sábado, 30 de abril de 2011

Fotos do Show do Padre Dalmo e os Impossíveis - Parte 1 de 2





















Fotos do Show do Padre Dalmo e os Impossíveis - Parte 2 de 2


















Beatificação de João Paulo 2° terá relíquia com sangue do papa

Sangue que será utilizado na cerimônia do próximo domingo foi colhido durante últimos dias de vida de Karol Wojtyla.


 
Corpo do papa João Paulo 2º é exposto após sua morte,
em 02 de abril de 2005.


O Vaticano anunciou nesta terça-feira que durante a cerimônia de beatificação de João Paulo 2°, marcada para o próximo domingo, será exposta uma ampola com sangue do papa, relíquia que será venerada pelos fieis.


Segundo uma nota da sala de imprensa da Santa Sé, o sangue de João Paulo 2° foi colhido durante seus últimos dias de vida, quando ele estava gravemente doente, para ser usado numa transfusão, caso fosse necessário.


O material ficou guardado em quatro pequenos recipientes. Dois deles foram entregues ao secretário pessoal de João Paulo 2°, cardeal Stanislao Dziwisz, logo após a morte do papa. Os outros dois ficaram guardados no centro de transfusões do hospital Menino Jesus, próximo ao Vaticano.


Em vista da beatificação, o sangue foi colocado em uma ampola e será usado como relíquia do novo beato, para ser venerada pelos fieis durante a cerimônia.


Depois da cerimônia, a ampola com o sangue do papa será conservada no departamento de celebrações litúrgicas do Sumo Pontífice, junto com outras relíquias. Conforme informou o Vaticano, o sangue encontra-se em estado líquido devido a uma substância anticoagulante adicionada logo após a colheita.



Cerimônia 


A cerimônia de beatificação de João Paulo 2° será presidida pelo papa Bento 16 em 1º de maio, na praça de São Pedro, diante de cerca de 300 mil peregrinos e 50 chefes de Estado.

Outros eventos estão programados em ocasião da beatificação de Karol Wojtyla, nome de batismo de João Paulo 2º. No sábado, haverá uma vigília, com a presença da freira francesa que teria sido curada por intermédio do falecido papa. A irmã Marie Simon-Pierre Normand havia sido diagnosticada com o mal de Parkinson, a mesma doença da qual sofria o papa. O reconhecimento desse milagre foi a última etapa do processo de beatificação.


Após a cerimônia do domingo, haverá outra missa, de agradecimento, na segunda-feira, na praça de São Pedro.


No total, a prefeitura de Roma e as autoridades vaticanas esperam a chegada de cerca de 1 milhão de peregrinos. Segundo o cardeal Angelo Comastri, arcipreste da Basílica de São Pedro, a catedral vai permanecer aberta durante toda a noite do dia 1º para o dia 2 de maio, para que os fiéis possam fazer sua homenagem ao papa, cujos restos ficarão guardados na capela de São Sebastião, ao lado da Pietà de Michelangelo, do lado direito da Basílica. O caixão que contém os restos do papa, porém, não será aberto.

Pontificado 


João Paulo 2° morreu em 2 de abril de 2005, após um pontificado que durou 27 anos. Na própria noite em que foi anunciada sua morte, a multidão presente na praça de São Pedro pedia que ele fosse declarado santo imediatamente.


A causa de beatificação de João Paulo 2° é a mais rápida da história: foi concluída seis anos e 29 dias após sua morte, quando, segundo o código de direito canônico, as causas de beatificação só podem ter início cinco anos após o falecimento.


No caso de João Paulo 2°, assim como ocorreu com madre Teresa de Calcutá, foi necessária uma autorização especial do papa.


Fonte: http://ultimosegundo.ig.com.br/

Calendário da Beatificação


 

Sábado, 30 de abril de 2011
Vigília de preparação à Beatificação de João Paulo II
Circo Máximo, 20h
  • Palavras do Papa Bento XVI em transmissão ao vivo

Domingo, 1° de maio de 2011
Santa Missa de Beatificação de João Paulo II
Praça de São Pedro, 10h
Angelus
  • Palavras do Papa Bento XVI

Segunda-feira 2 de maio de 2011
Santa Missa de agradecimento pela Beatificação
Praça de São Pedro, 10h30
  • Homilia do Cardeal Tarcisio Bertone
 
Sexta-feira 29 de abril de 2011
Briefing de Informação sobre os Eventos ligados à Beatificação de João Paulo II (Video)
Sala de Imprensa da Santa Sé


Fonte: http://www.vatican.va

Mensagem da CNBB pela beatificação de João Paulo II

CNBB



Por ocasião da beatificação do Papa João Paulo II

“Deus nos chamou à santidade” (1 Ts 4,7)

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) dirige-se aos católicos e a todas as pessoas de boa vontade para manifestar sua alegria e gratidão a Deus pela beatificação do Servo de Deus, João Paulo II, no próximo dia primeiro de maio. O Papa João Paulo II amava muito o Brasil e visitou nosso País por três vezes. Entre nós, ele foi carinhosamente acolhido e aclamado como “João de Deus”.

A beatificação nos incentiva a aprofundar nossa vocação universal à santidade. Na sua primeira mensagem, ele convidou a todos: “abri as portas a Cristo Jesus!” Sua vida foi um testemunho eloquente de santidade, pela grande fé, amor à Eucaristia, devoção filial a Maria e pela prática do perdão incondicional. A Palavra de Deus foi por ele intensamente vivida e anunciada aos mais diferentes povos. A espiritualidade da cruz o acompanhou na experiência da orfandade e da pobreza, nas atrocidades da guerra e do regime comunista, mas principalmente no atentado sofrido na Praça de São Pedro. De maneira serena e edificante, suportou as incompreensões e oposições, as limitações da idade avançada e da doença.

O mundo inteiro foi edificado pelo seu empenho em favor da vida, da família e da paz, dos direitos humanos, da ecologia, do ecumenismo e do diálogo com as religiões. Revelou-se um grande líder mundial, um verdadeiro “pai” da família humana. Pediu várias vezes perdão pelas falhas históricas dos filhos da Igreja. Ele mesmo foi ao encontro do seu agressor, na prisão, oferecendo-lhe o perdão. Pela encíclica Dives in Misericordia e na instituição do “Domingo da Divina Misericórdia”, manifestou seu compromisso com a reconciliação da humanidade.

Foi um papa missionário. Numerosas viagens apostólicas marcaram seu pontificado e incentivaram, na Igreja, o ardor missionário e o diálogo com as culturas. No Grande Jubileu conclamou e encorajou a Igreja a entrar no terceiro milênio cristão, “lançando as redes em águas mais profundas”. Afirmou e promoveu a dignidade da mulher; ampliou o ensino Social da Igreja e confirmou que a promoção humana é parte integrante da evangelização. Valorizou os meios de comunicação social a serviço do Evangelho. A todos cativou pelo seu afeto e sensibilidade humana; crianças, jovens, pobres, doentes, encarcerados e trabalhadores foram seus preferidos.

O Papa João Paulo II estimulou, especialmente, as vocações sacerdotais, religiosas e missionárias. Aos sacerdotes dirigiu, todos os anos, na Quinta-Feira Santa, sua Mensagem pessoal. Leigos e consagrados foram valorizados e encorajados nos Sínodos a eles dedicados, para promover sua dignidade, vocação e missão na Igreja.

Convidamos, portanto, todo o povo a louvar e agradecer a Deus pela beatificação do Papa João Paulo II. “O Brasil precisa de santos”, proclamou ele na beatificação de Madre Paulina. Sensibilizados por essas palavras, confiamos à sua intercessão a santificação da Igreja e a paz no mundo. Fazemos votos de que seu testemunho e seus ensinamentos continuem a animar a grande família dos povos na construção de uma convivência justa, solidária e fraterna, sinal do Reino de Deus, entre nós.

Brasília, na Solenidade da Anunciação do Senhor,

Dom Geraldo Lyrio Rocha
Arcebispo de Mariana
Presidente da CNBB
Dom Luiz Soares Vieira
Arcebispo de Manaus
Vice-Presidente da CNBB

Dom Dimas Lara Barbosa
Bispo Auxiliar do Rio de Janeiro
Secretário-Geral da CNBB

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Chegou o dia! O Bailão é Hoje!

