segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Evangelho do dia 30 de janeiro

Mt 5,1-12




Quando Jesus viu aquelas multidões, subiu um monte e sentou-se. Os seus discípulos chegaram perto dele, e ele começou a ensiná-los. Jesus disse: - Felizes as pessoas que sabem que são espiritualmente pobres, pois o Reino do Céu é delas.
- Felizes as pessoas que choram, pois Deus as consolará.
- Felizes as pessoas humildes, pois receberão o que Deus tem prometido.
- Felizes as pessoas que têm fome e sede de fazer a vontade de Deus, pois ele as deixará completamente satisfeitas.
- Felizes as pessoas que têm misericórdia dos outros, pois Deus terá misericórdia delas.
- Felizes as pessoas que têm o coração puro, pois elas verão a Deus. - Felizes as pessoas que trabalham pela paz, pois Deus as tratará como seus filhos.
- Felizes as pessoas que sofrem perseguições por fazerem a vontade de Deus, pois o Reino do Céu é delas. - Felizes são vocês quando os insultam, perseguem e dizem todo tipo de calúnia contra vocês por serem meus seguidores. Fiquem alegres e felizes, pois uma grande recompensa está guardada no céu para vocês.

As Bem - Aventuranças


O Antigo Testamento diz que na montanha sagrada, Deus entregou as tábuas da Lei a Moisés, esta era o meio para que o povo pudesse alcançar a plena harmonia com Deus. Todavia, esta Lei que deveria ser instrumento de libertação terminou sendo usada de maneira errada criando e fortalecendo uma elite religiosa, uma casta de eleitos, além de uma terrível estrutura econômica em torno do Templo. Esta deturpação da Lei se tornou extremamente opressora e excludente para o povo. Os trabalhadores empobrecidos, em condições precárias de vida, não tinham condições de observar os inúmeros preceitos da Lei, sendo considerados "pecadores", e ficavam em débito com os códigos de purificação a serem cumpridos no Templo de Jerusalém, mediantes ofertas e sacrifícios. Por outro lado, as elites religiosas e econômicas vinculadas ao Templo e às sinagogas, cumprindo estes códigos, se consideravam "puras", "justas", e "santas".
Agora, Jesus, na montanha proclama as bem-aventuranças como o caminho da libertação e do amor para ser o fermento da transformação do mundo. As bem-aventuranças não têm o mesmo caráter que os mandamentos. Elas são um convite e uma proposta de vida nova, na prática da justiça que conduz à paz (cf. primeira leitura). Priorizando o direito à vida plena, conforme a vontade do Pai, Jesus empenha-se em remover as cadeias da lei injusta e opressora. Realiza-se o anúncio de Maria em seu cântico por ocasião de sua prima Isabel, ambas grávidas de seus filhos: "Deus agiu com a força de seu braço, dispersou os homens de coração orgulhoso. Depôs os poderosos de seus tronos e exaltou os humildes. Cumulou de bens os famintos e despediu os ricos de mãos vazias" (Lc 1,51-53).

As bem- aventuranças - Parte II



Lucas, no seu evangelho, apresenta quatro bem-aventuranças para os pobres contrastando com quatro lamentações sobre os ricos (Lc 6,20-26). A esperteza, a ambição da riqueza, a sede de poder na acumulação de bens, que são a "sabedoria" deste mundo, são na realidade loucura e perdição diante de Deus; por sua vez, os pobres que se reúnem fraternalmente nas comunidades dos discípulos de Jesus encontram a vida em abundância, em comunhão com Deus (segunda leitura). Os pobres encontram seu espaço nas novas comunidades onde se vive a partilha. Os que choram passam a sorrir no novo convívio fraterno. Os mansos cativam os corações aproximando-os entre si. Os que têm fome e sede de justiça clamam e questionam a sociedade opressora, exploradora e excludente, empenhando-se na construção de uma nova sociedade, justa e fraterna. Os misericordiosos, cheios de compaixão, libertam aqueles que têm uma consciência carregada de culpabilidade, moldada sob a ideologia do sistema opressor. Os de coração puro são sensíveis a tudo o que há de bom e digno nos irmãos, valorizando a cada um, sem nenhuma discriminação. Os pacíficos se empenham na construção de um mundo livre da ambição e da violência daqueles que, seduzidos pela acumulação de riquezas, fazem a guerra e tiram o alimento dos pobres para transformá-lo em armas de destruição maciça. A prática libertadora do amor subverte a ordem dos ricos poderosos e violentos. Quem assume esta prática fica sob a ameaça da perseguição e da difamação. E muitos foram os que tiveram suas vidas imoladas por sua solidariedade com os empobrecidos, humilhados e explorados. Porém a alegria de unir sua vida com a vida de todos, em comunhão de vida com o Pai, é eterna.

domingo, 30 de janeiro de 2011

Eu conheço esse Homem!


Um casal de ateus tinha uma filha e jamais havia dito sequer uma palavra de Deus para a criança.

Uma noite, quando a menina contava com seus 5 anos de idade, em meio a uma briga, o pai atirou na mãe, na frente da criança, e depois se matou. A menina assistiu a tudo!

Após a tragédia, ela foi mandada para um orfanato. A senhora que tomava conta do orfanato era cristã, muito devota, e “apresentou” Deus para a criança. No primeiro dia da catequese a senhora, informando à professora que a menina nunca ouvira falar sobre Jesus Cristo, pediu-lhe que tivesse paciência com ela.

