terça-feira, 30 de julho de 2013

Religião e Democracia - Estamos vivendo em um Estado Laico?

A visita do Papa Francisco encheu de alegria os católicos, mas não só os católicos. É interessante perceber como este Papa consegue falar mesmo aos que há muito estão afastados e desejavam reencontrar a paz de consciência e harmonia com Deus. No entanto, esta visita acirrou os ânimos de muitos em relação ao Estado Laico. Pelo que vemos, talvez estejamos ainda longe de chegarmos a um consenso sobre esta temática. 

Por si só, o fato de o Estado ser Laico não constitui um problema, porque em um Estado verdadeiramente Laico estaria garantido o direito à liberdade de culto e de não culto, sem que ninguém fosse constrangido por professar ou não professar uma fé em determinada divindade. Não é o que temos visto. Temos visto, uma laicidade fajuta que não passa de uma caça e supressão a símbolos religiosos o que contraria a identidade de um Estado Laico, uma vez que este zela pela pluralidade e tolerância para com as tendências diferentes. Os símbolos religiosos ainda trazem em si um elemento histórico cultural e não me refiro à história de uma determinada religião, refiro-me ao fato de todo o Ocidente ter sido modelado pelo Cristianismo. Neste sentido, a rejeição de símbolos é para além de um evento contrário à religião uma negação da própria identidade histórica e cultural. É justo e considerável que se critique a forma como isto aconteceu, sobretudo em nosso continente, porém, não é possível negar que a origem do Ocidente se vincula ao Cristianismo, queiramos ou não, na base de nossa civilização se encontra o Cristianismo.

Em um Estado Laico dois pilares devem sustentar tudo. Primeiro, nenhuma religião pode impor sua moral ao Estado. Nem mesmo a religião majoritária. O fortalecimento de bancadas evangélicas e os projetos oriundos destas minam este primeiro pilar de um Estado Laico. Entretanto, este grupo se fortalece a cada eleição e não há nada que se possa fazer uma vez que não é por acaso que estes parlamentares chegam lá. Só chegam como parte do jogo democrático. O segundo pilar sustenta que o pensamento a ser combatido não é o religioso e sim o da intolerância religiosa. Este pilar está igualmente minado porque sob a bandeira do Estado Laico temos visto uma busca de esvaziamento do sentimento religioso, coisa que filosoficamente e antropologicamente são impossíveis! Corremos o risco de ter as diversas manifestações religiosas marginalizadas uma vez que sempre poderá ter alguém que se sinta incomodado com a fé alheia... O impacto desta visita do Papa serve para nos mostrar que nenhuma força pode reunir tanto as pessoas quanto a Religião, portanto, em um Estado Laico, este sentimento deve ser resguardado contra toda ofensa e perseguição. 





Na forma como vem sendo trabalhado, apenas um estilo de pensamento se encontra preservado de qualquer crítica e rejeição: o pensar anti-religioso! Neste sentido, o chamado Estado Laico brasileiro é na verdade um Estado Anti- Religioso. A negação da existência de Deus é um exercício da liberdade e nos últimos tempos tem se tornado tão dogmático como as religiões que criticam. Tem ganhado status de religião mesmo, e como religiões primárias traz em si os mesmos elementos: arrogância, sentimento de superioridade em relação aos que acreditam em Deus e o proselitismo que é a tentativa de arrebanhar adeptos. Na França por exemplo, o Estado decidiu retirar Ensino Religioso dos elementos curriculares em nome do Estado Laico, mas sugeriu o Ateísmo como disciplina substituta. Nestes casos a bandeira defendida por movimentos em defesa do Estado Laico são muito claras e o Estado não pode assumir uma religião em detrimentos de outras, do contrário, nega a si mesmo enquanto Estado Laico! Para ser verdadeiro deve garantir a co-existência pacífica entre todas as linhas de pensamentos, confessionais ou não. A Marcha das Vadias que aconteceu no Rio de Janeiro na semana da Jornada Mundial da Juventude deu provas de que não estamos diante de um pensamento tolerante e dialogal e sim de uma linha de pensamento contrária à religião. É permitido a qualquer ser humano o direito de protestar, de contestar, de reclamar, não aceitar e de rejeitar um ensinamento religioso, só que em nome de tudo isto, não se pode atacar símbolos que para alguns não dizem nada mas para outros falam sobre o sentido real da fé, da esperança.