O DIA CHEGOU!


O repertório está pronto, o espaço está preparado, os ingressos foram todos vendidos!
Padre Dalmo e os Impossíveis se apresentam hoje, as 21h no Auditório Paroquial de São Pedro e São Paulo em Tibiri II. E para nossa alegria, anunciadas mais três canções que estarão presentes no evento!

Os Impossíveis e o Padre Dalmo prepararam no repertório uma viagem a diversos momentos da Música Brasileira. Já foram reveladas Relicário e Cai a Noite que pertencem ao mesmo cenário Pop. Agora mais três canções vem de forma antecipada. Padre Dalmo falou sobre elas:

Tocaremos um clássico, uma espécie de representação do cancioneiro popular. O nome é Romance no deserto Ela é de Fagner, cresci escutando o meu pai cantarolando esta canção. Então é dedicada a ele que desejava vir mas por questões familiares não poderá vir. Outra que também faz parte de minha história, mesmo nao sendo do meu contexto musical é Cartão Postal de Carlos Alexandre que é uma das músicas que mais me faz lembrar de minha casa e de minha mãe porque a minha mãe gosta muito das músicas de Carlos Alexandre. E a terceira música que nós adiantaremos e que esperamos que corra tranquila com a ajuda do público se chama É o Amor de Zezé di Camargo e Luciano. Essa entrou como homenagem ao mundo sertanejo porque este estilo é muito popular entre nós aqui. O mais fica para ser escutado na hora, do contrário perde a surpresa, eu já revelei cinco canções. O restante fica por conta da curiosidade e da imaginação de quem está com seu ingresso esperando a hora do evento.



Maria, a Mãe de Deus

Maria, a Mãe de Deus


Aos 22 de junho de 431, o Concílio de Éfeso definiu explicitamente a maternidade divina de Nossa Senhora. Assim o Concílio se expressou: “Que seja excomungado quem não professar que Jesus é verdadeiramente Deus e, portanto, que a Virgem Maria é verdadeiramente Mãe de Deus, pois deu à luz segundo a carne aquele que é o Verbo de Deus”.                                                                                       A intenção do Concílio de Éfeso era afirmar a unidade da pessoa de Cristo. Reconhecer Maria como Mãe de Deus (“Theotokos”) significa, na verdade, professar que Cristo, Filho da Virgem Santíssima segundo a geração humana, é Filho de Deus. A primeira e mais fundamental declaração do dogma católico sobre a Virgem Maria é a sua maternidade divina. Todos os demais dogmas marianos decorrem dessa verdade: a Virgem Maria é a mãe de Deus.    Esta verdade está firmada na Palavra de Deus. A anunciação é testemunha irrefutável, conforme lemos em Lucas 1, 26-38. Isabel, cheia do Espírito Santo, exclamou ao ver Maria: Bendita és tu entre as mulheres e bendito o fruto de teu ventre. Donde me vem esta honra de vir a mim a mãe do meu Senhor. Vemos aí Isabel, pelo Espírito Santo, chamando Maria de mãe de Deus.   É a bíblia quem o afirma. A palavra SENHOR, no Novo Testamento, refere-se a Cristo e significa a tradução do hebraico Adonai que era lido no lugar de YAWHEH, impronunciável nome de Deus. É assim que o traduz a versão grega do Antigo Testamento. A palavra Senhor no Novo Testamento é a palavra grega KIRIOS, que aparece cerca de 650 vezes e relacionada a Cristo significa DEUS.  Existem outras passagens bíblicas que aludem à maternidade divina. Em Gl 4, 4, o apóstolo afirma: “ao chegar a plenitude dos tempos, enviou Deus o Seu Filho nascido de mulher...”. O texto ensina-nos a preexistência do Filho e o seu envio ao mundo pelo Pai. Nascido de mulher tem um profundo sentido teológico.                                                  Fala da encarnação da humanidade real de Cristo e tudo isso ocorre através de uma mulher, Maria. O ensino sobre a maternidade divina da Virgem vem desde a mais alta antiguidade. Os símbolos da fé, a doutrina dos padres da Igreja, a manifestação do povo cristão na piedade religiosa e na arte demonstram de forma inequívoca a unanimidade em torno do dogma. No século V, para corrigir os erros em relação à compreensão sobre quem é Jesus, o Concílio Ecumênico de Éfeso define essa verdade de que a Virgem Maria é a mãe de Deus. Outros concílios posteriores reafirmam a verdade do dogma. Aliás, é bom lembrar que todo aquele que não aceita a maternidade divina de Maria, acaba incorrendo inevitavelmente num erro sobre quem é Jesus. Ela é Mãe da natureza humana do Senhor, a qual subsiste na pessoa divina do Verbo Encarnado. O Filho da Virgem Maria e o Filho de Deus não são dois filhos, mas sim um único e só Filho. A Virgem Maria não é e nem pode ser a mãe da natureza divina, mas por geração humana é verdadeiramente mãe de um Filho que é Deus. Ela é mãe de Deus porque toda mãe é mãe de uma pessoa. A Virgem Maria é mãe do Senhor tanto no sentido biológico quanto psicológico. Foi no seio de Maria que Jesus recebeu o seu sangue. O sangue que derramou no calvário para a redenção do homem era também o sangue da Virgem Maria. Foi no seio de Maria que o Verbo, a segunda pessoa da Trindade, tomou forma humana. No mistério da salvação do homem, o Senhor Jesus e a Virgem Maria estão intimamente ligados. É o ensino da palavra de Deus Escrita e também oral, a Sagrada Tradição.                                                   