A catequista, então, mostrando uma foto de Jesus ás crianças, questionou: - Alguém sabe me dizer quem é este?

E a menina levantou a mãozinha e disse:

- Eu conheço, é o homem que estava me segurando no colo no dia que meus pais morreram.


Quantas vezes Ele também fez esse gesto por você?
Fonte: Igreja Hoje

sábado, 29 de janeiro de 2011

Dom Aldo celebra missa de corpo de presente de Padre João Andriola.

Corpo do Padre João é velado na Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro.



O arcebispo da Paraíba, Dom Aldo Pagotto, presidiu a celebração eucarística de corpo presente do Padre João Andriola, que morreu na tarde de ontem vítima de um infarto fulminante em frente ao posto do Programa Saúde da Família (PSF) no bairro do Altiplano, onde residia e era responsável pela Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro. Logo após a missa que começou às 10h, o corpo do padre será conduzido para o cemitério Parque das Acácias, onde acontece o sepultamento.

Dom Aldo iniciou a celebração agradecendo aos presentes pela presença na despedida do Padre João e destacou a vida dedicada ao sacerdócio de Andriola. A igreja estava lotada de fiéis de todos os cantos do estado. A celebração contou ainda com a participação de vários padres paraiabanos.


O Sacerdote João Andriola

Nascido em Cajazeiras, terra do padre Rolim, a 23 de novembro de 1934, João Cartaxo Andriola, tinha76 anos, e era filho de Fancisco Ferreira Andriola e Ana Otília Cartaxo Andriola.

Fez o Curso primário, no Grupo Escolar Monsenhor Milanez, em Cajazerias; os cursos Ginasial e Colegial no Seminário Arquidiocesano da Paraíba, em João Pessoa. Também fez os cursos de Filosofia e Teologia no Seminário Arquidiocesano da Paraíba, à época em que foram reitores Dom Manuel Pereira da Costa e Dom Luís Gonzaga Fernandes.

Padre João, como ele era mais conhecido, ordenou-se sacerdote em 12 de janeiro de 1964, por Dom Zacarias Rolim de Moura, na Catedral Nossa Senhora da Piedade, em Cajazeiras, tendo completado este ano 47 anos de sacerdócio. Foi designado vigário da cidade de Santa Cruz, na Paraíba. Ali, onde fundou o ginásio Comercial Paulo VI, primeiro e único do município, de cujo educandário foi o primeiro diretor. 

Mais tarde, desenvolveu gestões, com sucesso, para aquisição de prédio próprio do aludido estabelecimento de ensino. Naquela cidade, fundou, também, um ambulatório e uma maternidade, ainda em pleno funcionamento; idealizou e fundou, ali, o Centro Paroquial.

Depois foi, interinamente, vigário da cidade de Jericó, no período de 1968/69, em substituição ao sacerdote espanhol, Padre Jerônimo, que teve de viajar a sua terra natal. Naquela cidade, deu continuidade à construção do Ginásio Comercial Nossa Senhora dos Remédios.

No período de 1969/72, foi vigário na cidade de Ibiara, Sertão paraibano. Ali fundou o Ginásio Comercial Pe. Manoel Otaviano, do qual, também foi o primeiro diretor. Fundou a Maternidade e o Ambulatório São Vicente de Paula, transformado em Hospital; fundou o Centro Educativo Professora Edvierges Arruda, o Sindicato dos Trabalhadores Rurais e a Sociedade São Vicente de Paula, entidade que tem por objetivo ajudar a pessoas carentes; fundou, ainda, a Biblioteca Municipal, além do Clube de Jovens de Ibiara.

Ao ensejo da seca de 1970, prestou assistência aos flagelados desse e de outro municípios vizinhos, conseguindo frente de trabalho, através da Sudene; roupas e alimentos através da Cáritas Diocesana.

Posteriormente, na cidade de Santana de Mangueira, construiu uma gruta, em homenagem a Nossa Senhora, cujo projeto arquitetônico foi uma miniatura da Catedral de Brasília. Com a ajuda do município, logo começou a construir casas residenciais, expandindo a pequena cidade e fundando, ali, o Sindicato dos Trabalhadores Rurais.

Padre João Andriola foi agente de Mobilização (Relações Públicas) do Mobral (Movimento Brasileiro de Alfabetização), no Estado da Paraíba, entre 1972/80, a convite do então presidente do Mobral/PB, Juarez César de Carvalho. Por essa razão, foi transferido para João Pessoa. Durante esse tempo foi vigário cooperador da Catedral de Nossa Senhora das Neves e Capelão das Igrejas Nossa Senhora das Mercês, Nossa Senhora do Carmo e Nossa Senhora da Penha.

Em 1980, transferiu-se para o Bairro do altiplano Cabo Branco, em João Pessoa. Deixou suas funções no Mobral e, a pedido de vários moradores do conjunto, passou a dedicar-se, exclusivamente, à construção da Igreja Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, hoje Paróquia da Arquidiocesana da Paraíba.
 
Atualmente era vigário auxiliar da Paróquia, para onde chegou a mobilizar mais de três mil pessoas para a tradicional Missa de Cura, que acontece todos os primeiros sábados de cada mês, às 15h.