Não estamos vivendo em um Estado Laico porque como expus, os dois pilares estão minados. Enquanto a intolerância prevalecer, enquanto a não pertença ou pertença a um grupo religioso for causa de conflitos este Estado será uma grande farsa. E o pior, pelo caminho adotado na vivência de um Estado Laico só veremos uma estrutura anti-religiosa que afrontará a liberdade e as consciências!

 Qualquer opinião diferente será aceita desde que não denigra porque denegrir alguém por conta do que esta pessoa pensa é contrário a um estado que se deseje Laico!

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Primeiras considerações sobre o Pontificado de Francisco




A primeira coisa que tenho a dizer é que não pretendo fazer uma avaliação, não é tempo para isto, nem tenho estatura teológica para tal papel. Quero fazer apenas considerações acerca do que tenho visto acontecer nestes meses de Pontificado do Papa Francisco. Sobre o Papa Francisco a primeira coisa a ser dita é que ele é necessariamente o que a Igreja precisa neste momento. 
Até então ele tem chamado a atenção por sua humildade e acessibilidade. Quando nós escutamos o mundo inteiro falar de humildade e acessibilidade de um Papa, nós temos duas reações. A primeira delas é de felicidade em ver isto no Papa. A segunda é de preocupação porque humildade e acessibilidade sempre deveriam ser marcas presentes na vida da Igreja de Jesus. E em seguida vem uma pergunta: estamos vendo isso só agora? A presença de Francisco e seus discursos possuem forte teor profético porque parece que por muito tempo estamos meio distanciados de tudo isto que agora vemos nele. Quando se fala de humildade reconhecemos que esta nos aproxima de Jesus de Nazaré que sendo Deus, despojou-se de si mesmo e se fez semelhante a nós. A humildade é a chave que nos abre a porta dos céus, porque Jesus, sendo rico se fez pobre e em sua pobreza nos tornou ricos! Assim sendo humildade nunca deveria estar em falta no meio dos seguidores de Jesus. Por isso, a presença de Francisco critica o que muitas vezes nos falta e nos mostra o que devemos ser e testemunhar. 
Se escutamos todos dizerem que o Papa é um homem acessível nos alegra porque reabre para nós um caminho para um reencontro com  o que essencialmente somos e nos preocupa porque se estamos vendo isto nele pode ser porque nos faltou por muito tempo esta acessibilidade e assim estivemos escondidos de nossa própria identidade. Como ele mesmo disse, uma Igreja distante dos filhos, faz com que estes se encaminhem para outros rumos. Sem humildade e sem acessibilidade teremos uma Igreja estranha aos seus filhos e indiferentes a eles. Este teor profético do Papa se expressou desde o início quando ele optou pelo nome Francisco. Nunca um Papa se chamou Francisco e a escolha deste nome reflete uma opção de Igreja, um modelo eclesial. Assim como o Francisco de Assis, o Francisco de Roma é pobre! Aqui reencontramos um outro aspecto que faz parte de nossa identidade: a pobreza! Pobreza no sentido de desapego e distanciamento de toda mentalidade egoísta e alimentada pela busca desenfreada de dinheiro e de poder!
Esta Igreja Pobre no sentido expresso acima, está mais próxima dos invisíveis sociais, dos últimos e das vítimas da ganância e consequentemente, estes se sentiram mais Igreja porque à medida que a Igreja participa da vida de todos os sofredores e pobres, naturalmente se torna voz dos pobres e assim retomaremos a profecia, parte essencial da Tradição de Jesus. Uma Igreja pobre e voz dos pobres fielmente alinhada à vida de Jesus de Nazaré. Isto também já esteve na fala do Santo Padre em diversos momentos e na entrevista dada ao Fantástico mais ainda quando afirmou que a notícia de queda de bolsas de valores pelo mundo causam mais espanto que a fome e morte de milhares de crianças do mundo. 
Poderíamos dizer que em pouco tempo este Papa conseguiu mostrar uma imagem da Igreja que há muito o mundo esperava: uma Igreja próxima e que se deseja coerente. Ao mesmo tempo, não temos medo de errar ao afirmar que ele tem mostrado a Igreja para a própria Igreja tendo como finalidade uma cultura do encontro e do diálogo produtivo e emancipador. É pouco tempo mas já vemos uma nova imagem de Papa e esperamos que esta imagem de Papa, possa se estender para outros setores da Igreja que necessitam ser revigorados e até reconstruídos!