A virgindade de Maria

A virgindade de Maria



Conferindo as Sagradas Escrituras e os escritos dos Santos Padres, o Concílio de Latrão preconizou como verdade a Virgindade Perpétua de Maria no ano 649. Durante o Concílio, o Papa Matinho I assim afirmou: “Se alguém não confessa de acordo com os santos Padres, propriamente e segundo a verdade, como Mãe de Deus, a santa, sempre virgem e imaculada Maria, por haver concebido, nos últimos tempos, do Espírito Santo e sem concurso viril gerado incorruptivelmente o mesmo Verbo de Deus, especial e verdadeiramente, permanecendo indestruída, ainda depois do parto, sua virgindade, seja condenado”. Nossa Senhora foi sempre Virgem, isto é, antes do parto, no parto e depois do parto. Os diversos credos e concílios antigos retomaram e afirmaram essa verdade. Santo Inácio de Alexandria, são Justino, santo Irineu, santo Epifânio, santo Efrém, santo Ambrósio, são Jerônimo e santo Agostinho foram os exímios defensores da Virgindade de Maria. A Virgindade perpétua de Maria faz parte integrante da fé cristã.
Os Evangelhos falam pouco de Nossa Senhora
Muitas pessoas questionam que o Novo Testamento pouco fala de Nossa Senhora. Logo, essas pessoas concluem que Maria Santíssima não tem tanta importância, pois se tivesse, as Epístolas dos Apóstolos com certeza ensinariam a respeito.  O fato do Novo Testamento, aparentemente, pouco falar de Nossa Senhora não significa muita coisa. Os Evangelhos apenas tratam da "Vida Pública" de Nosso Senhor, durante apenas 3 anos de sua vida. As Epístolas tratam da expansão da Igreja de Cristo. Não podemos dizer que a chamada "vida oculta" de Nosso Senhor (até os 30 anos de idade) significaria que durante 30 anos de sua vida, Nosso Senhor não tinha muita importância. Ora, Jesus Cristo passou 30 anos com Nossa Senhora e só 3 anos com o resto da humanidade. Será que isso já não é sinal de que há muitas coisas que não conhecemos da vida de Jesus e de Nossa Senhora? "Há ainda muitas coisas feitas por Jesus, as quais, se escrevessem uma por uma, creio que este mundo não poderia conter os livros que se deveriam escrever" (Jo 21,25).
Analisemos agora se os Evangelhos falam pouco de Nossa Senhora.
Os católicos conhecem a obra prima de Deus, que é Nossa Senhora, a criatura mais perfeita que foi criada, onde Deus escolheu como tabernáculo para si: "Cristo, porém, apareceu como um pontífice dos bens futuros. Entrou no tabernáculo mais excelente e perfeito, não construído por mãos humanas, nem mesmo deste mundo" (Hb 9, 12). Esse tabernáculo mais excelente e perfeito foi saudado pelo Arcanjo S. Gabriel: "Ave, cheia de graça. O Senhor é convosco". Quanta grandeza apenas nessas palavras. Nossa Senhora tinha a graça de Deus e Deus era com Ela ainda antes da concepção. Naquele momento se cumpria todas as profecias da vinda do Messias. Era o momento da encarnação do Verbo de Deus, onde tudo dependia de um consentimento de uma "virgem", o seu "sim" nos trouxe o Messias esperado. A maneira da saudação do Anjo transparece a grandeza de Nossa Senhora, pois o Anjo a saúda como: "Ave, Cheia de Graça". Ele troca o nome "Maria" pela qualidade "Cheia de Graça", como Deus desejou chamá-la. Ela era a criatura que havia "achado graça diante de Deus" e, por isso, foi escolhida como a Mãe Dele.
E continua o Arcanjo: "Bendita sois vós entre as mulheres”.
Poucas palavras para mostrar o fato central do cristianismo: a encarnação do Verbo de Deus. Um fato esperado pelos séculos, cujos profetas não viram apesar de tanto terem desejado. Todas as profecias do Antigo Testamento inclinam-se diante dessas poucas palavras. Todo o Novo Evangelho é conseqüência dessa encarnação, e todo o Antigo Testamento era o prenúncio do que ocorria naquele momento, naquele pequeno cômodo da casa de Nazaré, onde uma Virgem recebia a visita de um enviado de Deus.  Que maravilha da graça se operava naquele momento, quando a Virgem Maria cooperava, pelo livre consentimento de sua fé, de sua virgindade, de sua humildade, para o mistério inicial do Cristianismo, coberta pela sombra do altíssimo, revestida do Espírito Santo, e concebendo, em seu seio virginal, o próprio Filho de Deus! Logo em seguida, que culto já não lhe prestou a própria Santa Izabel quando a aclamou: "Mãe de meu Senhor": "Donde me vem a dita que a Mãe de meu Senhor venha visitar-me?" (Lc 1, 43). E, no ventre de Santa Izabel, exultava S. João Batista ao ouvir a voz de Nossa Senhora. Santa Izabel, repleta do Espírito Santo, exclama em alta voz, repetindo e completando as palavras do Anjo: "Bendita sois vós entre todas as mulheres; bendito é o fruto do vosso ventre!". E a própria Nossa Senhora completa, inspirada pelo Espírito de Deus: "De hoje em diante todas as gerações me chamarão bem-aventurada, porque Aquele que é todo poderoso fez em mim grandes coisas!" (Lc 1, 48). Já na manjedoura os Reis Magos foram adorar o Menino-Deus "nos braços de Maria, sua mãe" (Mt 2, 11), como fazem todos os católicos do mundo inteiro. E o velho Simeão, profetizando, associa a Virgem Mãe de Deus a todas as contradições a que estaria sujeito o seu Filho, e de modo particular ao gládio de dor que deverá uní-lo no grande suplício (Lc 2, 34).  E como poderia ser menor a grandeza Daquela que tinha autoridade sobre o próprio Deus, que a obedecia na intimidade do lar: "... mostrando-se submisso a ela em tudo" (Lc 2, 51). Nas Bodas de Caná transparece de modo fulgurante o poder da Santíssima Virgem, que é capaz de antecipar  a hora de Deus, que a adianta pelo pedido de sua Mãe, fazendo o seu primeiro milagre e confirmando a fé em seus apóstolos, mudando a água em vinho (Jo 2, 1- 11). É por isso que nos diz o Evangelho, narrando a grandeza de Maria Santíssima: "Bem-aventurada as entranhas que te trouxeram e o seio que te amamentou" (Lc 11, 27). Eis o culto de Nossa Senhora fundado no Evangelho, dele dimanando como de sua "fonte divina", e dali se irradiando séculos afora. Eis o culto de Maria Santíssima, não escondido nas trevas, nem envolto no silêncio, mas divinamente proclamado à face do universo.  Os Evangelhos, afinal, falam pouco de Nossa Senhora? Só se déssemos primazia à quantidade em detrimento das palavras... Maior foi o milagre da encarnação do que todas as ressurreições operadas por Jesus. Se não houvesse a encarnação, não haveria a Redenção. É certo que Nossa Senhora, durante toda a sua vida, procurou ficar no anonimato, escondida dos homens e amada por Deus. Era tanto o esplendor da Santíssima Virgem que S. Dionísio, declara que teria considerado Maria como uma divindade, se a fé não lhe houvera ensinado ser ela a mais perfeita imagem que de si formara a Onipotência.  Santo Irineu dizia: "Os laços, pelos quais Eva se deixou acorrentar, por sua credulidade, Maria rompeu-os pela sua fé". Referindo-se, é claro, à passagem do Gênesis: "Ei de por inimizade entre ti e a mulher, entre sua raça (semente) e a tua; ela te esmagará a cabeça" (Gn 3, 15). O que Eva perdeu por orgulho, Nossa Senhora ganhou por humildade.
A perpétua virgindade da Santíssima Virgem. Desde o início do cristianismo Nossa Senhora era cultuada como "Áiepartenon", isto é, a "sempre Virgem". A virgindade eterna de Maria é facilmente demonstrável, quer seja pela Sagrada Escritura ou pela Tradição, quer seja pela lógica. O que devemos provar:

1.        Nossa Senhora era Virgem antes do parto;   
2.  Nossa Senhora permaneceu Virgem durante o parto;
3.        Nossa Senhora permaneceu virgem após o parto.