Da Redacão
WSCOM Online

Nota de Falecimento pela morte do Padre João Cartaxo Andriola.




Com pesar a Arquidiocese da Paraíba comunica o falecimento do Padre João Cartaxo Andriola, de 76 anos de idade, vítima de um infarto fulminante.

O velório está sendo realizado na igreja de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, situada na Rua Prof. Emílio de Araújo Chaves, s/n – Altiplano, João Pessoa (PB), local onde exercia seu ministério pesbiteral.

Pe. João Cartaxo Andriola nasceu em 23 de novembro de 1934 e foi ordenado sacerdote no dia 12 de janeiro de 1965.

A Celebração Eucarística seguida do féretro será realizada às 10h do sábado, dia 29, seguindo-se ao Cemitério Parque das Acácias, em João Pessoa (PB).

Por este ato de solidariedade humana e fé cristã, a Arquidiocese e a família agradecem.

Fonte: PASCOM
http://www.arquidiocesepb.org.br/index.php?arqui=pages/noticia&cod_noticia=%20105

Perseverança

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Onde está aquele fervor do início?
Como é bom encontrar pessoas entusiasmadas porque tiveram uma "trombada" com Jesus. Mal comparando, é como o encontro com aquela pessoa que você ama, aquela paquera, o início do namoro, aquele primeiro beijo. Você acorda pensando na pessoa, dorme pensando nela, não pode perder a oportunidade de encontrá-la novamente. O coração vai da barriga à garganta, bate forte.

O encontro com Jesus é assim, um impacto em nossa vida. Não vemos a hora de encontrá-Lo na Eucaristia, de ir ao grupo de oração ou de jovens. Passamos horas lendo a Bíblia e em adoração, queremos que todas as pessoas que conhecemos experimentem o mesmo. Deus está tão próximo de nós que a sensação é de que estamos experimentando o céu, andando nas nuvens. É a manifestação do amor de Deus em nós, a maravilhosa ação do Espírito Santo, a qual não conseguimos explicar em palavras, como diz São Paulo "gemidos inefáveis (inexplicáveis)" (cf. Rom 8, 28).

Tudo isso é necessário para uma relação de amor e de entrega a Deus, no entanto, todo relacionamento amadurece e passa pela prova do tempo. Um namoro e também um casamento (aliança) são feitos de presença e ausência, de consolações e desertos.

Digo isso porque não poucas pessoas que começaram na fé comigo hoje viraram as costas para Deus. E me pergunto: Por onde andam? Onde está aquele fervor do início? O que fizeram com as juras de amor a Jesus quando viveram aquela forte experiência com Ele?

Aprendi que o segredo de uma caminhada em Deus está em uma palavra que faz toda a diferença: Perseverança.

Este "apaixonamento" por Jesus vai amadurecer, as provas virão, o deserto vai acontecer. Os arrepios e as sensações do início desaparecerão e, entrar em oração com Deus será uma batalha interior. Pessimismo? Não, realidade. Porque fé não é feita de sensações, mas sim, de convicção.

Deus não irá "blindá-lo" das tentações e das quedas na sua caminhada. Mas Ele não está interessado em sua queda, e sim em sua capacidade de se levantar, não importa quantas vezes isso ocorra. Perseverança significa "não importa o que acontecer, eu não vou desistir de Deus", tendo a consciência de que Ele jamais desistirá de mim.

Se você se encontrou com Jesus agora, saboreie mesmo este tempo, deixe-O transformar a cada dia sua vida. Sinta o amor de Deus por você, deixe que o "homem velho" e as coisas antigas morram, mas lembre que você está entrando numa guerra. Pode ser que, nesta sua nova caminhada, você perca algumas batalhas, mas não é o fim. Levante-se, confesse sua queda, entre mais uma vez na batalha e a vitória se dará pela sua perseverança.

Jesus disse que a palavra que cai na terra boa "são os que ouvem a Palavra com coração reto e bom, retêm-na e dão fruto pela perseverança" (Lucas 8,15).


E aí? Vai perseverar?
Daniel Machado

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Oi Jesus, é o Zé


Ao meio dia, um pobre velho entrava no templo e, poucos minutos depois, saía.

Um dia, o sacristão perguntou-lhe o que vinha fazer, pois havia objetos de valor no templo.

Venho orar, respondeu o velho.

Mas é estranho que você consiga orar tão depressa? disse o sacristão.

Bem, retrucou o velho, eu não sei recitar aquelas orações compridas. Mas, diariamente, ao meio dia eu entro neste templo e só falo: "Oi Jesus, é o Zé." Em um minuto, já estou de saída. É só uma oraçãozinha, mas tenho certeza que ele me ouve.

Alguns dias depois, o Zé sofreu um acidente e foi internado em um hospital. Na enfermaria passou a exercer uma grande influência sobre todos. Os doentes mais tristes se tornaram alegres, e muitas pessoas arrasadas passaram a ser ouvidas.

Disse-lhe um dia a irmã: os outros doentes falam que foi você quem mudou tudo aqui na enfermaria. Eles dizem que você está sempre tão alegre...

É verdade irmã, estou sempre alegre. É por causa daquela visita que recebo todos os dias, me trazendo felicidade.

A irmã ficou atônita, já notara que a cadeira encostada na cama do Zé estava sempre vazia. Ele era um velho solitário.

