na vida terrena, na morte e ressurreição do Filho de Deus, abre-se definitivamente a porta entre Deus e o homem, entre o Céu e a terra. E a Igreja é como a mão que mantém aberta esta porta, por meio da proclamação da Palavra, da celebração dos Sacramentos, do testemunho da fé que se torna eficaz pelo amor (cf. Gl 5, 6). O mundo, porém, tende a fechar-se em si mesmo e a fechar a referida porta através da qual Deus entra no mundo e o mundo n’Ele. Sendo assim, a mão, que é a Igreja, não deve jamais surpreender-se, se se vir rejeitada, esmagada e ferida.
Por isso, o povo de Deus tem necessidade de renovação, para não cair na indiferença nem se fechar em si mesmo. Tendo em vista esta renovação, gostaria de vos propor três textos para a vossa meditação.
1. «Se um membro sofre, com ele sofrem todos os membros» (1 Cor 12, 26): A Igreja.
Com o seu ensinamento e sobretudo com o seu testemunho, a Igreja oferece-nos o amor de Deus, que rompe esta reclusão mortal em nós mesmos que é a indiferença. Mas, só se pode testemunhar algo que antes experimentámos. O cristão é aquele que permite a Deus revesti-lo da sua bondade e misericórdia, revesti-lo de Cristo para se tornar, como Ele, servo de Deus e dos homens. Bem no-lo recorda a liturgia de Quinta-feira Santa com o rito do lava-pés. Pedro não queria que Jesus lhe lavasse os pés, mas depois compreendeu que Jesus não pretendia apenas exemplificar como devemos lavar os pés uns aos outros; este serviço, só o pode fazer quem, primeiro, se deixou lavar os pés por Cristo. Só essa pessoa «tem a haver com Ele» (cf. Jo 13, 8), podendo assim servir o homem.
A Quaresma é um tempo propício para nos deixarmos servir por Cristo e, deste modo, tornarmo-nos como Ele. Verifica-se isto quando ouvimos a Palavra de Deus e recebemos os sacramentos, nomeadamente a Eucaristia. Nesta, tornamo-nos naquilo que recebemos: o corpo de Cristo. Neste corpo, não encontra lugar a tal indiferença que, com tanta frequência, parece apoderar-se dos nossos corações; porque, quem é de Cristo, pertence a um único corpo e, n’Ele, um não olha com indiferença o outro. «Assim, se um membro sofre, com ele sofrem todos os membros; se um membro é honrado, todos os membros participam da sua alegria» (1 Cor 12, 26).
A Igreja é communio sanctorum, não só porque, nela, tomam parte os Santos mas também porque é comunhão de coisas santas: o amor de Deus, que nos foi revelado em Cristo, e todos os seus dons; e, entre estes, há que incluir também a resposta de quantos se deixam alcançar por tal amor. Nesta comunhão dos Santos e nesta participação nas coisas santas, aquilo que cada um possui, não o reserva só para si, mas tudo é para todos. E, dado que estamos interligados em Deus, podemos fazer algo mesmo pelos que estão longe, por aqueles que não poderíamos jamais, com as nossas simples forças, alcançar: rezamos com eles e por eles a Deus, para que todos nos abramos à sua obra de salvação.
2. «Onde está o teu irmão?» (Gn 4, 9): As paróquias e as comunidades
Tudo o que se disse a propósito da Igreja universal é necessário agora traduzi-lo na vida das paróquias e comunidades. Nestas realidades eclesiais, consegue-se porventura experimentar que fazemos parte de um único corpo? Um corpo que, simultaneamente, recebe e partilha aquilo que Deus nos quer dar? Um corpo que conhece e cuida dos seus membros mais frágeis, pobres e pequeninos? Ou refugiamo-nos num amor universal pronto a comprometer-se lá longe no mundo, mas que esquece o Lázaro sentado à sua porta fechada (cf. Lc 16, 19-31)?
Para receber e fazer frutificar plenamente aquilo que Deus nos dá, deve-se ultrapassar as fronteiras da Igreja visível em duas direcções.
Em primeiro lugar, unindo-nos à Igreja do Céu na oração. Quando a Igreja terrena reza, instaura-se reciprocamente uma comunhão de serviços e bens que chega até à presença de Deus. Juntamente com os Santos, que encontraram a sua plenitude em Deus, fazemos parte daquela comunhão onde a indiferença é vencida pelo amor. A Igreja do Céu não é triunfante, porque deixou para trás as tribulações do mundo e usufrui sozinha do gozo eterno; antes pelo contrário, pois aos Santos é concedido já contemplar e rejubilar com o facto de terem vencido definitivamente a indiferença, a dureza de coração e o ódio, graças à morte e ressurreição de Jesus. E, enquanto esta vitória do amor não impregnar todo o mundo, os Santos caminham connosco, que ainda somos peregrinos. Convicta de que a alegria no Céu pela vitória do amor crucificado não é plena enquanto houver, na terra, um só homem que sofra e gema, escrevia Santa Teresa de Lisieux, doutora da Igreja: «Muito espero não ficar inactiva no Céu; o meu desejo é continuar a trabalhar pela Igreja e pelas almas» (Carta 254, de 14 de Julho de 1897).