Três asserções que provamos aqui com a Bíblia na mão, e um pouco de lógica na cabeça. Aliás, a terceira já está provada pela própria explicação dos irmãos de Jesus. Todavia, vamos aprofundar mais um pouco a análise.
Nossa Senhora era Virgem antes do parto
A primeira asserção é admitida pelos próprios protestantes, pois se encontra positivamente no Evangelho: "O Anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma virgem desposada... e o nome da Virgem era Maria". (Lc. I, 26). Mais positivo ainda é o testemunho da própria Virgem objetando ao anjo: "Como se fará isso, pois eu não conheço varão?". Nenhuma dúvida subsiste - Maria Santíssima era Virgem.
Nossa Senhora permaneceu Virgem durante o parto
O segundo argumento, mostrando que a Mãe de Jesus ficou virgem no parto, pode deduzir-se dos mesmos textos. O que é concebido por milagre deve nascer por milagre; o nascimento é a conseqüência da concepção; sem esta conseqüência, o milagre seria incompleto. Em outras palavras, Deus teria operado um milagre incompleto ao desejar manter a virgindade de Nossa Senhora e não tendo levado essa promessa até o final. "Como se fará isso, pois eu não conheço varão?" "O Santo, que há de nascer de ti, será chamado Filho de Deus, porque a Deus nada é impossível" (Lc 1, 35). A Deus nada é impossível, a virgindade de Nossa Senhora seria preservada, mesmo ela "não conhecendo varão". Continuamos na argumentação. O Evangelho nos mostra que Maria, tendo chegado ao termo ordinário da natureza, "deu à luz o seu filho. E estando ali, aconteceu completarem-se os dias em que devia dar à luz" (Lc 1, 6).                     Ora, "conceber" e "dar à luz" são dois termos de uma ação única. A mãe concebe, para dar à luz - é uma só ação: gerar filhos. O parto e a conceição são inseparavelmente ligados, sendo o primeiro o preço doloroso da segunda (perder a virgindade); sendo Maria Santíssima libertada da segunda parte, por meio do milagre de Deus, deve sê-lo da primeira, pois para Deus não é mais custoso fazer "nascer" virginalmente do que fazer "conceber" virginalmente. Ademais, se a ação virginal havia começado, pela ação do Espírito Santo, Deus completaria essa ação no momento em que esta chegasse ao seu final.  É uma conseqüência lógica e necessária, sob pena de negar o milagre completo de Deus manifestado em sua vontade e na resolução de Nossa Senhora de manter a virgindade. A própria dúvida de Nossa Senhora em relação à concepção deixa claro a posição dela perante a virgindade: "Como se fará isso, pois eu não conheço varão?". O Anjo resolve o problema: "O Santo, que há de nascer de ti, será chamado Filho de Deus, porque a Deus nada é impossível" (Lc. 1, 35).          A conceição da Virgem Santíssima é, pois, obra do Espírito Santo: "O Espírito Santo descerá sobre ti e a virtude do Altíssimo te cobrirá com sua sombra. E por isso mesmo o santo que há de nascer de ti será chamado Filho de Deus." (Lc. 1, 35). "Conceber" Jesus e "dá-lo à luz" são, textual e literalmente, um só milagre, o milagre da encarnação. Separar estes dois termos, que o Evangelista resumiu de propósito numa única frase, é adulterar de maneira visível o texto e a significação da palavra de Deus. Sendo Nossa Senhora virgem antes do parto, deve sê-lo também durante o parto, pois o milagre da encarnação é uno e completo. E isto é muito conforme à profecia: "uma virgem conceberá e dará à luz". É o próprio Evangelho que faz a aplicação desta profecia: "Ora, tudo aconteceu para que se cumprisse o que foi dito pelo Senhor, por meio do profeta" (Mt 1, 22). Ou seja, conceber e dar à luz, virginalmente! A Virgindade de Nossa Senhora antes e durante o parto é uma verdade que não se pode negar, senão espezinhando-se todas as regras da lógica e da hermenêutica. Deus quis manter a virgindade de Nossa Senhora antes e durante o parto, não o precisava, mas assim o fez.
Nossa Senhora permaneceu virgem após o parto
Sobre a virgindade de Nossa Senhora após o parto, já foi provado anteriormente. Todavia, para dar mais realce à explicação, façamos uma reflexão: Quando Nossa Senhora afirma, categoricamente, "eu não conheço varão", ela não está dizendo que "até o momento eu não conheço", mas que ela, por opção pessoal, não "conhece varão", o que dá uma extensão geral à sua afirmação. Segundo a tradição, Nossa Senhora havia feito um voto de castidade perpétua e assim o manteve, mesmo vivendo com S. José, como fica clara pela própria afirmação dela ("Eu não conheço varão"), quando já estava desposada de S. José. Se não fosse propósito de Nossa Senhora manter a castidade perpétua, sua afirmação não teria propósito, pois o Anjo poderia lhe responder: "se ainda não conhece, conhecê-lo-á logo; não é José teu esposo?”. A sua afirmação só faz sentido, dentro do contexto, tendo Nossa Senhora feito o voto de castidade perpétua. S. Marcos, na mesma linha, chama Jesus "O filho de Maria" (Mc 6, 3), e não um dos filhos de Maria, como querendo mostrar que ele era o seu filho único. Desfazendo objeções protestantes: "antes de coabitarem", "filho primogênito" e "não a conhecia até que ela desse à luz"
a) "antes de coabitarem"
S. Mateus: "Maria, sua Mãe, estava desposada com José. Antes de coabitarem, ela concebeu por virtude do Espírito Santo" (Mt 1, 18). Ora, "antes de coabitarem" significa apenas "antes de morarem juntos na mesma casa". Isso aconteceu quando "José fez como o anjo do Senhor lhe havia mandado e recebeu em sua casa sua esposa (Maria)” (Mt 1, 24).
b) "filho primogênito"
S. Lucas: "Maria deu à luz o seu filho primogênito" (Lc 2, 7). Explicação: É errado concluir que devia seguir o segundo filho. A lei de mosaica exige que todo o primogênito seja consagrado a Deus, quer seja filho único ou não: "Consagrar-me-ás todo o primogênito (primeiro gerado) entre os israelitas, tanto homem como animal: ele é meu" (Ex 13, 2). Um exemplo elucidativo encontrado no Egito, retirado de uma inscrição judaica: "Arisoné entre as dores do parto morreu ao dar à luz seu filho primogênito". Ou no Êxodo, quando Deus disse: "Todo o primogênito na terra do Egito morrerá" (Ex 11, 5). E assim aconteceu. "Não havia casa em que não houvesse um morto" (Ex 11, 30). Necessariamente, havia, como em todos os países, casais de um só filho; por exemplo, todos os que se tinham casado nos últimos anos... Depois, em outro trecho, Deus ordena: "contar todos os primogênitos masculinos dos filhos de Israel, da idade de um mês para cima" (Nm 3, 40). Ora, se há primogênito de um mês de idade, como é que se pode exigir que, para haver primeiro, haja um segundo?
Logo, há primogênito sem que haja, necessariamente, um segundo filho.
A primogenitura era um título de dignidade e de honra entre os Judeus. Geralmente, o filho, primeiro, tinha direito a certos privilégios, como os de herdeiro etc, ficando sujeito a certas obrigações, como vemos na Bíblia. (Lc 2, 23) É, portanto, de propósito e com razão que o Evangelista chama Jesus: "primogênito". Designa-o, deste modo, como herdeiro de David, como tendo um direito privilegiado sobre esta herança (Gn 10, 15 - 21, 12).  E é isso que se pode verificar na apresentação de Jesus no templo: "Depois que foram concluídos os dias da purificação de Maria, segundo a lei de Moisés, levaram-no a Jerusalém para o apresentarem ao Senhor: Todo o varão primogênito será consagrado ao Senhor" (Lc 2, 22) Essa passagem é muito clara e resolve de uma vez a discussão sobre a "primogenitura" de Nosso Senhor, pois a apresentação no templo ocorreu apenas 40 dias após o seu nascimento, como filho único de Nossa Senhora.
c) "não a conhecia até que ela desse à luz"
Em algumas traduções, aparece em S. Mateus: "José não conheceu Maria (= não teve relações com ela) até que ela desse à luz um filho (Jesus)". (Mt 1, 25). Explicação: Seria errado insinuar que depois daquele "até" José devia "conhecer" Maria". "Até", na linguagem bíblica, refere-se apenas ao passado. Exemplo: "Micol, filha de Saul, não teve filhos até ao dia de sua morte" (II Sm 6, 23). Ou então, falando Deus a Jacob do alto da escada que este vira em sonhos, disse-lhe: "Não te abandonarei, enquanto não se cumprir tudo o que disse" (Gn 28, 15). Quererá isso dizer que Deus o abandonaria depois? Em outra passagem, Jesus diz aos seus Apóstolos: "Eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos" (Mt 28, 20). Ora, o texto sagrado deixa claro que a palavra "até" é um reforço do milagre operado, a saber, a encarnação do verbo por obra do Espírito Santo, e não por obra de um homem (S. José).