Que visita? A que horas?

Diariamente, ao meio dia, respondeu o Zé com um brilho nos olhos, Ele vem, fica ao pé da cama. Quando olho para ele, sorri e diz.

"OI ZÉ, É O JESUS!"



OBS.: Não importa o tamanho da oração mas sim a comunhão que através dela temos com Deus.
 
 
Fonte: Igreja Hoje

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

A juventude é o maior tesouro da humanidade.

Em que estado ela se encontra?

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"Filhos, obedecei a vossos pais, no Senhor, pois isso é justo" (Ef 6,1).

A juventude é chamada de "a flor da idade", porque é bela, forte, pujante, cheia de vida e desafios. Mas, muitos jovens estão sofrendo em nossos dias, porque não sabem o sentido da vida e porque não lhes foi mostrada a sua beleza conforme a vontade de Deus.

Muitos ainda não sabem o valor que têm, por isso desprezam sua própria existência e a dos outros. Perdidos no tempo e no espaço, debatem-se, muitas vezes, no tenebroso mundo do crime, das drogas, da violência, do sexo sem compromisso e de outras mazelas.


O maior tesouro da humanidade é a sua juventude. No entanto, em que estado ela se encontra? A quantas anda este tesouro de carne e espírito? Tenho-o visto desprezado, entregue às drogas, ferido pelas armas, destruído pelo álcool, carente de amor e de vida. Que belo tesouro desvalorizado!


O jovem não tem o direito de abandonar-se ou deixar sua vida se estragar; pois ele é a mais bela obra do Criador. Muitos já perderam o magnífico sentido da vida, mas Deus tem um plano e uma vontade para a vida de cada um.


Leia esta estória: 


Havia, na Índia, um sábio que desvendava os mistérios da vida das pessoas; ele era assiduamente procurado. Certa vez, um jovem desconfiado e ousado, quis testar a sabedoria do velho sábio. Pegou um passarinho vivo, escondeu-o atrás do corpo e se apresentou diante do homem de cabelos e barbas já brancos. 

- O senhor é sábio mesmo? 

- Dizem que eu sou. 

- Então, responda-me: o que eu tenho em minhas mãos? 

- Deve ser um pássaro; jovens como você gostam muito de caçar os pássaros. 

- É verdade, o senhor acertou! Parece que é sábio mesmo. Mas me diga, o pássaro está vivo ou está morto? 

O sábio agora estava numa situação difícil; se ele dissesse que o passarinho estava morto, o jovem o soltaria a voar; se dissesse que estava vivo, o jovem o mataria em suas mãos sem que o sábio o notasse. Uma cilada de mestre! 

- Então, senhor sábio, o passarinho está vivo ou está morto? Responda-me. O senhor não é sábio? 

O velho abaixou a cabeça e pensou um pouco. 

Depois respondeu ao jovem: 

- Depende de você! 

Pensativo e cabisbaixo o jovem foi se afastando e, ao longe, olhando para o velho, soltou o passarinho e começou a chorar.
 

Você jovem tem um passarinho dentro de você. Matá-lo ou deixá-lo viver depende exclusivamente de você, pois você recebeu o dom mais precioso deste mundo: a liberdade. Este pássaro de ouro, que é sua vida, criada à imagem e semelhança de Deus, está em suas mãos. Eu lhe pergunto: o que você vai fazer dela? Depende de você! A vida é sua e de mais ninguém. É o único dom que de fato é inteiramente seu. O resto é seu, mas está fora de você. Não culpe ninguém pela vida que você está levando.


Paul Claudel, um teatrólogo francês convertido, disse que "o jovem não foi feito para o prazer, mas para o desafio". Só Cristo pode dar ao jovem o máximo. Jesus lhe revela a sua beleza e o seu valor; Ele lhe mostra a grandeza de ser “filho amado de Deus”.


O jovem cristão, como já foi dito, deve honrar os seus pais, como ensina o quarto mandamento; deve ser fiel a seus amigos e irmãos, estudar e trabalhar, nunca perder tempo e jamais jogar a vida fora com coisas vazias. Terá que descansar e pode se divertir, mas de maneira saudável, sem pecar, sem fazer do prazer um fim, mas apenas um meio de descansar e poder viver bem fazendo o bem aos outros.


É na juventude que Deus nos chama a um encontro pessoal com Ele. Para alguns será um chamado para a vida sacerdotal ou religiosa, vivendo no celibato e entregando a sua vida radicalmente a Deus a serviço do seu Reino. Não existe nada mais belo para um jovem do que a vocação sacerdotal. Sem o sacerdote não há Igreja, não há perdão sacramental dos pecados, não há Eucaristia, não há salvação.

O jovem cristão é também um evangelizador; especialmente sendo exemplo no meio de seus amigos, sem ter vergonha de sua fé e de sua Igreja. Hoje é difícil dar testemunho de Jesus, viver como a Igreja ensina, rejeitando o sexo fora e antes do casamento; fugindo das diversões perigosas e de todo pecado; mas, quanto mais isso for difícil, mais necessário será para a sociedade voltar para Deus. O jovem precisa conhecer a doutrina católica, ler e estudar o Catecismo para saber dizer a seus parentes e amigos qual a sua esperança e as razões de sua fé.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Ambição e ganância - Sentimentos movidos pela insatisfação

É muito interessante observar as crianças: já prestou atenção quando elas ganham um brinquedo? Aquele sonho de meses ou até anos, em pouco tempo se desfaz quando elas ganham o tão sonhado presente. A satisfação de ganhar, rapidamente se transforma numa nova insatisfação e, logo, elas almejam um novo objeto.