Também nós participamos dos méritos e da alegria dos Santos e eles tomam parte na nossa luta e no nosso desejo de paz e reconciliação. Para nós, a sua alegria pela vitória de Cristo ressuscitado é origem de força para superar tantas formas de indiferença e dureza de coração.
Em segundo lugar, cada comunidade cristã é chamada a atravessar o limiar que a põe em relação com a sociedade circundante, com os pobres e com os incrédulos. A Igreja é, por sua natureza, missionária, não fechada em si mesma, mas enviada a todos os homens.
Esta missão é o paciente testemunho d’Aquele que quer conduzir ao Pai toda a realidade e todo o homem. A missão é aquilo que o amor não pode calar. A Igreja segue Jesus Cristo pela estrada que a conduz a cada homem, até aos confins da terra (cf. Act 1, 8). Assim podemos ver, no nosso próximo, o irmão e a irmã pelos quais Cristo morreu e ressuscitou. Tudo aquilo que recebemos, recebemo-lo também para eles. E, vice-versa, tudo o que estes irmãos possuem é um dom para a Igreja e para a humanidade inteira.
Amados irmãos e irmãs, como desejo que os lugares onde a Igreja se manifesta, particularmente as nossas paróquias e as nossas comunidades, se tornem ilhas de misericórdia no meio do mar da indiferença!
3. «Fortalecei os vossos corações» (Tg 5, 8): Cada um dos fiéis
Também como indivíduos temos a tentação da indiferença. Estamos saturados de notícias e imagens impressionantes que nos relatam o sofrimento humano, sentindo ao mesmo tempo toda a nossa incapacidade de intervir. Que fazer para não nos deixarmos absorver por esta espiral de terror e impotência?
Em primeiro lugar, podemos rezar na comunhão da Igreja terrena e celeste. Não subestimemos a força da oração de muitos! A iniciativa 24 horas para o Senhor, que espero se celebre em toda a Igreja – mesmo a nível diocesano – nos dias 13 e 14 de Março, pretende dar expressão a esta necessidade da oração.
Em segundo lugar, podemos levar ajuda, com gestos de caridade, tanto a quem vive próximo de nós como a quem está longe, graças aos inúmeros organismos caritativos da Igreja. A Quaresma é um tempo propício para mostrar este interesse pelo outro, através de um sinal – mesmo pequeno, mas concreto – da nossa participação na humanidade que temos em comum.
E, em terceiro lugar, o sofrimento do próximo constitui um apelo à conversão, porque a necessidade do irmão recorda-me a fragilidade da minha vida, a minha dependência de Deus e dos irmãos. Se humildemente pedirmos a graça de Deus e aceitarmos os limites das nossas possibilidades, então confiaremos nas possibilidades infinitas que tem de reserva o amor de Deus. E poderemos resistir à tentação diabólica que nos leva a crer que podemos salvar-nos e salvar o mundo sozinhos.
Para superar a indiferença e as nossas pretensões de omnipotência, gostaria de pedir a todos para viverem este tempo de Quaresma como um percurso de formação do coração, a que nos convidava Bento XVI (Carta enc. Deus caritas est, 31). Ter um coração misericordioso não significa ter um coração débil. Quem quer ser misericordioso precisa de um coração forte, firme, fechado ao tentador mas aberto a Deus; um coração que se deixe impregnar pelo Espírito e levar pelos caminhos do amor que conduzem aos irmãos e irmãs; no fundo, um coração pobre, isto é, que conhece as suas limitações e se gasta pelo outro.
Por isso, amados irmãos e irmãs, nesta Quaresma desejo rezar convosco a Cristo: «Fac cor nostrum secundum cor tuum – Fazei o nosso coração semelhante ao vosso» (Súplica das Ladainhas ao Sagrado Coração de Jesus). Teremos assim um coração forte e misericordioso, vigilante e generoso, que não se deixa fechar em si mesmo nem cai na vertigem da globalização da indiferença.
Com estes votos, asseguro a minha oração por cada crente e cada comunidade eclesial para que percorram, frutuosamente, o itinerário quaresmal, enquanto, por minha vez, vos peço que rezeis por mim. Que o Senhor vos abençoe e Nossa Senhora vos guarde!