A imaculada Conceição de Maria

A Imaculada Conceição de Maria

Em 8 de dezembro de 1854, o papa Pio IX definiu o terceiro dogma mariano: Imaculada Conceição de Maria. Em sua Bula (carta) “Ineffabilis Deus”, o Pontífice declarou a doutrina que ensina ter sido Nossa Senhora imune de toda mancha de pecado original, no primeiro instante de sua conceição, por singular graça e privilégio de Deus Onipotente, em vista dos méritos de Cristo Jesus Salvador do gênero humano. Duns Scott (1266-1308) foi o teólogo que argumentou, historicamente, em favor do privilégio mariano, baseando-se na redenção preventiva. O dogma da Imaculada Conceição nos ensina que, em Maria, começa o processo de renovação e purificação de todo o povo. Ela “é toda de Deus, protótipo do que somos chamados a ser. Em Maria e em nós age a mesma graça de Deus. Se nela Deus pôde realizar seu projeto, poderá realizá-lo em nós também” (Dom Murilo S. R. Krieger - bispo e escritor mariano).                            Reza o dogma católico que a Bem-aventurada Virgem Maria, desde o primeiro instante de sua conceição, foi preservada do pecado original, por privilégio único de Deus e aplicação dos merecimentos de seu divino Filho.  O dogma abrange dois pontos importantes:
a) O primeiro é ter sido a Santíssima Virgem preservada da mancha original desde o princípio de sua conceição. Deus a livrou da lei de propagação do pecado original na raça de Adão; ou por outra, Maria foi cumulada, ainda no começo da vida, com os dons da graça santificante.
b) No segundo, vê-se que tal privilégio não era devido por direito. Foi concedido na previsão dos merecimentos de Jesus Cristo. O que valeu a Maria este favor peculiar foram os benefícios da Redenção, na previsão dos méritos de Jesus Cristo, que já existiam nos eternos desígnios de Deus.
Como se dá a transmissão do Pecado Original. Primeiramente, é necessário esclarecer em que consiste a transmissão do "Pecado Original". A lei geral: "Todos os homens pecaram num só". Tal lei é certa e, segundo vamos demonstrar, não encontra a mínima contradição com o dogma católico. S. Francisco de Sales, no seu "Tratado do amor de Deus", exprime essa verdade de um modo singelo e glorioso!
"A torrente da iniqüidade original veio lançar as suas ondas impuras sobre a conceição da Virgem Sagrada, com a mesma impetuosidade que sobre a dos demais filhos de Adão; mas chegando ali, as vagas do pecado não passaram além, mas se detiveram, como outrora o Jordão no tempo de Josué, aqui respeitando a arca da aliança a torrente parou; lá em atenção ao Tabernáculo da verdadeira aliança, que é a Virgem Maria, o pecado original se deteve." É preciso compreender a diferença essencial que há entre "pecar em Adão" e "pecar pessoalmente", como são coisas bem distintas pertencer a uma raça pecadora e ser pecador.
De que modo, afinal, contraímos nós o pecado original? Tal transmissão não se pode fazer pela "criação" da alma; afirmar isso seria dizer que Deus é o autor do pecado, o que é impossível e repugna. Não se transmite tão pouco pelos pais, pois a alma dos filhos não se origina das almas dos pais, mas é criada por Deus. A transmissão se efetua pela "geração". A alma é criada por Deus no estado de inocência perfeita, mas contrai a "mácula", unindo-se a um corpo formado de um gérmen corrompido, do mesmo modo que ela sofreria, se fosse unida a um corpo ferido. É a opinião de Santo Tomás. Santo Agostinho diz a propósito: "Apesar de nascerem de pais batizados, os filhos vêm à luz com o pecado original, como do trigo inutilizado germina uma espiga, em que o grão é misturado com a palha."  Nesse mistério do nascimento de uma criança, pelo exposto, opera-se uma dupla conceição: a da alma e a do corpo. Foi nesse momento quase imperceptível que Deus preservou do pecado original a "pessoa" de Maria Santíssima. Criou sua alma, como criou as nossas. Os progenitores de Nossa Senhora formaram-lhe o corpo, como nossos pais formaram o nosso. Até aqui tudo é natural; o milagre da preservação limita-se ao instante em que o Criador uniu a alma ao corpo. Desta união devia resultar a "transmissão do pecado". Deus fez parar o curso desta transmissão, de modo que nela a união se operou, como se tinha realizado na pessoa de Adão, quando Deus, depois de ter feito o corpo do primeiro homem, soprou nele o espírito, constituindo-o na perfeição da inocência e justiça original.
Maria é uma segunda Eva... Mas Eva antes de sua queda! Tal é a sublime doutrina da Igreja de Cristo.
A Exceção à Lei Geral. Seria possível objetar-se que Deus não tem poder para derrogar as leis gerais por Ele mesmo estabelecidas? Seria negar a onipotência divina e fixar limites Àquele que não os tem. É uma lei geral que "todos pecaram num só". Tal fato é universal, e todas as criaturas a ele estão subordinadas. Todavia, nada impede que, antes de efetuar-se a união da alma com o corpo, Deus possa intervir e suspender "um dos seus efeitos", o qual é, precisamente, a transmissão desse "pecado original". A Sagrada Escritura está repleta dessas derrogações de leis gerais. O movimento do sol e da lua está matematicamente fixado pela lei da natureza; entretanto, Josué não hesitou em fazê-lo parar: "Sol detem-te em Gibeon, e tu, lua, no vale de Hadjalon. E o sol deteve-se e a lua parou" (Js. 10, 12-13). É uma lei que as águas sigam a correnteza do seu curso. Entretanto, "Moisés estendeu a mão..." o mar deixou livre o seu leito, partiram-se as águas, com um muro à sua esquerda e à sua direita (Ex. 14, 21 e 22). É uma lei que o um morto fique morto até à ressurreição geral; entretanto, o próprio Cristo-Deus, diante do cadáver de Lázaro, já em putrefação, exclamou: "Lázaro, sai!" (Jo 11, 43 e 41). E imediatamente aquele que estava morto saiu vivo.
Que prova isso, demonstra que "para Deus nada é impossível" (Lc 18, 27). Será, então, que os protestantes acham impossível que Deus preserve Maria Santíssima do Pecado Original? Se a lei geral fosse superior ao poder de Deus, como ficaria Jesus? Ele, em sua natureza humana, foi preservado do pecado original, mesmo nascendo de uma mulher. Se fosse impossível a Deus manter Imaculada a sua Mãe, também seria impossível manter "imaculado" o Seu Filho único, que nasceu verdadeiro Homem e verdadeiro Deus.
Provas na Sagrada Escritura: Depois da queda do pecado original, Deus falou ao demônio, oculto sob a forma de serpente: "Ei de por inimizade entre ti e a mulher, entre sua raça (semente) e a tua; ela te esmagará a cabeça" (Gn 3, 15). Basta um pouco de boa-vontade para compreender de que "mulher" o texto fala. A única mulher "cheia de graça", "bendita entre todas", na qual a "semente" ou (raça) foi Nosso Senhor Jesus Cristo (e os cristãos), é a Santíssima Virgem, a nova Eva, mãe do Novo Adão. Conforme esse texto, há uma luta entre dois antagonistas: de um lado, está uma mulher com o filho; do outro, o demônio. Quem há de ganhar a vitória são aqueles e não estes. Ora, se Nossa Senhora não fosse imaculada, essa inimizade não seria inteira e a vitória não seria total, pois Maria Santíssima teria sido, pelo menos em parte, sujeita ao poder do demônio através do Pecado Original. Em outras palavras, a inimizade entre a mulher (e sua posteridade) e a serpente, implica, necessariamente, que Nosso Senhor e Nossa Senhora não poderiam ter sido manchados pelo pecado original. Na saudação do anjo, quando S. Gabriel diz: "Ave, cheia de graça. O Senhor é convosco". Ora, não se exprimiria desta maneira o anjo e nem haveria plenitude de graça, se Nossa Senhora tivesse o pecado original, visto o homem ter perdido a graça após o pecado. A maneira da saudação do anjo transparece a grandeza de Nossa Senhora, pois o Anjo a saúda com a "Ave, Cheia de Graça". Ele troca o nome "Maria" pela qualidade "Cheia de Graça", como Deus desejou chamá-la. Ao mesmo tempo, a afirmação "o Senhor é convosco" abrange uma verdade luminosa. Se Nosso Senhor é (está) com Nossa Senhora antes da encarnação ("é convosco"). Sendo palavras anteriores à encarnação do verbo no seio da Virgem Maria, forçoso é reconhecer que onde está Deus não está o pecado. Ou seja, Nossa Senhora não tinha o "pecado original".   