Nesse sentido, filósofos indicam que o homem insatisfeito é aquele que tem a capacidade de provocar mudanças ao seu redor. A insatisfação é uma condição humana que faz parte da evolução do homem. Vale aqui fazer uma distinção entre ambição e ganância, pois muitos podem pensar que querer algo mais se trata de ganância. O ambicioso constrói, ao passo que o ganancioso destrói. A ambição pertence às qualidades do homem; a ganância, a seus defeitos.

Imagine um casal, no qual uma das partes, satisfeita com a conquista, se esqueça de cuidar, de amar, de dar atenção: é como se, satisfeitos com aquilo que já têm, não continuem a dar atenção ao relacionamento e, aos poucos, deixem-no morrer. Um homem satisfeito com seu trabalho faz apenas aquilo que lhe é dado e, muitas vezes, não se lança ao novo.

Pensando nos jovens, é sadio imaginar que, nessa fase da vida, eles querem mais, querem fazer diferente ou mudar e melhorar aquilo que são. O que não é bom, nesse caso, é um jovem que não tem perspectivas ou que nada quer para sua vida.

Devemos ter cuidado com a ansiedade gerada por nossa insatisfação, pois com ela, surgem sentimentos em nós como o autodesprezo, a diminuição de nossas habilidades ou o sofrimento, quando não conquistamos nossos projetos. Quando a ansiedade nos abraça passamos a gerar queixas e mais queixas com o objetivo de abandonar esse sentimento. Essa situação pode ocorrer, mas conforme o tempo passa, chega a frustração, situação que se torna até mais difícil de administrar dentro de nós.

Uma forma para observarmos e nos relacionarmos com a insatisfação humana é fazermos uma conta: qual a distância existente entre a ambição e a ganância?

Vale lembrar que estar insatisfeito é buscar o diferente, buscar a mudança naquilo com o qual não concordamos ou que poderia ser diferente. Porém, a ambição pode ser considerada um sentimento positivo se pensarmos que ela favorece o crescimento e a superação em todas as dimensões de nossa vida.

Percebe como tanto o ganancioso quanto o ambicioso são insatisfeitos? A diferença é a forma como cada um canaliza e trabalha com seus desejos. O ambicioso quer chegar lá para se realizar e compartilhar, enquanto o ganancioso quer chegar primeiro para pegar a parte maior e não ter que repartir. Podemos chegar à conclusão de que ambição faz parte das qualidades do homem, já a ganância pertence aos seus defeitos. Quando não temos o equilíbrio necessário é que nos vemos envolvidos com o sentimento de ganância, ou seja, o querer cada vez mais para nós em detrimento dos outros, o que não é saudável, pois “anulamos” o outro neste nosso desejo que querer sempre mais.

E você? Como tem lidado com a insatisfação em sua vida?

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Deus visita o Seu povo

É hora de transformar as lamentações em confiança.

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"Onde está Deus?" "Por que não se manifesta diante de todas as misérias do mundo?" "Um fogo vindo do Céu não seria oportuno para acordar as pessoas?" São perguntas recorrentes em nosso tempo, assim como em outros períodos da história humana.

E muitas vezes nos escandalizamos com o aparente silêncio de Deus, enquanto Jesus Cristo, Deus verdadeiro e Homem verdadeiro, faz notar que o Pai trabalha sempre! Deus Pai age em silêncio, mas age sempre. E em Sua misericórdia, enviou o Filho amado, que percorreu as estradas de nosso mundo, sentindo tudo com um coração humano. E concedeu-nos o Espírito de Amor, para que tenhamos entranhas de misericórdia e, em nome de Cristo, testemunhemos a ternura de Deus por Seu povo e sejamos Seus instrumentos até os confins da terra, pois o que esperamos, de acordo com a Sua promessa, são os novos céus e uma nova terra, nos quais habitará a justiça (cf. 1 Pd 3, 13).

Jesus percorria a Galileia e se aproximou da pequena cidade de Naim (cf. Lc 7, 11-17). A narrativa é dramática: parecia castigada por Deus a mulher que perdera prematuramente o marido e o filho único. Uma cena de dor e um enterro! E dois cortejos se encontram à porta de Naim: o cortejo da vida e o cortejo da morte. O primeiro é formado por Jesus e pelos discípulos d'Ele, o segundo era constituído pela pobre viúva e muita gente da cidade.

Também nossa existência é frequentemente atravessada por dois movimentos, a vida que se afirma em nós, como um instinto que parece invencível, e a cada dia a dolorosa experiência da morte e que ronda, bem perto de nós, sabendo que um dia nos tocará de perto. E em nosso tempo, muitas vezes, é a morte que vem mais em relevo, tornando-se mais divulgada com seus rasgos de violência, corrupção e maldade em todos os recantos. E acabamos esquecendo-nos da vida presente e da vida prometida no futuro por Deus, em quem cremos.