sábado, 14 de fevereiro de 2015

Sugestão de Hino de Abertura

Sugestão de hino de Abertura

Sugestao de hino de Abertura - Senhor eis aqui o Teu povo

Sugestão de Hino de ABertura - Eis o Tempo de Conversão

sugestão para a distribuição das Cinzas: Convertei vos e Crede no Evangelho

Sugestão de Aclamação - Louvor a vós

Sugestão de Hino para o Ofertório - És o sentido

Sugestão de Hino para o Ofertório - Daqui do Meu Lugar

Sugestão de Hino para o Ofertório - Os Grãos Que Formam Espiga

Sugestão para o Ofertório - DÁDIVAS

Sugestão de Hino para o Ofertório - ACEITA SENHOR COM PRAZER

Sugestão de Hino para Ofertório

Sugestão de Hino para a Comunhão - Eu sou o pão que vem do céu

Sugestão de Hino para a Comunhão - o Pão da Vida

Sugestão de Hino para a Comunhão - Toma e Come

Sugestão para a Comunhão - O Pão da Vida, a Comunhão

Sugestão de Hino para a Comunhão - O meu corpo e o meu sangue vos dou

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

São Gregório de Nissa (335-395) disse: "Se, fazendo um esforço de vida perfeita, limpares as escórias do teu coração, a bondade divina brilhará de novo em ti. É o que acontece com um pedaço de metal quando a pedra de amolar lhe tira a ferrugem: anteriormente, estava enegrecido, mas depois brilha ao sol. Do mesmo modo, o homem interior, a que o Senhor chama «o coração», quando estiver limpo das manchas de ferrugem que alteravam e deterioravam a sua beleza, encontrará a semelhança do seu modelo (Gn 1,27) e será bom. Porque o que se torna semelhante à bondade é necessariamente bom. [] E assim, aquele que tem o coração puro torna-se feliz (Mt 5,8) porque, ao redescobrir a sua pureza, descobre também, através desta imagem, a sua origem. Aqueles que vêem o sol num espelho, mesmo que não fixem o céu, vêem o sol na luz do espelho tão bem como se olhassem directamente para o disco solar. Também vós, que sois demasiado fracos para captar a luz, se vos voltardes para a graça da imagem colocada em vós desde o início, encontrareis em vós mesmos o que procurais. Com efeito, a pureza, a paz da alma, o afastamento de todo o mal é a divindade. Se possuíres tudo isto, certamente possuis a Deus. Se o teu coração estiver afastado de todo o mau comportamento, livre de toda a paixão, puro de toda a sujidade, serás feliz porque o teu olhar será claro".

Iniciemos mais um Cerco de Jericó com força e coragem, na certeza de que experimentaremos da Misericordia Divina. Venham participa conosco destes dias de louvor e adoração.

Plano de Ação Pastoral Paroquial (PAPPa) - 2015

Plano de Ação Pastoral Paroquial (PAPPa) - 2015




Falar de uma Igreja totalmente missionária deveria parecer extremamente redundante e mesmo desnecessário, posto que a Missão é constitutivo da Igreja. O Senhor Jesus, ao concluir sua jornada com os seus seguidores, os ordenou que saíssem pelos quatro cantos da terra anunciando o seu nome e fazendo de todos seus discípulos. 

Entretanto, os laços estendidos ao longo da história terminaram por fazer com muitos compreendam a Igreja como uma grande fortaleza segura em um mundo maldito e hostil. Entretanto esta visão doente do que vem a ser a Igreja deve ser superada em vista da concretização daquilo que aparece em Gaudium et Spes: A Igreja é participante das alegrias e angústias do mundo, e ela mesma necessitada de constante conversão enquanto percorre a história em vista da concretização de sua missão. 

Perceptível também que nossa missão consiste em ser sal da terra e luz do mundo. Neste sentido, é preciso perceber que nossa vida de seguidores de Cristo deve ser uma vida que ilumine outras vidas. Por isso, ao longo deste ano e daqui em diante iremos percorrer áreas que ainda estão em descoberto, limites da presença católica em nosso bairro. Para isto, apresentamos este Plano Pastoral que possui uma pequena Cristologia, e em seguida pontos para uma vivência eclesial coerente com o projeto de Jesus de Nazaré, incansável Servo de Deus e dos Homens.

Que Deus nos abençoe nesta jornada e nossa vida possa colher os frutos de uma vivência totalmente Eucarística pois alimentados à mesa de Cristo, devemos alimentar um mundo cada vez mais carente de Paz, de Pão, de Amor, de Justiça e de Deus!