Vida longa e muita coragem ao Papa Francisco!

Ressurreição como experiência diária de reconstrução da vida



Nada no Cristianismo é mais singular que a Ressurreição de Jesus, sem ela não existiria fé cristã e Jesus de Nazaré seria só mais um ser humano digno, condeno à morte por uma estrutura perversa e alienadora.  
A Ressurreição não é uma ideia e sim um evento sentido na carne! Sentido por nós a cada dia. A reabilitação de Jesus diante do mundo é igualmente vivenciado em nosso reerguimento perante o mesmo mundo. Onde se dá isto? Na nossa existência, eu respondo! Todo dia é dia de vida! Ao abrir os olhos encontramos a experiência da vida que se renova e a oportunidade de continuar nossa jornada! Ao reencontrarmos nossos amigos e pessoas que amamos, provamos toda a força e beleza singular da vida. Entretanto, todo dia é também dia de morte! A morte de projetos, a morte de alguns sonhos, batalhas perdidas e um mergulho negativo em meio à tristezas ocasionadas por derrotas, a partida de algumas pessoas que amamos, o medo de não encontrarmos felicidade e realização.
Tudo isto faz parte do mistério da vida, alegria e tristeza, saúde e doença, sonhos e medos. Mas, a Ressurreição é a experiência da reconstrução, da saída de si para encontrarmos plenitude. A experiência real da Ressurreição é a certeza de que o divino nos habita e que depois de Jesus de Nazaré, nada mais pode nos deter, nada pode nos acorrentar. Naquele que mergulhou no mais profundo abismo, conhecemos uma luz que habita nossa escuridão e nos mostra sentido! Por isso, não há mais escuridão para nós! Naquele que provou a solidão encontramos a companhia em nossos momentos de abandono e agora, não nos sentimos mais abandonados. Ressurreição é assim o levante diante de si mesmo, o exorcismo dos demônios que nós mesmos geramos, o perdão dado aos outros e a nós mesmos, o encontro com a verdade que liberta, o abrir dos olhos diante da própria vida e do mundo no qual estamos! Isto é Ressurreição!

O retorno da Esperança, o reencontro com o brilho da vida, o brilho nos olhos, o encontro com o amor, a certeza da vitória mesmo quando tudo parece dar errado, o conforto da consciência e a inocência do coração que retornou ao bom caminho! Nisto e em muito mais está a Ressurreição, nisto está Jesus de Nazaré vivo e agindo em nós para o bem do mundo inteiro! Ressurreição é o enfrentamento de situações de morte e a geração de novos caminhos, baseados em sonhos e alicerçados em atitudes! Ressurreição é reinventar-se, reencontrar-se, refazer-se! Por isso, não importa onde você caiu, é possível o reerguimento!Não interessam as forças que se puseram contra você, é possível vencer. Não interessa o fato de sentirmos medo porque coragem nunca foi a ausência do medo. Coragem é fazer o que se deve fazer mesmo em meio ao medo! Todo dia é dia de vida, todo dia é dia de morte e sobretudo, todo o dia é dia de RESSURREIÇÃO!

domingo, 28 de julho de 2013

Agosto de Deus!


Graça e Paz!

Meus irmãos e irmãs, estamos organizando uma programação bem especial para o mês de agosto. Esta programação está dividida em visitas aos doentes, encontros com os conselhos comunitários, formações para os diversos grupos e Semana Nacional das Famílias. Peço que vejam e divulguem:

Visitas aos doentes

Já se encontram disponíveis neste mesmo blog os dias, horários e locais das visitas aos doentes.