Prossegue o arcanjo: Não temas, Maria, pois "achaste graça diante de Deus". Aqui termina a revelação da Imaculada Conceição para começar a da maternidade divina: "Eis que conceberás no teu ventre e darás à luz um filho, e por-lhe-ás o nome de Jesus". (Lc 1, 28). Pela simples leitura percebe-se a conexão estreita entre duas verdades: "Maria será a mãe de Jesus, porque achou graça diante de Deus". Mas, que graça Nossa Senhora achou diante de Deus para poder ser escolhida como a Mãe Dele? Ora, a única graça que não existia - ou que estava "perdida" - era a "graça original". Falar, pois, que: "Maria achou graça" é dizer que achou a "graça original". Ora, a "graça original" é a "Imaculada Conceição"!   Os evangelhos sinóticos deixam claro que a palavra "Cheia de Graça", em grego: "Kecharitoménê", particípio passado de "charitóô", de "Cháris", é empregado na Sagrada Escritura para designar a graça em seu sentido pleno, e não no sentido corrente. A tradução literal seria: "omnino Plena Caelesti gratia" ou "Ominino gratiosa reddita": "Cheia de graça". Ou seja, a tradução do latim: "gratia plena" é mais perfeita do que a palavra portuguesa: "cheia de graça". Nossa Senhora não apenas "encontrou graça", mas estava "plena" de Graça. Corroborando o que disse o Arcanjo logo em seguida: "O Senhor é contigo". Falando à Santíssima Virgem que Ela "achara graça", o Arcanjo diz: Maria, sois imaculada, e, por isto, sereis a Mãe de Jesus Cristo. Também é pela própria razão que se pode concluir a Imaculada Conceição. É claro que o argumento racional não é definitivo, mas corroborou com muita conveniência - e completa harmonia - para com ele. Se Maria Santíssima fosse manchada do pecado original, essa mancha redundaria em menor glória para seu filho, que ficou nove meses no ventre de uma mulher que teria sido concebida na vergonha daquele pecado. Se qualquer mácula houvesse na formação de Maria Santíssima, teria havido igualmente na formação de Jesus, pois o filho é formado do sangue materno.   S. Paulo assim se expressa sobre o ventre de onde nasceu o menino-Deus: "Cristo, porém, apareceu como um pontífice dos bens futuros. Entrou no tabernáculo mais excelente e perfeito, não construído por mãos humanas, nem mesmo deste mundo" (Hb 9, 12). Que tabernáculo é esse, "não construído por mãos humanas", por onde "entrou" Nosso Senhor Jesus Cristo? Fica claro o milagre operado em Nossa Senhora na previsão dos méritos de seu divino Filho. Negar que Deus pudesse realizar tal milagre (Imaculada Conceição) seria duvidar de sua onipotência. Negar que Ele desejaria fazer tal milagre seria menosprezar seu amor filial, pois, como afirma S. Paulo: Deus construiu o seu "tabernáculo" que não foi "construído por mãos humanas". Ora, este tabernáculo, feito imediatamente por Deus e para Deus, devia revestir-se de toda a beleza e pureza que o próprio Deus teria podido outorgar a uma criatura. E esta pureza perfeita e ideal se denomina: a Imaculada Conceição. Agora examinemos a Tradição, desde os primeiros séculos: S. Tiago Menor, o qual realizou o esquema da liturgia da Santa Missa, prescreve a seguinte leitura, após ler uns passos do antigo e do novo testamento, e de umas orações: "Fazemos memória de nossa Santíssima, Imaculada, e gloriosíssima Senhora Maria, Mãe de Deus e sempre Virgem".    O santo Apóstolo não se limita a isso, mas torna a sua fé mais expressiva ainda. Após a consagração e umas preces, ele faz dizer ao Celebrante: "Prestemos homenagem, principalmente, a Nossa Senhora, a Santíssima, Imaculada, abençoada acima de todas as criaturas, a gloriosíssima Mãe de Deus, sempre Virgem Maria. E os cantores respondem: É verdadeiramente digno que nós vos proclamemos bem-aventurada e em toda linha irrepreensível, Mãe de Nosso Deus, mais digna que os querubins, mais digna de glória que os serafins; a vós que destes à luz o Verbo divino, sem perder a vossa integridade perfeita, nós glorificamos como Mãe de Deus" (S. jacob).   O evangelista S. Marcos, na Liturgia que deixou às igrejas do Egito, serve-se de expressões semelhantes: "Lembremo-nos, sobretudo, da Santíssima, bendita Senhora Nossa, a Mãe de Deus e sempre Virgem Maria". Na Liturgia dos etíopes, de autor desconhecido, mas cuja composição data do primeiro século, encontramos diversas menções explícitas da Imaculada Conceição. Uma das suas orações começa nestes termos: Alegrai-vos, Rainha, verdadeiramente Imaculada, alegrai-vos, glória de nossos pais. Mais adiante, é pela intercessão da Imaculada Virgem Maria que o Sacerdote invoca a Deus em favor dos fiéis: "Pelas preces e a intercessão que faz em nosso favor Nossa Senhora, a Santa e Imaculada Virgem Maria.".            Terminamos o primeiro século com as palavras de Santo André, apóstolo, expondo a doutrina cristã ao procônsul Egeu, passagem que figura nas atas do martírio do mesmo santo, e data do primeiro século: "Tendo sido o primeiro homem formado de uma terra imaculada, era necessário que o homem perfeito nascesse de uma Virgem igualmente imaculada, para que o Filho de Deus, que antes formara o homem, reparasse a vida eterna que os homens tinham perdido" (Cartas dos Padres de Acaia). A doutrina da Imaculada Conceição era, pois, conhecida no primeiro século e por todos admitida. A esse respeito, nenhuma contradição se levantou na primitiva Igreja. No século segundo, os escritos dos Santos Padres falam da Imaculada Conceição como um fato indiscutível. Entre os escritores e oradores deste século, contamos: S. Justino, apologista e mártir; Tertuliano e Santo Irineu. No terceiro século, existem também textos claros em defesa da Imaculada Conceição. Mas em menor quantidade. Santo Hipólito, bispo de Porto e mártir, escreveu em 220: "O Cristo foi concebido e tomou o seu crescimento de Maria, a Mãe de Deus toda pura". Mais além ele diz: "Como o Salvador do mundo tinha decretado salvar o gênero humano, nasceu da Imaculada Virgem Maria". Orígenes, que viveu em 226 e pareceu resumir a doutrina e as tradições de sua época, escreveu: "Maria, a Virgem-Mãe do Filho único de Deus, é proclamada a digna Mãe deste digno Filho, a Mãe Imaculada do Santo e Imaculado, sendo ela única, como único é o seu próprio Filho."  Em um dos seus sermões sobre S. José, Orígenes faz o mensageiro celeste dizer ao santo: "Este menino não precisa de Pai na terra, porque tem um pai incorruptível no céu; não precisa de Mãe no Céu, porque tem uma Mãe Imaculada e casta na terra, a Virgem Bem-aventurada, Maria". No século quarto, aparecem inúmeros escritos sobre a Imaculada Conceição, cada vez mais explícitos e em maior número. Temos diante de nós as figuras incomparáveis de Santo Atanásio, de Santo Efrém, de S. Basílio Magno, de Santo Epifânio, e muitos outros, que constituem a plêiade gloriosa dos grandes Apóstolos do culto da Virgem Santíssima e, de modo particular, de sua Imaculada Conceição. Um trecho de Lutero, para mostrar que nem ele se atreveu a contestar a Imaculada Conceição: "Era justo e conveniente, diz ele, fosse a pessoa de Maria preservada do pecado original, visto o filho de Deus tomar dela a carne que devia vencer todo pecado".