Plano de Ação Pastoral Paroquial - Base Cristológica da Ação Pastoral

SER CRISTÃO NO MUNDO



É impossível pensar a Igreja sem antes disto pensar o mistério da Encarnação do Verbo. Somente à luz de Jesus de Nazaré, o Verbo Eterno de Deus feito carne é que podemos pensar a nossa Igreja, sua Esposa e sua missão no mundo. Cristo é seu fundador e é quem a conduz até a consumação do tempo.
Apenas à luz da missão de Jesus é que a Igreja poderá entender a sua própria vocação e missão neste mundo. Ela deve continuar sua missão, alimentando-se do Seu corpo e sangue Anunciando a sua morte e proclamando a sua Ressurreição até que Ele volte. Jesus é verdadeiro Sacerdote, Profeta e Pastor, na unção do Espírito Santo, desde sua encarnação e por toda a eternidade.
Pela graça batismal, participamos da vida divina e nos tornamos filhos e filhas de Deus em Cristo. Por meio do Batismo todo cristão está relacionado estreitamente com Cristo e dele recebe continuamente a motivação e a ajuda para viver sua própria missão.

Jesus, oferta perfeita e agradável a Deus



Durante toda a sua vida terrena, Jesus fez questão de deixar claro que em tudo faria a vontade do Seu Pai, pois esta era para ele o próprio alimento, ou seja, o sentido de sua vida entre nós. Obediente à vontade do Pai, com quem vive uma perfeita comunhão, em tudo, menos no pecado, Jesus se fez um de nós. “Ele assumiu a condição de servo, tomando a semelhança humana” (Fl 2,7), sentiu as dores próprias da nossa condição humana, as nossas fraquezas, humilhações, angústias e sofrimentos. Embora “fosse Filho, aprendeu a obediência pelo sofrimento e se tornou para todos os que lhe obedecem princípio de salvação eterna” (Hb 5,8), e desta maneira, nenhuma dor ou sofrimento de nenhum homem na terra é desconhecida aos olhos de Deus pois em sua carne Ele traz as marcas da Paixão. 
“Jesus é o Filho de Deus, a Palavra feita carne (cf. Jo 1,14), verdadeiro Deus e verdadeiro homem, prova do amor de Deus aos homens. Sua vida é uma entrega radical de si mesmo a favor de todas as pessoas, consumada definitivamente em sua morte e ressurreição. Por ser o Cordeiro de Deus, ele é o Salvador. Sua paixão, morte e ressurreição possibilitam a superação do pecado e a vida nova para toda a humanidade” (Documento de Aparecida 102).
 O Seu sacrifício sacerdotal, próprio de toda a vida chega ao extremo no altar da cruz, onde Seu corpo traça entre céu e terra o sinal permanente da nossa Reconciliação com Deus. Depois de “ter oferecido um sacrifício único pelos pecados” (Hb 10,12), Ele entrou no santuário de Deus, como “mediador da nova aliança” (Hb 9,15), aliança firmada de forma absoluta por meio de Seu sangue. Pela obediência “até a morte”, e de uma forma mais aniquiladora, obediência até a mais temida morte de sua época: a morte de cruz!” (Fl 2,6-11), Jesus recebeu do Pai o título de Sumo Sacerdote (Hb 5,10). “Em tudo ele se tornou semelhante aos irmãos, para ser, em relação a Deus, um sumo sacerdote misericordioso e fiel, para expiar os pecados do povo” (Hb 2,17).
Por isso, Jesus possui por toda a eternidade (Hb 7,17), “um sacerdócio imutável e, por isso, é capaz de salvar totalmente aqueles que, por meio dele, se aproximam de Deus” (Hb 7,24-25). Cristo, sumo e eterno Sacerdote apresenta ao Pai a sua Igreja, santa, imaculada e irrepreensível, contanto “que permaneça alicerçada e firme na fé e sem se afastar da esperança do Evangelho que recebeu e que foi anunciado a toda criatura que vive debaixo do céu” (Cl 1,23).
Hoje por nós, para nós e conosco, Nosso Sumo Sacerdote continua a obra da salvação e da santificação por meio da ação litúrgica (cf. Sacrosanctum Concilium 7c). O sacrifício de Cristo realizado uma vez por todos no altar da cruz e o sacrifício Eucarístico são o mesmo sacrifício que redime e santifica a humanidade. A Eucaristia instituída por Jesus na noite em que reuniu os seus pela última vez, é um meio de tomarmos parte no mistério da Redenção.            
Quando nos reunimos como comunidade para celebrarmos a Eucaristia, estamos cumprindo a ordem deixada por Jesus segundo a qual, devemos fazer isto em sua Memória. Quando comungamos, participamos do mistério do Deus que se fez homem e entregou a sua vida para nos salvar, e por Ele alimentados, somos chamados a segui-lo em espírito de humildade, amor e serviço.
A perene presença de Jesus na Igreja é para nós causa de paz e de alegria, esperança, certeza de reconciliação e de verdadeira aliança entre Deus e todos aqueles que estão reunidos em torno da Palavra e da Mesa onde Jesus se faz presente. Este Sacerdócio de Cristo se torna presente no sacerdócio ministerial, sem diminuir em nada a Sua unicidade. Ele é o único e eterno Sacerdote; os demais são seus ministros (CIC 1545). Por Ele é que o Espírito age sempre e se faz presente na Igreja, agindo nos corações dos discípulos para que tendo o coração aquecido pela Palavra que escutam, possam reconhecer o divino Mestre no pão que é corpo de Cristo e também no gesto solidário de partilhar o pão com os famintos de nossa sociedade.