Começaremos dia 2 de agosto pela comunidade São Francisco de Assis. Confira no blog e se agende em sua comunidade.

Encontros com os Conselhos comunitários:

Para que possamos melhor atender às necessidades de nossa Paróquia, dividiremos no mês de agosto as reuniões dos nossos conselhos:

Dia 3 de agosto - 15h

Encontro com os conselhos das Comunidade Nossa Senhora de Guadalupe e São Joaquim e Santa Ana

Dia 10 de agosto - 15h 

Encontro com os Conselhos das Comunidades Sagrado Coração de Jesus, São Daniel Comboni e São Francisco de Assis

Dia 17 de agosto - 15h 

Encontro com o Conselho Econômico Paroquial

Dia 24 de agosto - 15h 

Encontro com os Conselhos das Comunidades Nossa Senhora de Fátima, Menino Jesus e Nossa Senhora de Nazaré

Dia 31 de agosto - 15h 

Encontro com o Conselho de São Pedro e São Paulo

Formações:

Dia 4 de agosto - 9h 

Equipes de Liturgia de todas as nossas comunidades

Dia 18 de agosto

Catequistas de todas as nossas comunidades

Dia 25 de agosto

Ministros da Palavra

Semana Nacional da Família

A Programação completa será divulgada na terça feira dia 30 de julho neste blog. Mas adiantamos que teremos momentos dedicados às crianças, jovens, idosos, casais.

Escola da Fé

Novo Módulo será oferecido a partir de segunda dia 12 de agosto e será sobre a Eucaristia!

sábado, 27 de julho de 2013

Agradecimentos

Caríssimos irmãos e irmãs, a Igreja de Nossa Senhora de Guadalupe está quase concluída. Estamos esperando a chegada do vitral que já foi encomendado, aguardamos ainda o final da pintura bem como o profissional que fará o piso novo. Desde já somos gratos a Deus pela oportunidade de melhorar o nosso espaço celebrativo e aos que colaboraram com esta obra!

Parabéns aos Dizimistas e a todos da Comunidade Nossa Senhora de Guadalupe





sexta-feira, 26 de julho de 2013

Semana Nacional da Família

Prepare-se!

Em breve a nossa Programação da Semana Nacional da Família!


Comunicado aos Ministros Extraordinários da Sagrada Comunhão

Graça e Paz!

Por meio deste comunico a todos os ministros das nossas comunidades paroquias as datas que serão disponibilizadas para visitas aos enfermos. Começaremos as nossas atividades com um momento de oração na Igreja visitada e em seguida sairemos em visita aos enfermos. Quero na ocasião atender em confissão os enfermos que desejarem e conceder a Unção dos Enfermos aos que necessitarem. Para isto, contamos com a disponibilidade de todos. Segue a programação:

Dia 2 de agosto - Sexta feira (14h)

São Francisco

Dia 3 de agosto - Sábado (8h)

São Francisco

Dia 9 de agosto - Sexta (15:30h)

Sagrado Coração de Jesus

Dia 10 de agosto - Sábado (8h)

São Daniel Comboni

Dia 16 de agosto - Sexta (15:30h)

São Joaquim e Santa Ana

Dia 17 de agosto - Sábado (8h)

São Joaquim e Santa Ana

Dia 23 de agosto - Sexta (15:30h)

Nossa Senhora de Guadalupe

Dia 24 de agosto - Sábado (8h)

São Pedro e São Paulo

Dia 30 de agosto - Sexta (15:30h)

São Pedro e São Paulo

Dia 31 de agosto - Sábado (8h)

São Pedro e São Paulo

Dia 13 de setembro - Sexta (15:30h)

Menino Jesus

Dia 14 de setembro - Sábado (8h)

Menino Jesus

Dia 20 de setembro - Sexta (15:30h)

Nossa Senhora de Fátima

Dia 21 de setembro - Sábado (8h)

Nossa Senhora de Fátima

Dia 27 de setembro - Sexta (15:30h)

Nossa Senhora de Nazaré

Dia 28 de setembro - Sábado (8h)

Nossa Senhora de Nazaré

Sendo Igreja estou com Jesus!