A emoção de Jesus, que sente compaixão da mulher, toma conta de todo o Seu ser! O Filho de Deus anuncia e vive a ternura profunda do Pai pelos sofredores, aos quais anuncia o Evangelho da salvação: "Não chores!" Seu gesto é de aproximação: "Tocou o caixão". E sua palavra forte é "Jovem, eu te ordeno, levanta-te"!

"O que estava morto sentou-se e começou a falar. E Jesus o entregou à sua mãe. Todos ficaram tomados de temor e glorificavam a Deus dizendo: 'Um grande profeta surgiu entre nós', e: 'Deus veio visitar o seu povo'. Esta notícia se espalhou por toda a Judéia e pela redondeza inteira". Terminou a procissão da morte! A vida venceu!

As atitudes de Cristo são para nós sinais de esperança e consolação, pois dizem que Ele olha para a nossa condição e que Suas entranhas de misericórdia não ficam indiferentes diante do sofrimento humano. Ele pode transformar nossos cortejos fúnebres em danças de louvor a Ele, Autor da vida. Por isso, pode pedir-nos que não choremos. E se Ele restitui a vida ao jovem, a esperança se transforma em certeza.

Tudo isso, em realidade, já nos aconteceu. Quantas vezes, Deus nos visitou! E continuamos a transformar a vida em procissões fúnebres, sem prestar atenção ao bem que se faz presente e ao bem que podemos fazer. É hora de transformar as lamentações em confiança, na certeza da vitória da vida! É hora de ouvir as canções entoadas pela fé e ritmadas pela esperança!

E o Evangelho poderá fazer-se vida em nós, quando superarmos a indiferença diante de tudo o que acontece em nosso tempo, pondo mãos à obra na construção de um mundo diferente. Com a graça de Deus, que nos acompanha, seremos instrumentos d'Ele para que a festa da vida se celebre no dia a dia, onde quer que passemos.


Dom Alberto Taveira Corrêa
Arcebispo de Belém - PA

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Qual a posição da Igreja Católica sobre o aborto?



Um assunto que vem sendo amplamente discutido pela sociedade é a questão do aborto. Pessoas contrárias e favoráveis se digladiam nos mais variados lugares, em debates e até mesmo em supermercados.
Na verdade, o assunto veio à tona quando a ONU abriu, a 5 de setembro de 1994, a Conferência Mundial sobre População e Desenvolvimento, na cidade do Cairo (Egito). O objetivo do encontro era firmar um documento que garantisse à humanidade do próximo século um melhor padrão de dignidade e qualidade de vida. Contudo, o aborto tratado como método de planejamento familiar tornou-se o centro das questões e, ainda hoje, vários anos após o encerramento da Conferência, a polêmica continua.
Certamente a posição contrária ao aborto manifestada pela Igreja Católica durante a Conferência do Cairo (e também mantida durante toda a sua história) demonstra sua fidelidade à Palavra de Deus que defende a vida. Vejamos por que:
  • O aborto é uma afronta direta ao Quinto Mandamento: “Não matarás (Ex 20.13).

  • A ciência prova que a vida começa durante a fecundação do óvulo; nesse momento já existe vida, o que faz que aquele ser seja dotado de alma e conhecido de Deus (Jr 1,5).

  • Ao contrário do que pregam os defensores do aborto, não é de hoje que a Igreja condena o aborto. Trata-se de preceito bíblico: em Ex 1,8-21, lemos que quando os hebreus começaram a se multiplicar no Egito, o faraó incentivou o aborto, mas as parteiras não seguiram essa recomendação porque “temiam a Deus”.

  • O mais antigo catecismo usado pelos cristãos, a Didaqué, escrito no final do século I d.C., expressa claramente: “Não mate a criança no seio de sua mãe, nem depois que ela tenha nascido” (Did 2,2b).

Certamente o maior dom que Deus concedeu aos homens é a Vida. Torna-se inadmissível, portanto, que um cristão seja favorável ao aborto.
Aos que defendem que a mulher tem o direito de dispor de seu corpo, decidindo se deve ou não abortar, perguntamos: Será que o bebê que está naquele ventre faz parte do corpo da mãe? Ora, todos sabem que o embrião ou o feto não é um órgão da mãe, mas sim um outro ser humano.
Às mulheres que não desejam criar o filho que carregam no ventre, aconselhamos a doá-lo assim que o tiver. Não são poucos os casais que não podem ter filhos. Certamente não faltarão interessados! O que ocorre neste caso é que é muito mais fácil matar um ser que ainda não conhece e que, portanto, não lhe foi dedicado amor, do que tê-lo e doá-lo, pois depois de dar à luz, dificilmente a mãe venha a sentir ódio daquele ser tão pequeno e frágil.
Também é comum apelar-se para o aborto quando se sabe, por exames médicos, que o embrião ou feto possui alguma enfermidade que o levará à morte assim que for concebido. Por que não crer na providência de Deus? Quantos casos conhecemos de pais que, mesmo sabendo que seus filhos eram portadores de males fatais, resolveram tê-los e as crianças sobreviveram e muitas delas sem seqüelas? E quanto às que morreram? É bom saber que muitas crianças no país morrem por falta de transplante de órgãos do tamanho que precisam. Uma criança que morre logo após o parto pode doar seus órgão para crianças até 4 anos! É a morte que não gera outra morte, mas a Vida!
Dessa forma, podemos afirmar que o aborto, antes de ser um assunto religioso, trata-se de um direito humano: o direito à Vida!
Autor: Carlos Martins Nabeto
Fonte: Agnus Dei


Por que preciso rezar?