Jesus Cristo, Palavra Eterna de Deus e alimento para o Mundo



No capítulo que o Evangelho de João dedica à Eucaristia (Jo 6), Simão Pedro afirma que não poderíamos seguir a outro pois só Jesus “tem palavras de vida eterna”. O mesmo João afirma que “Aquele que Deus enviou fala as palavras de Deus” (Jo 3,34). É Jesus que realiza a obra de salvação que lhe é confiada pelo Pai. “Como discípulos de Jesus, reconhecemos que ele é o primeiro e maior evangelizador enviado por Deus (cf. Lc 4,44) e, ao mesmo tempo, o Evangelho de Deus. Cremos e anunciamos ‘a boa nova de Jesus, Messias, Filho de Deus’ (Mc 1,1). Como filhos obedientes à voz do Pai, queremos escutar a Jesus (Lc 9,35), porque ele é o único Mestre” (Mt 23,8), disseram os bispos reunidos em Aparecida (DAp 103).
Por meio de Seu amado Filho Jesus, Deus falou com a humanidade e mostrou a Sua face que até então ninguém havia visto (Jo 1, 18), a Ele, o Pai “fez herdeiro de todas as coisas e pelo qual também criou o universo” (Hb 1,2). Jesus expressa em palavras e ações tudo aquilo que a Palavra de Deus contém. Cada ato d Jesus é expressão da vontade de Deus ao mesmo tempo em que dá a atividades humanas o caráter divino. Por ser Ele mesmo a “Palavra de Deus feita carne” é que tem “palavras de vida eterna” para nos comunicar.
Suas atividades sempre balizadas pelas Escrituras, fazem com que boa parte das pessoas o reconheçam como o concretizador das profecias. Nele, muitos viam “verdadeiramente, o profeta!” (Jo 7,40).  E envolvidos pela grandiosidade de suas ações, muitos davam glórias a Deus, dizendo: “Um grande profeta surgiu entre nós e Deus visitou seu povo” (Lc 7,16). Até mesmo aqueles a quem o preconceito poderia afastar, como por exemplo, a Samaritana, reconhecem a grandiosidade de Jesus: “Senhor, vejo que és um profeta” (Jo 4,19).

“Jesus saiu ao encontro de pessoas em situações muito diferentes: homens e mulheres, pobres e ricos, judeus e estrangeiros, justos e pecadores... convidando-os a segui-lo. Hoje, segue convidando a encontrar nele o amor do Pai. Por isto mesmo, o discípulo missionário há de ser um homem ou uma mulher que torna visível o amor misericordioso do Pai, especialmente aos pobres e pecadores” (DAp 147). Incansável anunciador do Reino de Deus, Jesus percorria toda a Galiléia, demonstrando o seu poder e sua intimidade com o Pai por meio dos muitos sinais que realizava ao longo do caminho:

“Percorria toda a Galiléia, ensinando em suas sinagogas, pregando o Evangelho do Reino e curando toda e qualquer doença ou enfermidade do povo. O seu renome espalhou-se por toda a Síria, de modo que lhe traziam todos os que eram acometidos por doenças diversas e atormentados por enfermidades, bem como endemoninhados, lunáticos e paralíticos. E ele os curava. Seguiam-no multidões numerosas, vindas da Galiléia, da Decápole, de Jerusalém, da Judéia e da região além do Jordão” (Mt  4,23-25). 

