sábado, 22 de janeiro de 2011

Viver a vocação cristã em um mundo de muita crença e pouca convicção


 
A sociedade em que vivemos tem feito do Ter, do prazer e do poder objetos de adoração e mais ainda, de verdadeira idolatria! A sede de poder sem limites desumaniza pessoas.  Em nome do desejo de se ter poder ilimitado é que se justifica invasão a determinados países, retaliações a determinados grupos, sensação de superioridade em quem mora em países mais estabilizados economicamente ou mesmo em cidades mais fortes economicamente dentro de nosso estado ou país. A sexualidade vivida de forma ilimitada, artificializa pessoas de forma que muitos homens medem a mulher como se ela só existisse do pescoço ao joelho e muitas mulheres para se libertarem de determinados rótulos têm se entregado resolutamente em projetos de traição e orgias, etc. A vida em seu conjunto perde a dimensão fraternal e comunitária assim, o planeta se torna campo a ser explorado e nada mais. O ser humano vai perdendo o sentido profundo de sua vida, sua razão de ser no mundo e tornando-se escravo de si mesmo, das leis criadas por ele mesmo e da máquina que deveria estar ao seu serviço. E nesse sentido, os jovens sao as primeiras presas deste sistema alienador e alienante. Como cristãos o que devemos fazer? Como viver a vocação cristã em um mundo imerso em crenças, mas sem nenhuma convicção clara? João Paulo II que será beatificado em maio, disse aos jovens em 1991, mas serve para os dias atuais:

“… não tenhais medo de ser santos! Tende a coragem de buscar e encontrar a verdade, para além do relativismo e da indiferença daqueles que tendem a edificar o nosso mundo como se Deus não existisse. Jamais sereis desiludidos se conservardes como ponto de referência na vossa busca, Cristo, verdade do homem. A revelar o mistério do Pai e do seu Amor, Ele manifesta perfeitamente o homem ao próprio homem e descobre-lhe a sublimidade de sua vocação.Tende a coragem da solidariedade, na Igreja e no mundo: convidai todos a serem, juntamente convosco, os artífices da ‘civilização do amor’, que o evangelho exige que edifiquemos, superando as divisões e os ódios que se escondem no coração humano, reconciliando os homens com as criaturas, os homens entre si e os homens com Deus. Eis aqui o enorme projeto que se vos apresenta. Compete-vos pô-lo em prática!… Ide também vós, por todos os lugares, sempre conscientes do desejo de (Jesus) Cristo: ‘Vim lançar fogo sobre a terra; e que quero eu senão que ele se tenha ateado?’ (Lc 12,49). Fazei com que arda este fogo que Jesus trouxe, o fogop do Espírito Santo, que queima toda a miséria humana, todo o mesquinho egoísmo, todo o mau pensamento. Deixai este fogo que se propague em seu coração”.

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