Uma semente lançada na terra e que brota enquanto noites e dias se sucedem, uma semente que embora seja a menor de todas, torna-se abrigo para aves. Estas são algumas das imagens utilizadas por Jesus para anunciar o Reino de Deus.

Em lugar algum dos Evangelhos de Marcos, Mateus ou Lucas, encontramos uma definição dada por Jesus sobre o que venha a ser o Reino de Deus e no Evangelho de João, para além do capítulo três, esta expressão não é usada, posto que já é reconhecida com muita clareza a identificação entre Jesus e o Reino. Se admitirmos que Reino de Deus é o “lugar” onde ele reine, em nenhum outro poderia se ver com mais nitidez este reino do que no próprio Filho Jesus. Todas as imagens e comparações encontradas nos discursos de Jesus e que tratam do Reino são expressões que falam sobre ele mesmo e sobre a forma como se efetiva nele mesmo a soberania de Deus. Depois de se aplicarem ao próprio Jesus, suas parábolas devem ser aplicadas à sua Igreja e consequentemente ao seu povo.

A utilização da imagem da semente que serve como comparação para o Reino, é uma imagem que nos leva a meditar sobre a riqueza do fator vida nela presente. A semente é rica em vida, mas esta vida está escondida até o momento em que ela seja lançada na terra e germine. Estamos diante do mistério de uma vida interior, que não está distante, mas dentro do próprio Jesus e consequentemente, dentro de nosso próprio coração! É dentro de nós que o Reino de Deus se encontra. Ele não está aqui ou ali, nem além, mas está no meio de nós! A imagem do Reino aqui apresenta nos remete ao mistério da morte e ressurreição do Senhor. Sendo ele sepultado entre os mortos, é a própria semente lançada na terra! No meio da história da humanidade o filho amado de Deus foi sepultado, mostrando-se solidário com toda a criação. O pó da terra do qual um dia o homem foi tirado recebe aquele que é a imagem e semelhança, da qual o Pai modelou no Espírito a Adão. Mas, assim como acontece com a semente da comparação feita por Jesus, assim aconteceu a ele mesmo, sem que ninguém visse como aconteceu, ele germinou, rompeu o véu da morte, rompeu os limites da terra e se reergueu do meio dos mortos! O Reino de Deus é Jesus e este ressuscitado do mundo dos mortos!

Devemos agora compreender porque o próprio Jesus fala sobre uma semente que embora seja a menor, ao germinar abriga as aves do céu. A menor de todas as sementes é o próprio Jesus que embora sendo Deus, apresenta-se para nós como homem porque ele não considerou o ser igual a Deus algo a que se devesse apegar, mas esvaziou-se a si mesmo se fez obediente até a morte, e morte de cruz. Todavia, ao germinar se torna grandioso, aqui poderemos compreender aquela expressão paulina que afirma que Deus o exaltou e lhe deu um nome que está acima de todos! Na sua Ressurreição, o Senhor é exaltado e todos nós temos nele agora o NOME pelo qual podemos chamar Deus! Desta maneira, todos os homens encontram abrigo em Cristo.

Por fim, esta imagem nos mostra uma identificação entre Jesus e a Igreja porque é por meio dela que Jesus nos recolhe e nos abriga. Assim, a Igreja só poderá se compreender à luz do Mistério de Cristo Jesus, o  homem-Deus, morto e ressuscitado dos mortos. Não existirá Igreja sem o Mistério de Cristo, não pode haver uma Igreja sem Eucaristia, porque a Eucaristia é Memória Pascal de Cristo que foi entregue por Amor ao Mundo. O que vem a ser a Igreja? E em que sentido ela é necessária a nós? Se a Igreja vive do Mistério de Cristo como apresentamos nesta meditação, é preciso estarmos na Igreja onde o Senhor deseja nos abrigar. Muitos dizem que precisam de Jesus, todavia, não da Igreja. Isto é falho demais, posto que é na Igreja que encontramos a oportunidade de exercitar a aceitação das diferenças, os questionamentos ao nosso estilo de vida e o entendimento mais límpido da Palavra de Deus. Afirmar Jesus negando a Igreja é desejar esconder o próprio conformismo com uma vida velha e com o individualismo. A Fraternidade e a União não são experiências fechadas, e sim resultado de aceitação, abertura e despojamento do qual Jesus mesmo é exemplo.