Ao entrar na Sinagoga de Nazaré, tomou para si o texto do profeta Isaías e apresentou a si mesmo como o concretizador das palavras sagradas: “O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me ungiu para que dê a boa notícia aos pobres; enviou-me a anunciar a liberdade aos cativos e a visão aos cegos, para por em liberdade os oprimidos, para proclamar o ano da graça do Senhor” (Lc 4, 18-19). O coração da missão de Jesus está neste resumo apresentado por Lucas. Jesus veio ao mundo para anunciar o Reino de Deus; viveu cumprindo esta missão. E, para Jesus, anunciar não significa fazer um discurso; o anúncio é prática, é atitude, é fazer acontecer. É por isso que o evangelista declara: Passou fazendo o bem.
O Reino de Deus é o grande sonho de Deus para o mundo e a humanidade. É o Reino da vida e da liberdade, prometido por Deus e buscado intensamente pelo povo da Primeira Aliança. É o Reino da saúde e da reconciliação, da partilha e da abundância. Onde não há mais distinção entre as pessoas, nem excluídos. É o Reino do convívio amoroso e fraterno, da plenitude da vida para toda a humanidade e para a natureza, Reino que inicia aqui e se estende pela eternidade. Jesus anunciou e inaugurou este tempo do Reinado de Deus e entregou a tarefa da continuidade aos seus discípulos.
Para Jesus era importante deixar claro a gratuidade do anúncio, no despojamento total de quem não leva duas túnicas, nem cajado, muito menos dinheiro. Os seus seguidores, seguindo o seu exemplo, jamais podem se deixar envolver e dominar pelos bens deste mundo. Devem ser homens e mulheres verdadeiramente livres e purificados pela Palavra que foi dita pelo próprio Jesus (Jo 15,3).   Na generosidade dos discípulos, é refletida a generosidade do próprio Deus. “Na gratuidade dos apóstolos, aparece a gratuidade do Evangelho” (DAp 31): “Não leveis bolsa, nem alforje, nem sandálias...” (Lc  10,4) O discípulo-missionário toma uma decisão a favor do Reino de Deus, em total conversão e mudança de vida, pois “quem põe a mão no arado e olha para trás não é apto para o Reino de Deus” (Lc 9,62).
Sustentados pelas palavras de Jesus que são espírito e vida (Jo 6,63.68). Continuamente atuais na Igreja, somos chamados a testemunhar até o fim dos tempos a Boa Nova, continuando a missão de Jesus porque “somos missionários para proclamar o Evangelho de Jesus Cristo e, nele, a boa nova da dignidade humana, da vida, da família, do trabalho, da ciência e da solidariedade com a criação” (DAp 103).
As palavras de Jesus serviram como censura a incredulidade dos sacerdotes, condenação a hipocrisia e a arrogância do comportamento farisaico, denúncia do rei e seus partidários (Mt 22,16-22),  condenação explicitamente do comércio da religião. “Entrou no templo e expulsou todos os vendedores e compradores que lá estavam. Virou as mesas dos cambistas e as cadeiras dos que vendiam pombas: A minha casa será chamada casa de oração. Vós, porém, fazeis dela um covil de ladrões” (Mt 21,12-13).
Com suas palavras, vida e obras, Jesus é para sempre alimento para todos os que desejam encontrar sentido e alento, esperança e forças para buscar um mundo novo, que nas palavras do mestre é apresentado pelo nome de Reino de Deus. É Ele mesmo que ainda hoje nos convida ao discipulado e à conversão que é caminho para o Reino de Deus. Sua Palavra nos aponta o caminho para um mundo que parece desnorteado e perdido, verdade para um mundo que se acostumou a duvidar de tudo e se deixou engolir pelo relativismo e vida para a humanidade sedenta de sentido e de esperança, e por isso, esta Palavra que não é um conceito mas o próprio Filho de Deus,  precisa ressoar pelos quatro cantos da terra. Só é cristão quem se deixa interpelar pelo Carpinteiro de Nazaré e a cada dia abre seu coração acolhendo dele constantemente as sementes que diariamente são lançadas no terreno de nossas vidas!

 O Bom Samaritano da Humanidade



Nada chama mais a atenção na atividade de Jesus do que as suas reações diante das pessoas que eram reconhecidas pela sociedade de seu tempo como pecadoras. “Ninguém te condenou? Tampouco eu te condeno. Vai, e de agora em diante não peques mais” (Jo 8, 11). Todas as suas atividades e encontros trazem a marca do perdão e da misericórdia. Jesus modifica todo um modo de se relacionar com os que a sociedade rejeita. É claro que Ele não aceita o pecado, mas de jeito nenhum quer perder o pecador. “Eu não vim ao mundo para condenar, mas para salvar” (Jo 12, 47). No plano de Jesus há lugar para todos, ninguém é deixado de lado.
Como o samaritano da parábola contada por Jesus, sua capacidade de acolhida e compaixão se expressam de uma desafiadora diante dos mais fragilizados. Sejam estes pecadores públicos, doentes, endemoninhados, pobres ou excluídos. Chega a escandalizar a religião de seu tempo ao afirmar que sua vinda ao mundo foi justamente por conta destas pessoas: “Não vim para os sãos, mas para os doentes” (Mc 2, 17). Jesus não se cansa de mostrar que todas as pessoas sempre devem ter direito a uma segunda chance e que Ele, age como samaritano da humanidade reerguendo os que foram subjugados por uma estrutura de pecado. Para Jesus todas as pessoas podem se converter e Nele assumir uma vida nova (Mt 18, 21-22).
Do grupo constituído por Ele e reunido em Seu nome, Jesus espera as mesmas atitudes de acolhida e misericórdia. Quando estava para subir ao Pai, soprou sobre os discípulos o Espírito e lhes entregou a missão de perdoar os pecados (Jo 20, 22-23).  

