sexta-feira, 29 de abril de 2011

Maria, a Mãe de Deus

Maria, a Mãe de Deus


Aos 22 de junho de 431, o Concílio de Éfeso definiu explicitamente a maternidade divina de Nossa Senhora. Assim o Concílio se expressou: “Que seja excomungado quem não professar que Jesus é verdadeiramente Deus e, portanto, que a Virgem Maria é verdadeiramente Mãe de Deus, pois deu à luz segundo a carne aquele que é o Verbo de Deus”.                                                                                       A intenção do Concílio de Éfeso era afirmar a unidade da pessoa de Cristo. Reconhecer Maria como Mãe de Deus (“Theotokos”) significa, na verdade, professar que Cristo, Filho da Virgem Santíssima segundo a geração humana, é Filho de Deus. A primeira e mais fundamental declaração do dogma católico sobre a Virgem Maria é a sua maternidade divina. Todos os demais dogmas marianos decorrem dessa verdade: a Virgem Maria é a mãe de Deus.    Esta verdade está firmada na Palavra de Deus. A anunciação é testemunha irrefutável, conforme lemos em Lucas 1, 26-38. Isabel, cheia do Espírito Santo, exclamou ao ver Maria: Bendita és tu entre as mulheres e bendito o fruto de teu ventre. Donde me vem esta honra de vir a mim a mãe do meu Senhor. Vemos aí Isabel, pelo Espírito Santo, chamando Maria de mãe de Deus.   É a bíblia quem o afirma. A palavra SENHOR, no Novo Testamento, refere-se a Cristo e significa a tradução do hebraico Adonai que era lido no lugar de YAWHEH, impronunciável nome de Deus. É assim que o traduz a versão grega do Antigo Testamento. A palavra Senhor no Novo Testamento é a palavra grega KIRIOS, que aparece cerca de 650 vezes e relacionada a Cristo significa DEUS.  Existem outras passagens bíblicas que aludem à maternidade divina. Em Gl 4, 4, o apóstolo afirma: “ao chegar a plenitude dos tempos, enviou Deus o Seu Filho nascido de mulher...”. O texto ensina-nos a preexistência do Filho e o seu envio ao mundo pelo Pai. Nascido de mulher tem um profundo sentido teológico.                                                  Fala da encarnação da humanidade real de Cristo e tudo isso ocorre através de uma mulher, Maria. O ensino sobre a maternidade divina da Virgem vem desde a mais alta antiguidade. Os símbolos da fé, a doutrina dos padres da Igreja, a manifestação do povo cristão na piedade religiosa e na arte demonstram de forma inequívoca a unanimidade em torno do dogma. No século V, para corrigir os erros em relação à compreensão sobre quem é Jesus, o Concílio Ecumênico de Éfeso define essa verdade de que a Virgem Maria é a mãe de Deus. Outros concílios posteriores reafirmam a verdade do dogma. Aliás, é bom lembrar que todo aquele que não aceita a maternidade divina de Maria, acaba incorrendo inevitavelmente num erro sobre quem é Jesus. Ela é Mãe da natureza humana do Senhor, a qual subsiste na pessoa divina do Verbo Encarnado. O Filho da Virgem Maria e o Filho de Deus não são dois filhos, mas sim um único e só Filho. A Virgem Maria não é e nem pode ser a mãe da natureza divina, mas por geração humana é verdadeiramente mãe de um Filho que é Deus. Ela é mãe de Deus porque toda mãe é mãe de uma pessoa. A Virgem Maria é mãe do Senhor tanto no sentido biológico quanto psicológico. Foi no seio de Maria que Jesus recebeu o seu sangue. O sangue que derramou no calvário para a redenção do homem era também o sangue da Virgem Maria. Foi no seio de Maria que o Verbo, a segunda pessoa da Trindade, tomou forma humana. No mistério da salvação do homem, o Senhor Jesus e a Virgem Maria estão intimamente ligados. É o ensino da palavra de Deus Escrita e também oral, a Sagrada Tradição.                                                   

Nenhum comentário:

Postar um comentário

* Caso o comentário seja contrário a fé Católica, contrário a Tradição Católica será deletado.


Queria dizer que...

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.