domingo, 26 de fevereiro de 2012

Plano de Ação Pastoral Paroquial (PAPPa) - Documento Oficial

Liturgia



A Liturgia é ação da Igreja em louvor a Deus que nos redimiu por meio de Seu Filho Amado Jesus Cristo e é dom que Deus mesmo concede ao povo que ele acolhe como sendo seu. A Liturgia não é resultado da história do povo, não celebramos a história do povo na liturgia, mas a história de salvação que ilumina a história do povo, então a história do povo DE DEUS. Há muito tempo, não somos povo, pelo Batismo, somos POVO DE DEUS. Desta forma, devemos tomar consciência que a Liturgia não é propriedade nossa, ela é da Igreja e deve ser realizada de acordo com os ensinamentos da Igreja. Na Sagrada Eucaristia que celebramos em nossa Igreja, celebramos a Memória de Cristo que nos foi entregue. Desta forma, a Eucaristia faz a Igreja!

Considerando a Igreja como casa da Palavra, deve-se antes de tudo dar atenção à Liturgia sagrada. Esta constitui, efetivamente, o âmbito privilegiado onde Deus nos fala no momento presente da nossa vida: fala hoje ao seu povo, que escuta e responde. Cada ação litúrgica está, por sua natureza, impregnada da Sagrada Escritura. Como afirma a Constituição Sacrosanctum Concilium, “é enorme a importância da Sagrada Escritura na celebração da Liturgia. Porque é a ela que se vão buscar as leituras que se explicam na homilia e os salmos para cantar; com o seu espírito e da sua inspiração nasceram as preces, as orações e os hinos litúrgicos; dela tiram a sua capacidade de significação as ações e os sinais”. Mais ainda, deve-se afirmar que o próprio Cristo está presente na sua palavra, pois é Ele que fala ao ser lida na Igreja a Sagrada Escritura. Com efeito, a celebração litúrgica torna-se uma contínua, plena e eficaz proclamação da Palavra de Deus. Por isso, constantemente anunciada na liturgia, a Palavra de Deus permanece viva e eficaz pela força do Espírito Santo, e manifesta aquele amor operante do Pai que não cessa jamais de agir em favor de todos os homens. De fato, a Igreja sempre mostrou ter consciência de que, na ação litúrgica, a Palavra de Deus é acompanhada pela ação íntima do Espírito Santo que a torna operante no coração dos fiéis. Na realidade, graças ao Espírito é que a Palavra de Deus se torna fundamento da ação litúrgica, norma e sustentáculo da vida inteira. A ação do próprio Espírito Santo sugere a cada um, no íntimo do coração, tudo aquilo que, na proclamação da Palavra de Deus, é dito para a assembléia inteira dos fiéis e, enquanto reforça a unidade de todos, favorece também a diversidade dos carismas e valoriza a ação multiforme.

Por isso, para a compreensão da Palavra de Deus, é necessário entender e viver o valor essencial da ação litúrgica. Em certo sentido, a interpretação da fé relativamente à Sagrada Escritura deve ter sempre como ponto de referência a liturgia, onde a Palavra de Deus é celebrada como palavra atual e viva: A Igreja, na liturgia, segue fielmente o modo de ler e interpretar as Sagradas Escrituras seguido pelo próprio Cristo, quando, a partir do “hoje” do seu evento exorta a examinar com fé todas as Escrituras. No centro de tudo, refulge o Mistério Pascal, ao qual se unem todos os mistérios de Cristo e da história da salvação atualizados sacramentalmente: com esta recordação dos mistérios da Redenção, a Igreja oferece aos fiéis as riquezas das obras e merecimentos do seu Senhor, a ponto de os tornar como que presentes a todo o tempo, para que os fiéis, em contacto com eles, se encham de graça.

Sagrada Escritura e Sacramentos

A liturgia da Palavra é um elemento decisivo na celebração de cada um dos sacramentos da Igreja. Na prática pastoral, porém, nem sempre os fiéis estão conscientes deste vínculo, vendo a unidade entre o gesto e a palavra. É dever dos sacerdotes e diáconos, sobretudo quando administram os sacramentos, evidenciar a unidade que formam Palavra e Sacramento no ministério da Igreja. De fato, na relação entre Palavra e gesto sacramental, mostra-se de forma litúrgica o agir próprio de Deus na história, por meio do caráter performativo da Palavra. Com efeito, na história da salvação, não há separação entre o que Deus diz e faz; a sua própria Palavra apresenta-se como viva e eficaz (cf. Hb 4, 12), como aliás indica o significado do termo hebraico dabar. Do mesmo modo, na ação litúrgica, vemo-nos colocados diante da sua Palavra que realiza aquilo que diz. Quando se educa o Povo de Deus para descobrir o caráter performativo da Palavra de Deus na liturgia, ajudamo-lo também a perceber o agir de Deus na história da salvação e na vida pessoal de cada um dos seus membros.                                                       Feita esta apresentação, faz-se necessário um reordenamento de alguns elementos presentes em nossas celebrações litúrgicas e que muitas vezes, estão por fora do Espírito de unidade presente na Liturgia. Seguem algumas determinações para as nossas equipes de Liturgia:

1.     Dos comentários:

- Nas celebrações Eucarísticas e celebrações da Palavra, os comentários são apenas dois: Um que sirva como motivação inicial e outro que antecede as leituras.

- O lugar do comentário inicial fica sendo após a saudação inicial do presidente da celebração;

- Quem comenta ou motiva, também quem acolhe, deve evitar atitudes deselegantes, do tipo: esse bom dia foi fraco, vocês não tomaram café ainda? Vocês estão dormindo?



2.     Ato Penitencial



- Reafirmamos que o Ato Penitencial deve ser cantado seguindo a estrutura que é própria do Ato Penitencial: Senhor, piedade... Cristo, piedade... Senhor, piedade...

- A motivação para o Ato Penitencial é feita pelo presidente da celebração, o que dispensa qualquer comentário por parte da equipe de liturgia.



3. O hino do Glória

- O Hino de Louvor, o Glória só é realmente Hino de Louvor se respeitar a estrutura que aparece por exemplo, em nossas liturgias diárias. Não é apenas Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo... Tem toda uma estrutura. No dia 17 de dezembro as comunidades receberão um cd com verdadeiros hinos de louvor.



4. Entrada da Palavra



- Relembramos que a Entrada da Palavra deve acontecer APENAS nas Festas de Padroeiros das comunidades.



5. Valorização da Palavra de Deus



- A Palavra de Deus ocupa o centro da Liturgia da Palavra, portanto, não é permitido a ninguém mudar a leitura que já é proposta pela Igreja, não é permitido acrescentar novos textos, nem é permitido acrescentar textos de santos dentro da liturgia da Palavra. A palavra de algum santo, pode ser utilizada, NAS FESTAS DE PADROEIROS, como meditação pós-comunhão e NUNCA como parte da liturgia da Palavra.                                                                                                           - O Ofício Divino das Comunidades não deve substituir o Salmo presente na Liturgia diária.                                                                                                                      - As leituras devem ser feitas pelo Lecionário, (algumas comunidades tem Lecionário Dominical e algumas missas de padroeiros acontecem em dias de semana, nesse caso, se admite). Nas comunidades em que o Lecionário se encontra presente, NUNCA deve se usar a liturgia diária para proclamar as leituras.              



6. As preces

- As preces representam a oração da comunidade viva e reunida em torno da Palavra e da vida de Cristo, nosso Senhor. É inadmissível que uma comunidade cristã não prepare suas próprias orações! Portanto, fica DETERMINADO que as equipes de liturgia devem preparar suas preces e não copiar da Liturgia Diária ou do jornal O Domingo.



7. Ofertório

- Não se use mais a expressão OFERTÓRIO SIMBÓLICO. Não existe um OFERTÓRIO SIMBÓLICO. Existem símbolos que expressam nossa vida de comunidade, convencionou-se utilizar esses sinais de nossas comunidades no ofertório, todavia, NÃO se use esse termo.                                                              - Em caso de entrada de pão, vinho no ofertório, NÃO se faça um comentário explicando o que eles significam. Pão e Vinho na celebração Eucarística falam por si mesmos. Os sinais da vida de nossa comunidade também não precisam de explicações.



8. O Ministério de Música



- A finalidade de um Ministério de Música é cantar! Não precisa se dizer chavões do tipo todos de pé, acolhamos a equipe de celebração; todos de pé e com grande alegria, aclamemos ao Santo Evangelho. O Ministério de Música deve apenas exercer sua tarefa de cantar, sem avisos e sem explicações.

- Não é também finalidade do Ministério de Música mandar o povo cantar. As pessoas sabem que aquela é hora de cantar.

- O hino de comunhão não precisa ser cantado por inteiro, pode se valorizar um arranjo instrumental enquanto as pessoas comungam.

*** Os Ministros Extraordinários da Comunhão não precisam esperar que quem cante termine de cantar para comungar. Portanto, quem estiver cantando, ENTRE NA FILA POR PRIMEIRO. Depois de comungar é que comece a cantar.

- A partir de Primeiro de Janeiro de 2012, Suprima-se os instrumentos de origem Afro das nossas atividades litúrgicas.

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