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A oração nos torna semelhantes àquele a quem buscamos.
Uma das maiores descobertas que já fiz na vida foi saber que Deus me ama e me acolhe independentemente do que faço, pois Ele me ama a partir do que sou. Neste caso, se eu rezo ou não rezo, Ele continua amando-me com a mesma intensidade. No mundo existem milhões de pessoas que nunca oraram e, no entanto, não deixam de viver. Trabalham, estudam, viajam, fazem descobertas, constroem prédios, vão à praia, ao shopping e vivem naturalmente. Daí vem a pergunta, que já ouvi várias vezes: Então por que preciso rezar?

A resposta pode ser dada de inúmeras formas, mas acredito que a vida diz mais que as palavras. Enquanto escrevo, recordo-me de tantos momentos nos quais, sem saber o que fazer, procurei uma direção da parte de Deus por meio da oração e fui ajudada. Certamente você também já viveu experiências assim e é nessas horas que percebemos o valor da oração em nossa vida.

Padre Kentenich, autor do livro "Santidade de todos os dias", diz que quando oramos, além de nos assemelharmos a Cristo, que é orante por excelência e nos aproximarmos do Pai, que nos ama em Cristo, nos tornamos também possuidores das riquezas divinas, já que a vida dos santos e cristãos piedosos confirma que os tesouros de Deus estão à disposição daqueles que rezam. Na verdade, existe algo que não podemos esquecer jamais: Não é Deus que precisa de nossas orações, mas somos nós que precisamos de Sua graça, e esta costuma manifestar-se quando a Ele recorremos por meio da oração.

A oração também tem o poder de despertar nossos sentidos para percebermos os presentes que Deus nos dá, mas que, por uma razão ou outra, não conseguimos reconhecê-los. É que quando oramos o Espírito Santo nos devolve a calma, assim temos condições de ver o outro lado da história, tirando os olhos de nós mesmos e do problema em si. Aliás essa é uma das maiores graças alcançadas pela oração. Já que quando estamos com dificuldades, naturalmente acabamos colocando o problema no centro da vida e isso nos impede de encontrarmos solução para ele.

Já ouvi dizer que a oração é como um grito, um pedido de socorro, mesmo que seja no silêncio, pois Deus vê o coração e não deixa quem ora sem resposta. Existe até uma história que pode ilustrar essa afirmativa:
"Conta-se que um navio estando há vários dias no mar, havia-se esgotado sua reserva de água potável. O capitão não avistava margem alguma no horizonte e os viajantes sentiam cada vez mais sede... Até que avistaram um barco que navegava ao seu encontro e, aos gritos, pediram que os socorressem com água doce.
No entanto, obtiveram, também aos gritos, a resposta: 'Ora, tirai a água do mar e bebei, não veem que é água doce?' Experimentaram. E recolhendo a água do mar, notaram que, já havia tempo, navegavam em água doce, no imenso estuário de um rio".

Podemos concluir que se os tripulantes do navio não pedissem ajuda, poderiam morrer de sede estando tão próximos da água doce. Em nosso caso, quando não oramos, corremos o mesmo risco. Ou seja, de estarmos bem próximos da solução, mas não conseguirmos percebê-la.

Por essa e outras razões, considero a oração como algo importante e até diria fundamental para uma vida plena. Ela nos coloca em sintonia com Deus e esta é a maior graça que podemos almejar como cristãos. Também é verdade que quando oramos, o brilho da vida divina, que está em nós, brota do interior, como que transfigurando nosso rosto. Não sei se você já observou que as pessoas idosas que levaram uma vida pura e agradável a Deus têm uma aparência sobrenatural; um exemplo claro disso é o inesquesivel e saudoso João Paulo II. Pessoas santas, independente da idade que têm, às vezes nos parecem seres de um outro mundo. É que a oração nos transfigura e nos torna aos poucos semelhantes Àquele a quem buscamos.
Portanto, apesar de saber que Deus nos ama e nos acolhe independentemente se rezamos ou não, temos muitas razões para recorrer a Ele por meio da oração.

Se hoje você passa por alguma situação dificil, se está atribulado e não sabe a quem recorrer, estou o convidando para rezarmos juntos. É o próprio Senhor quem nos fala: "Vinde a mim, todos vós que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei" (Mateus 11, 28). Jesus chama para si todas as nossas dores, aflições e angústias e nos dá a certeza de que, se crermos na Sua Palavra e guardarmos os Seus mandamentos, seremos libertos do mal.

Coloquemo-nos agora na presença de Jesus Cristo e oremos juntos:

Senhor Jesus Cristo, eu tomo posse do Teu amor, acolho a salvação que nos trouxeste pela Tua morte na cruz e ressurreição gloriosa. Convido-te para entrar agora na minha vida, tocar o meu coração e possuir todo o meu ser. Vem curar minhas feridas, Senhor, lava com Teu Sangue o meu coração sofrido e restaura minha esperança, minha fé e minha alegria. Eu só tenho a Ti, Senhor, e hoje Te busco de todo meu coração.
Obrigada por Teu amor infinito, Senhor, obrigada por acolher a minha oração e a de tantos que rezam nesta hora. A Ti toda honra, glória e louvor para sempre!


