domingo, 6 de novembro de 2011

Homilia para o Domingo de Todos os Santos - Parte II

Neste Domingo de Todos os Santos, o Evangelho  de Mt 5,8-10, mostra os requisitos necessários para que possamos nos assemelhar a Cristo nesta terra em vista de nossa entrada na Glória da eternidade. As bem aventuranças são um itinerário da vida santa. Nelas encontramos um resumo do que foi a vida de Cristo, O bem aventurado por excelência, e encontramos um resumo da vida Em Cristo. No Evangelho de São Mateus, elas abrem o Sermão da Montanha que costitui a entrega da Nova Lei. Com efeito, fazendo um paralelo com a Lei do Sinai, o evangelista apresenta Jesus sobre um monte. Ele é o novo Moisés e deverá promulgar a Nova Lei e constituir o povo da Nova Aliança. Diferente de Moisés, porém, Ele não ouve apenas os ditames de Deus. Jesus é o Mestre divino que, subindo ao monte, sentado, pronuncia Ele mesmo, os artigos mais essenciais do Evangelho, o novo livro da Lei de Deus, ditado para mostrar o caminho da salvação para o seu povo. De fato, o Evangelho, que é o próprio Cristo, é o presente de amor que Deus Pai nos dá, conforme as palavras ouvidas na Segunda Leitura.
Hoje aprendemos que ninguém dentre nós conseguirá ser santo por sua própria força, mas por meio da adequação de vida ao que foi dito por Jesus, entretanto, não adequação a discursos, mas à vida de Cristo que constitui a plenificação das Bem aventuranças.  As Bem-aventuranças são, portanto, o caminho da santidade. A via que nos aproxima do Cristo e, por meio Dele, nos faz chegar ao Pai.
Não se trata de viver uma ou outra das bem aventuranças e sim de configurar toda sua vida à vida de Cristo e em nosso caso, isso supõe uma grande luta contra o pecado. Cristo é o rico que se faz pobre e nos torna ricos por sua pobreza. Sendo Deus e capaz de tudo, apresentou-se como participante das aflições de todos; Tendo o direito de governar e de julgar a tudo e a todos por ser a Verdade, apresentou-se como Manso e humilde de coração. Sendo a Palavra viva que criou todas as coisas, fez-se companheiro das vítimas da injustiça; Senhor de todas as graças, as estendeu para nós sob a forma de misericórdia. Por todos os cantos, foi mensageiro do perdão e da esperança. Esta é a vida de Cristo, por meio da qual ele se fez caminho, verdade e vida, sendo seguido por muitos homens e mulheres que hoje a Igreja chama de santos e santas.
Agora nos resta explicar o que significa chamar alguem de santo ou de santa.  Os santos foram capazes de reconhecer os seus próprios pecados e se humilharam por conta deles para obter de Deus a cura. Os santos são os que não se exaltaram, não desejaram o primeiro lugar nem a glória de super poderes. Os que Jesus proclama felizes, são aqueles que desejaram fazer de suas vidas um espelho capaz de refletir a vida de Cristo, cumprindo o que disse o próprio Mestre: "Sem mim, nada podeis fazer!"

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