A Assunção de Maria aos Céus

A Assunção de Maria aos céus


A Assunção de Maria foi o último dogma a ser proclamado, por obra do papa Pio XII, a 1o de novembro de 1950. Na Constituição Apostólica “Munificentissimus Deus”, o Pontífice afirmou que, depois de terminar o curso terreno de sua vida, ela foi assunta de corpo e alma à glória celeste. Mais de 200 teólogos, em todas as partes da Igreja, demonstraram interesse e entusiasmo pela definição dogmática. Imaculada e assunta aos céus, Maria é a realização perfeita do projeto de Deus sobre a humanidade. “A Assunção manifesta o destino do corpo santificado pela graça, a criação material participando do corpo ressuscitado de Cristo, e a integridade humana, corpo e alma, reinando após a peregrinação da história” (CNBB - Catequese renovada, 235).                                                                                            Os dogmas marianos iluminam a vida espiritual dos cristãos. “Os dogmas são luzes no caminho de nossa fé, que o iluminam e tornam seguro” (Catecismo da igreja católica, 90). A Assunção de Nossa Senhora é uma doutrina que ilustra bem o modo como a Igreja interpreta as Escrituras e a Tradição: não como se fossem um manual dogmático preciso e detalhado, com todas as verdades resumidas em fórmulas teológicas bem lapidadas, mas como um depósito que deve ser objeto de pesquisa, estudo e aprofundamento. Os protestantes, por sua vez, fazem da Bíblia a única regra de fé e, o que é pior, interpretam o Livro Sagrado de acordo com seus preconceitos individuais. Apesar de alardearem a soberania da Escritura, os protestantes, na verdade, colocam a própria interpretação acima da Palavra de Deus. A Bíblia é refém de cada crente, que "recebe do Espírito Santo" a capacidade de interpretar seus textos sem errar. Daí nascem as infindáveis divisões, seitas e denominações "evangélicas". No entanto, como já demonstramos em outro lugar (ver o número 2 deste folheto), nem o "Só a Bíblia", nem o livre exame encontram sustentação na Escritura. Quem possui autoridade para interpretar autenticamente a Bíblia é a Igreja, "coluna e sustentáculo da verdade" (cf. 1Tm 3,15). A interpretação pessoal dos textos sagrados é ilícita (cf. 2Pd 1,20; 2Pd 3,15s). Não nos devemos espantar ao saber que a Bíblia não afirma, explicitamente, a Assunção da Virgem Maria. Embora esta doutrina se encontre radicada na Escritura, ela não pode ser deduzida pelos critérios protestantes ou através de uma exegese científica.  A Bíblia apresenta pistas e indicadores que apontam para esta verdade. A Igreja, assistida pelo Espírito Santo, soube discernir estas pistas, e encontrou elementos suficientes para definir a Assunção de Nossa Senhora como doutrina revelada, a ser crida por todos os fiéis.
a. Fundamentos Bíblicos
"Anunciamos, declaramos e definimos como dogma divinamente revelado que a Imaculada Mãe de Deus sempre Virgem Maria, terminado o curso da vida terrena, foi levada em corpo e alma para a glória celeste" (Constituição Apostólica Munificentissimus Deus, 1º de novembro de 1950 - Definição do dogma da Assunção).            Em 1950, o papa Pio XII definiu a Assunção como dogma de fé. Não foi uma decisão tomada de um dia para o outro, mas o fruto maduro de um longo processo de aprofundamento da Escritura e da Tradição."Porei inimizade entre ti e a mulher, entre tua linhagem e a linhagem dela. Ela te esmagará a cabeça e tu lhe ferirás o calcanhar" (Gn 3,15).  Este trecho do Gênesis, chamado de protoevangelho, é o primeiro anúncio do triunfo de Cristo sobre o Diabo e, juntamente com Cristo, do triunfo de Maria, a mulher que esmaga a cabeça da serpente. Como nova Eva, a Virgem Maria está estreitamente unida ao novo Adão na sua luta contra o pecado e no seu triunfo sobre a morte.                                                                                                                                                       "Honra teu pai e tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que Iahweh teu Deus, te dá" (Ex 20,12). Sabemos que Cristo foi o mais perfeito cumpridor dos mandamentos. Portanto, além de honrar o Pai, deveria também honrar a mãe. Qual o filho que, tendo o poder de livrar sua mãe da morte e da corrupção, não o faria? Um filho que abandonasse a própria mãe desta forma não a estaria desonrando?
"Entre as tuas amadas estão as filhas do rei; à tua direita uma dama, ornada com ouro de Ofir. Ouve, ó filha, vê e inclina teu ouvido: esquece o teu povo e a casa do teu pai, que o rei se apaixone por sua beleza: prostra-te à sua frente, pois ele é o teu senhor! Vestida com brocados, a filha do rei é levada para dentro, até o rei, com séquito de virgens.
Introduzem as companheiras a ela destinadas, e com júbilo e alegria elas entram no palácio" (Sl 45(44),10-12.14b-16). Neste texto os Santos Padres viram a Virgem Maria em sua entrada triunfal na glória, aproximando-se do trono do Rei imortal, Cristo Senhor. "Levanta-te, Iahweh, para o teu repouso, tu e a arca da tua força" (Sl 132(131),8). A arca da aliança, segundo muitos teólogos, pregadores e doutores, é figura do corpo puríssimo da Virgem Maria, que portou a Nova Aliança entre Deus e os homens, Jesus Cristo. Assim como a arca, feita de madeira incorruptível, o corpo da Virgem não poderia conhecer a degradação do sepulcro. Antes, foi levado para o Santuário Celeste, para junto de Deus. Acreditam os judeus que o Senhor protegeu a arca do saque do Templo, efetuado pelos babilônios sob a liderança de Nabucodonosor, no século VII a.C. O Apocalipse de Baruc, do final do século I d.C., menciona um anjo que removeu os objetos sagrados do Santuário, escondendo-os em lugar secreto antes da chegada dos babilônios. O Apocalipse de João nos mostra a antiga arca no Céu: "O templo de Deus que está no Céu se abriu, e apareceu no templo a arca da sua aliança. Houve relâmpagos, vozes, trovões, terremotos e uma grande tempestade de granizo" (Ap 11,19). Se a arca que continha a antiga Lei foi preservada, quanto mais a novíssima arca que trouxe em seu seio não tábuas de madeira, mas o Verbo Santo de Deus!
"Que é aquilo que sobe do deserto, como colunas de fumaça perfumada com incenso e mirra, e perfumes dos mercadores?" (Ct 3,6). A esposa dos Cânticos é figura de Maria, esposa celeste que, com o divino Esposo, sobe ao Céu. "Entrando onde ela estava, disse-lhe: ‘Alegra-te, cheia de graça, o Senhor está contigo!’" (Lc 1,28). A Assunção é mais uma graça concedida por Deus a Maria, uma benção que se opõe à maldição lançada sobre Eva (cfr. Gn 3,19). "Um sinal grandioso apareceu no céu: uma Mulher vestida com o sol, tendo a lua sob os pés e sobre a cabeça uma coroa de doze estrelas; estava grávida e gritava, entre as dores do parto, atormentada para dar à luz. Apareceu então outro sinal no céu: um grande Dragão, cor de fogo, com sete cabeças e dez chifres e sobre as cabeças sete diademas; a sua cauda arrastava um terço das estrelas do céu, lançando-as para a terra. O Dragão colocou-se diante da Mulher que estava para dar à luz, a fim de lhe devorar o filho, tão logo nascesse. Ela deu à luz um filho, um varão, que irá reger todas as nações com cetro de ferro. Seu filho, porém, foi arrebatado para junto de Deus e de seu trono, e a Mulher fugiu para o deserto, onde Deus lhe havia preparado um lugar em que fosse alimentada por mil duzentos e sessenta dias. Ao ver que fora expulso para a terra, o Dragão pôs-se a perseguir a Mulher que dera à luz o filho varão. Ela, porém, recebeu as duas asas da grande águia para voar ao deserto, para o lugar em que, longe da Serpente, é alimentada por um tempo, tempos e metade de um tempo. A Serpente, então, vomitou água como um rio atrás da Mulher: a terra abriu sua boca e engoliu o rio que o Dragão vomitara. Enfurecido por causa da Mulher, o Dragão foi então guerrear contra o resto dos seus descendentes, os que observam os mandamentos de Deus e mantêm o Testemunho de Jesus" (Ap 12,1-6.13-17). A Mulher vestida de sol em Ap 12 é, primeiramente, a Igreja. Também identificamos esta Mulher com a Mãe do Senhor, que esmaga a cabeça da Serpente (cfr. Gn 3,15). Convém lembrar aqui as várias vezes em que Jesus se dirige à sua mãe chamando-a de "Mulher" (cfr. Jo 2,4; 19,26). Maria é, assim, tipo da Igreja, o novo Israel de Deus, lavada e santificada no sangue do Cordeiro, imaculada e incorruptível (cfr. Ef 5,25-27). A morte e a corrupção do corpo são conseqüência do pecado (cfr. Gn 3,19; Sl 16(15),10). "Eis porque, como por meio de um só homem o pecado entrou no mundo e, pelo pecado, a morte, e assim a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram" (Rm 5,12). "Porque o salário do pecado é a morte, e a graça de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor" (Rm 6,23). "Com efeito, visto que a morte veio por um homem, também por um homem vem a ressurreição dos mortos. Pois, assim como todos morrem em Adão, em Cristo todos receberão a vida" (1Cor 15,21-22). A Lei do pecado atinge a todos, exceto o Cristo e sua mãe. Se a carne de Cristo não conheceu a corrupção do sepulcro, então a carne de Maria, que é a mesma carne de Cristo, também não pode ter se corrompido. Maria foi levada para junto de seu Filho em corpo e alma. Não é demais lembrar que a Escritura apresenta precedentes para a assunção corporal. Os casos de Henoc, Elias e Moisés são bem conhecidos (cfr. Gn 5,24; Hb 11,5; 2Rs 2,1.11; Jd 2,9, que cita o apócrifo Assunção de Moisés). Paulo foi arrebatado até o terceiro céu (2Cor 12,2-4). No fim dos tempos, depois da ressurreição dos mortos, os que estiverem vivos serão arrebatados (1Ts 4,15-17). Alguns poderiam objetar citando 1Cor 15,23: "Cada um, porém, [ressuscitará] em sua ordem: como primícias, Cristo; depois, aqueles que pertencem a Cristo, por ocasião da sua vinda" (1Cor 15,23). O Evangelho, porém, relata que muitos mortos reviveram depois da ressurreição de Jesus: "Abriram-se os túmulos e muitos corpos dos santos falecidos ressuscitaram. E, saindo dos túmulos após a ressurreição de Jesus, entraram na Cidade Santa e foram vistos por muitos" (Mt 27,52-53). Os últimos tempos, que marcam o retorno de Cristo, já começaram. É preciso deixar claro aqui que Maria não subiu ao Céu por seu próprio poder, como ocorreu com Cristo na Ascensão, mas foi elevada pelo poder de Deus. Aquela que, durante a vida, foi toda graça e gratuidade, recebeu no fim de sua peregrinação terrestre a sublime graça de entrar íntegra na glória eterna.
Podemos nos perguntar, de passagem, se a Virgem experimentou a morte ou foi imediatamente transfigurada. Não existe nenhuma posição oficial da Igreja a respeito. Isenta do pecado, a Mãe do Senhor certamente é imune às suas nefastas conseqüências, entre elas a morte corporal. Porém, com a intenção de se associar mais perfeitamente a seu Filho, o qual deu a vida pelos pecadores, é razoável supor que ela quis passar por esta experiência.
Conclusão                                                                           
 Para a definição da Assunção, além da Tradição e da Escritura, foi muito importante o consenso de todo o povo de Deus. Levou-se em consideração o conteúdo global do dado revelado.                           Depois de um longo processo de amadurecimento, de desenvolvimento dogmático, a Igreja foi capaz de colher o seu fruto maduro. "Quando vier o Espírito da Verdade, ele vos conduzirá à verdade plena..." (Jo 16,13a). A assistência infalível do Espírito Santo está por trás de cada verdade de fé ensinada pela Igreja, incluindo aí a Assunção de Nossa Senhora.                                                                                               "A Assunção da Virgem Maria é uma participação singular na Ressurreição de seu Filho e uma antecipação da ressurreição dos outros cristãos" (Catecismo da Igreja Católica, n. 966). Em Maria, contemplamos a nossa esperança de ressurreição já realizada. Nela a Igreja já atinge o triunfo escatológico, a vitória definitiva sobre a morte e o mal. Unida indissoluvelmente a Cristo em sua vida, moral e fisicamente, a Virgem agora vive e reina com ele pelos séculos (cf. Dn 22,27; Ap 1,5b-6; 2,26-27; 5,10; 20,6; 22,5). "Podem os doutos discutir sobre a Assunção ao Céu de Nossa Senhora; para mim não parece incompreensível, porque ela já não pertencia ao mundo" (Sören Kierkegaard (+1855), filósofo protestante).