Plano de Ação Pastoral Paroquial - 2015

IGREJA QUE SAI PARA SERVIR


Fundamentação Bíblica - A Parábola do Bom Samaritano (Lc 10,25-37): “Quem é o meu próximo?” – perguntou o Doutor da Lei a Jesus, que em seguida lhe contou a Parábola do Samaritano. Para Jesus, próximo é aquele de quem nos aproximamos, sentimos compaixão e servimos.
O serviço é a primeira exigência da ação evangelizadora da Igreja e precisa ser a primeira atitude do discípulo que se coloca em missão. Não podemos realizar este Ano Missionário pensando apenas em engrossar as nossas fileiras. Sair em missão significa desejar tornar evangélicas as realidades que ainda são marcadas pela injustiça, de modo especial, as periferias empobrecidas e as periferias existenciais. Aqueles que estão marcados por situações de morte precisam ser os primeiros para os quais somos enviados.

PISTAS DE AÇÃO:

a) Identificar “periferias existenciais”, isto é, realidades que exijam atenção especial por colocar a vida em risco e organizar ações nestas realidades. Refletir sobre os empobrecidos e sofredores da realidade paroquial. Pensar os empobrecidos de forma ampla: pobres financeiramente, pobres de saúde, pobres de afeto, pobres de formação, empobrecidos espiritualmente, entre outras formas de pobreza de nossos dias; organizando ações missionárias específicas para cada um deles.
Este não é um ponto muito complexo posto que cada comunidade nossa possui áreas totalmente descobertas. Para cada comunidade visualizamos uma, duas ou mais áreas que precisam de nossa devida atenção.

b) Tornar as atividades das Pastorais da Paróquia mais missionárias, isto é, convocar as lideranças a buscar os que se encontram mais distantes e afastados. Incentivar, em especial, a Pastoral da Criança e do Idoso.

c) Provocar nossos grupos a assumirem um caminho itinerante de Missão.  

d) Criar e efetivar a Pastoral da Esperança, sendo presença efetiva nos hospitais.


e) Nas formações dadas, enfocar temas sociais aproveitando orientações da Doutrina Social da Igreja.

Plano de Ação Pastoral Paroquial - 2015

IGREJA QUE SAI PARA DIALOGAR

Fundamentação Bíblica – São Paulo no Areópago de Atenas (At 17,16-34): São Paulo é levado ao coração pensante da cidade grega mais influente para a filosofia do mundo antigo. Lá, o apóstolo não impõe a verdade do Evangelho, mas, partindo daquilo em que os atenienses acreditavam – o altar ao deus desconhecido – dialoga com eles e lhes anuncia a Ressurreição.
A postura dialogante de Paulo faz brotar ali uma pequena comunidade. O diálogo é a postura principal do discípulo que sai em missão. Não somos impositores da verdade, mas apresentamos uma proposta de vida. Apresentamos Jesus Cristo, o Senhor que nos ensinou, em primeiro lugar, a amar até mesmo os inimigos.
Nossa sociedade é marcada por pensamentos que divergem dos princípios da fé. Precisamos organizar atividades para promover diálogo, especialmente, nos ambientes que formam o pensamento atual. Precisamos também organizar ações de diálogo com outras crenças, em especial os outros cristãos, a fim de dirimir o escândalo proporcionado pelas divisões entre nós. Os nossos fiéis deverão aprender a arte da escuta atenta e a acolhida das dores e sofrimentos, expectativas e sonhos dos homens e mulheres de nosso tempo.

PISTAS DE AÇÃO:

a) Proporcionar formação para missionários, a fim de que compreendam a importância da escuta e do diálogo na ação missionária.


b) Ser presença efetiva nas redes sociais e Internet, que hoje são ferramentas indispensáveis para o anúncio do Evangelho. 

Plano de Ação Pastoral Paroquial - 2015

IGREJA QUE SAI PARA ANUNCIAR



Fundamentação Bíblica – Anúncio Querigmático de São Pedro (At 2,1-41): Pedro, com os demais apóstolos, estavam trancados no Cenáculo e tinham medo da multidão do lado de fora.
Com a vinda do Espírito Santo, eles são expulsos daquela sala confortável, e Pedro, superando o medo, anuncia explicitamente a Ressurreição de Jesus Cristo àquelas mesmas pessoas de Jerusalém que, a pouco mais de 50 dias, haviam pedido a crucificação do Senhor.
O anúncio explícito da pessoa e da mensagem de Jesus Cristo é uma exigência da atividade missionária. Como Igreja, não podemos nos furtar a dizer aquilo que nos tem dado vida e felicidade. Precisaremos organizar ações que tornem explícita a nossa esperança, indo ao encontro das famílias, dos meios de comunicação, dos novos areópagos, utilizando-se de diversos recursos que tornem eficaz nosso testemunho.

PISTAS DE AÇÃO:

a) Organizar ações missionárias com visitas às casas de família da Paróquia

b) Organizar procissões, missas campais, grupos de oração nas praças e demais atividades ao ar livre durante todo o ano.


c) Provocar as pastorais e movimentos a realizar reuniões nas casas das famílias, a fim de se atingir mais e mais pessoas com nossa ação.