Peçamos ao Senhor Jesus que nos abra o coração e assim, sejamos terreno fértil para o Reino de Deus que já está em nós semeado, aguardando apenas o momento oportuno para emergir!      

Debate sobre 118 milhões

Em nome do Estado Laico, muitos tem se levantado para contestar os “gastos” com a vinda do Papa Francisco ao Brasil. O protesto contra qualquer evento, desde que pacífico e sem constrangimentos, físico ou moral, faz parte da democracia. No entanto, aos que protestam, faz-se necessário o conhecimento de causa em relação ao que se está falando. Muitas pessoas de boa fé estão sendo levadas sem nenhum tipo de aprofundamento a um questionamento sem necessidades.
Os críticos afirmam que é uma afronta um gasto de 118 milhões com a vinda do Papa para o Brasil. Aprofundemos esta questão com atenção. A última jornada mundial da Juventude realizada em Madri na Espanha rendeu aos cofres de Madri aproximadamente 354 milhões de euros o que dá quase 1bilhão  de reais. Tendo custado 100 milhões ao governo, teve um retorno de 254 milhões de euros.  Com base nisto, os 118 milhões de reais deixam de ser gastos e passam a ser investimento. O Carnaval carioca de 2013 arrecadou por volta de 665 milhões de dólares o que dá mais ou menos 1, 31 bilhão de reais. Levando em consideração que o carnaval não é confessional e sim polissêmico: pessoas de diversos credos, culturas e mesmo indiferentes e ateus frequentam. O que fica para os cofres públicos é quase o mesmo que se arrecadou na Espanha em 2011 em um evento confessional.
Na Jornada do Rio de Janeiro, estima-se a participação de mais ou menos 4 milhões de pessoas. A inscrição para a  Jornada custa em média R$ 170,00. Este valor multiplicado por 4 milhões vai dar em torno de 680 milhões de reais. A isto some-se hospedagem, alimentação, transporte, etc. Partindo da ideia de que a Jornada Mundial no Rio de Janeiro arrecade o mesmo que se arrecadou na de Madri, cerca de 1 bilhão de reais, a viagem do Papa paga a si mesma e ainda deixará um saldo de quase 900 milhões de reais. Se você ainda acredita que se está gastando, é bom pensar um pouco melhor, porque economicamente se está investindo.
Leia mais sobre esse assunto:


RODRIGUES, Rafael. Apologistas Católicos: Você acha um absurdo a visita do Papa custar 118 milhões? Então você não entende nada de investimento! Disponível em: <http://apologistascatolicos.com/index.php/espacodoleitor/refutacaos/603-voce-acha-um-absurdo-a-visita-do-papa-custar-118-milhoes-entao-voce-nao-entende-nada-de-investimento>. Desde 22/06/2013

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Inscrições abertas para Módulo VI da Escola da Fé

Estão abertas as inscrições para o módulo VI da Escola da Fé. Este módulo terá como tema a Eucaristia. Inscrições podem ser feitas na Secretaria paroquial no valor de R$ 5,00 referentes à elaboração do material a ser disponibilizado.

O início dos encontros será dia 12 de agosto às 19:30h

Escola da Fé - Módulo V encerrado!

Graça e Paz!

Caríssimos irmãos e irmãs, é com grande alegria que anunciamos a conclusão de mais um módulo de nossa Escola da Fé. Este módulo teve como tema Quem é Jesus? Na segunda feira que se aproxima, faremos o encontro com as últimas considerações sobre este tema.
Agradecemos a todos os que perseveraram e esperamos que todos tenham ficado realizados com o que puderam aprender!