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Como será celebrado o Mês de Maio na Paróquia São Pedro e São Paulo?


O mês de Maio será celebrado em toda a nossa Paróquia, em cada uma de nossas comunidades, como é de costume. Estamos aguardando que o Setor Pastoral da Arquidiocese da Paraíba disponibilize para nós o livreto que será utilizado este ano.

A Igreja Matriz terá uma programação especial neste mês dedicado à Virgem Maria de Nazaré.

Dia 1 de Maio - Ofício Solene de Nossa Senhora e Celebração Eucarística na Igreja Matriz de São Pedro e São Paulo, as 8h da manhã

18h - Procissão com a Imagem de São José saindo da comunidade São Joaquim e Santa Ana. Esta imagem encontrará a de Nossa Senhora na Igreja Matriz São Pedro e São Paulo onde haverá Celebração Eucarística que abrirá o Mês de Maio.

Segundas feiras:

Todas as segundas feiras, as 18:30h será rezado o terço que será de responsabilidade do Cenáculo de Maria.

Terças feiras:

Todas as terças feiras, as 18:30h será rezado o terço que será de responsabilidade da RCC da Paróquia São Pedro e São Paulo. Após o Terço, será celebrada a Eucaristia

Quartas feiras

Todas as quartas feiras, as 18:30h será rezado o terço que será de responsabilidade do Terço dos Homens da Paróquia São Pedro e São Paulo. Após o Terço, será celebrada a Eucaristia

Quintas feiras

Todas as Quintas haverá Adoração ao Santíssimo sob responsabilidade dos Ministros Extraordinários da Comunhão, as 18:30h será rezado o Terço sob responsabilidade do ECC. 19h - Benção do Santíssimo e 19:30h - Celebração Eucarística

Sextas Feiras

Todas as sextas feiras, as 19:30h será rezado o terço que será de responsabilidade Coroinhas da Igreja Matriz São Pedro e São Paulo.

Sábados
Todos os sábados do mês de maio acontecerá o módulo da Escola da Fé: Maria e a Eucaristia, as 19:30h

Domingos:

Todos os domingos, as 18:30h será rezado o terço que será de responsabilidade da Equipe de Liturgia da Matriz São Pedro e São Paulo. Após o Terço, será celebrada a Eucaristia


Dia 13 de maio

No dia de Nossa Senhora de Fátima, haverá procissão com a Imagem de Nossa Senhora de Fátima saindo da Praça do Chafariz, as 19h em direção à Matriz de São Pedro e São Paulo

Dia 31 de Maio

Haverá o terço e a missa Solene na qual será coroada a Imagem de Nossa Senhora.

********Todas as manhãs, é celebrado o Ofício Divino das Comunidades, as 5:30h e aos sábados o Ofício de Nossa Senhora, as 6h da manhã*********************************************

Desejo que o mês de maio seja de grandes realizações para todos! Que Maria apresente a cada um de nós ao seu Amado Filho Jesus que com o Pai e o Espírito Santo vive e reina para sempre, Amém


Padre apresenta alguns planos que serão realizados em 2011 - LEIA E COMENTE





Este é o meu sexto mês como administrador da Paróquia São Pedro e São Paulo. Começo dizendo que qualquer pessoa pode ter livre acesso às contas da Paróquia e agora que estão disponibilizadas as planilhas mensais, cada um pode procurar em sua própria comunidade. Não há nada a se esconder, não há nada de errado, é só procurar e ver tudo como está andando.
Apresento agora algumas mudanças e projetos que serão postos em prática em 2011. Muitas pessoas têm falado demais. Quem tem boca fala o que quer, mas você que só tem escutado, acompanhe agora, alguma das iniciativas nas mais diversas áreas.
Durante os seis primeiros meses estivemos organizando algumas coisas, agora começamos de fato o trabalho! Já anunciamos o EJC e a LITURGIA E CATEQUESE como responsabilidade do Estagiário Vitório. Agora seguem outras medidas e iniciativas

Continuação

Reformas e Construções:

A Sigma pré- moldados começou as escavações para as bases da Capela de São Daniel. (por que ninguém comentou nada ainda?)

Está autorizado e segunda feira começaremos a reforma da Capela de Santa Isabel. A capela será elevada e terá uma frente diferente, já que hoje é uma casa onde as pessoas se reunem.

Começaremos também a colocação de cerâmica na Capela de São Francisco como foi prometido anteriormente.

Também será feito o presbotério da Capela do Menino Jesus, o muro da Capela do Sagrado Coração e o beco da Capela de Guadalupe.

Devagar e sempre, estamos começando a trabalhar. Quem come apressado não saboreia a comida...

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A Escola da Fé:

Abertas inscrições para o novo módulo da Escola da Fé.
Início do curso: dia 7 de maio as 19:30h na Igreja Matriz São Pedro e São Paulo. Valor das inscrições: R$ 5,00

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A Pastoral dos Namorados da Paróquia São Pedro e São Paulo tem uma reunião marcada para o dia 20 de maio às 19:30h. Prepare-se e traga a sua cara metade para um momento de boa conversa e descobertas sobre a arte do bom relacionamento