Plano de Ação Pastoral Paroquial - 2015

IGREJA QUE SAI PARA TESTEMUNHAR A COMUNHÃO

Fundamentação Bíblica – A primeira comunidade de fiéis (At 2,42-47): A primeira comunidade fiel, nascida em Jerusalém, é sinal perfeito da comunhão fraterna que nasce quando aceitamos de coração à proposta de Jesus Cristo. De fato, “todos os fiéis viviam unidos e tinham tudo em comum.
Unidos de coração frequentavam todos os dias o templo. Partiam o pão nas casas e tomavam a comida com alegria e singeleza de coração, louvando a Deus e cativando a simpatia de todo o povo. E o Senhor cada dia lhes ajuntava outros que estavam a caminho da salvação.” (At 2,44.46-47).
Realizamos missão para edificar o Reino de Deus. Este Reino que pode ser resumido na palavra “comunhão” – comunhão de Deus com a humanidade e dos seres humanos entre si e com o cosmos. O ano missionário precisa ser a oportunidade para ajudarmos nossa Igreja a ser verdadeiramente “Comunidade de Comunidades”.

PISTAS DE AÇÃO:

a) Fomentar a criação de pequenas comunidades de família em nossas paróquias, a fim de que, reunindo-se constantemente, deem continuidade ao Ano Missionário e sejam verdadeiros núcleos da organização eclesial.


b) Articular grupos de reflexão em família. O fruto da missão é a vida comunitária! A paróquia precisa tornar-se “Comunidade de Comunidades”. 

Plano de Ação Pastoral Paroquial - 2015

Atividades relativas ao Ano da Missão na Paróquia

O primeiro ponto a ser tratado relativo à atividades do Ano da Missão é a divisão de nossa Paróquia em pequenas áreas de Missão. Por isso, optamos pela seguinte divisão:

Área 1 --- São Pedro e São Paulo
Composta pela área da Matriz, Nossa Senhora de Guadalupe (atenção especial a toda a área que se encontra por trás da comunidade Nossa Senhora de Guadalupe, Cemitério, e Nossa Senhora de Fátima.


Área 2 --- Nossa Senhora de Nazaré
Composta pela área do Conjunto Heitel Santiago e toda a dimensão da Comunidade Nossa Senhora de Fátima. Há um lapso entre Heitel e Planalto, esta parte constitui uma das prioridades presentes na área 2. A outra parte é o que se encontra do outro lado da principal do Heitel, bem como a parte que se encontra por trás da Igreja, dirigindo-se até a Praça do Heitel Santiago.

Área 3 --- São Joaquim e Santa Ana
Composta pelas áreas presentes entre as comunidades São Daniel, São Joaquim e Santa Ana e Menino Jesus.

Área 4 ---- São Francisco de Assis
Composta pelas áreas da Comunidade São Francisco de Assis, Sagrado Coração de Jesus.

Área 5 ---- Plano de Vida
Composta pelo conjunto Plano de Vida.

            Os Missionários passarão por um processo formativo em quatro encontros de acordo com o cronograma que segue. Quem serão os Missionários? A resposta a principio é a seguinte: Legião de Maria, Cenáculo com Maria, Terço das Famílias, ECC, EJC, RCC (Amor Fraterno e Kairós), Coroinhas, Equipes de Liturgia, Ministros Extraordinários da Sagrada Comunhão, Ministros da Palavra.


Feita a Divisão por áreas, o passo seguinte consiste na apresentação de um cronograma que concentrará todas as nossas atividades.

Datas
Atividades
Área
22/02
9h – Auditório Irmã Dulce: Momento formativo para os Missionários
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01/03
9h – Auditório Irmã Dulce: Momento formativo para os Missionários
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08/03
9h – Auditório Irmã Dulce: Momento formativo para os Missionários
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15/03
9h – Auditório Irmã Dulce: Momento formativo para os Missionários
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05/04 – 13/05
Missa de Páscoa – Envio dos Missionários
Início das Atividades na Área 2
13/05 – 05/06
Envio dos Missionários
Inicio das atividades na Área 4
07/06 – 05/07
Envio dos Missionários (Missa em São Francisco
Início das Atividades na Área 1
05/07 – 26/07
Envio dos Missionários (Festa de São Pedro e São Paulo
Início das Atividades na Área 3
26/07 – 30/08
Envio dos Missionários (Festa de Santa Ana)
Início das Atividades na Área 5
SET
Retorno às Atividades normais

01/10 – 12/10
Jornada Missionária
Áreas 2, 3 e 4
12/10 – 29/11
Envio dos Missionários
Início das Atividades na Área 5
29/11 – 25/12
Envio dos Missionários
Início das Atividades na Área 1