Você pode dar continuidade à oração. Eu também estarei orando por você.

Dijanira Silva  (Missionária da Comunidade Canção Nova, em Fátima, Portugal. Trabalha na Rádio CN FM 103.7)
dijanira@geracaophn.com

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Eucaristia

Vivi uma experiência inesquecível há algum tempo. Num encontro onde estive pregando, enquanto distribuía a comunhão durante a missa, percebi uma alergia muito intensa na mão de uma pessoa que ia receber a Eucaristia. No momento em que coloquei a Hóstia Consagrada em sua mão a alergia desapareceu. Durante todo o restante do rito da comunhão, fiquei me perguntando: "Senhor, o que vi foi mesmo real ou foi impressão minha? O Senhor curou?"

 

Após a comunhão, durante uma oração de cura, comecei a orar pelo povo e tive a coragem de anunciar aquela cura. Falei em voz alta: "Onde você estiver, se manifeste e mostre para as pessoas a sua mão". A resposta foi imediata: com lágrimas nos olhos, a pessoa mostrou a todos sua mão curada.

Recebemos, na Canção Nova, muitos testemunhos de pessoas que foram curadas fisicamente através da Eucaristia. O Senhor tem realizado verdadeiros milagres.

A Eucaristia é como um remédio, o qual temos de tomar constantemente, até ficarmos curados. Principalmente quando a nossa luta é contra um determinado pecado, que não conseguimos vencer. Só assim, seremos vencedores nessa luta. Se freqüentemente recebermos o corpo do Senhor, a cura e a libertação irão acontecer.

Você já viu algum doente que tem vergonha de tomar remédio, porque já tomou muito medicamento e não foi curado? Não há motivo para essa vergonha. O que o doente tem que fazer é continuar tomando o remédio, até ser curado. Com a Eucaristia também é assim.

Muitas vezes, o inimigo insinua que não podemos continuar comungando, porque nos confessamos e constantemente caímos no mesmo pecado. Isso é tentação! Ele sabe que o remédio é a Eucaristia. Não estou dizendo para você comungar em pecado. Estou dizendo: comungue para vencer o pecado. Precisamos desses dois Sacramentos: Eucaristia e Penitência. Temos que buscá-los incessantemente, confessar-se quantas vezes for preciso. Comungar freqüentemente: quantas vezes puder, até diariamente.

Muitas pessoas dizem: "Já confessei muitas vezes o mesmo pecado, não quero ser sem-vergonha e ficar confessando isso sempre". Não é vergonha nenhuma, continuar curando a ferida, até que seja curada por completo. Isso é artimanha do tentador.

Quando estamos em tratamento médico, enquanto não somos curados, voltamos várias vezes ao consultório. Podemos até mesmo mudar de médico, mas continuamos tomando remédio, até nos curarmos completamente. Com o pecado, que é a doença da alma, precisamos também agir assim: confessar-se tantas vezes, quantas for necessário e comungar sempre que puder, porque a cura do pecado é mais difícil do que a cura das nossas doenças físicas.

 

Confesse e comungue, mesmo que você sinta fraqueza ou tentação. Enquanto não voltarmos a pecar gravemente, comunguemos sem medo. É como fazemos com um ferimento: limpamos primeiro, para depois colocar remédio. O mesmo devemos fazer com a ferida da alma: limpá-la através da confissão e, depois colocar remédio – que é a Eucaristia – para curá-la.

Santa Teresinha, numa de suas cartas dirigidas à sua irmã, disse: "Não é para ficar numa âmbula de ouro que Jesus desce cada dia do Céu, mas para encontrar um outro Céu da nossa alma, onde Ele encontra Sua delícias" E continua: "quando o demônio não pode entrar com o pecado no santuário de uma alma, quer pelo menos que ela fique vazia, sem dono, afastada da comunhão!"

Deus quer combater esta ferida em nós e, para isso, precisamos desses dois Sacramentos, que são amostras do amor infinito de Jesus por nós. Ele nos manda perdoar setenta vezes sete, porque também está disposto a nos perdoar setenta vezes sete: até que sejamos curados.

É pela nossa perseverança que venceremos. Lute! Jesus já lhe deu o remédio infalível: a Confissão e a Eucaristia. A vitória está nas nossas mãos! Jesus quis dar-Se totalmente na Eucaristia para vir em nosso auxílio e nos curar onde precisamos: em nossa mente, nossos olhos, nossos ouvidos, nossos lábios, nosso corpo, nosso coração, nossa sexualidade. Ele vem pessoalmente, "corpo a corpo", para nos curar e nos dar a vitória sobre o pecado.

Reze agora, agradecendo a Jesus, por esse grande presente que nos deixou:

"Obrigado, Senhor, pela oportunidade que tenho diariamente de receber-Te na comunhão e assim receber tantas graças de que necessito, especialmente a de vencer a tentação e o pecado. Creio que serei vitorioso, usando esse poderoso remédio que é a Eucaristia.

Senhor, obrigado por todo esclarecimento que recebi a respeito da Eucaristia. Dá-me, Senhor, deste pão, para que eu possa ser curado e ressuscitado, conforme a promessa que está em Tua palavra: 'Aquele que come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele, e eu o ressuscitarei' (Jo 6,54.56). Ressuscita-me, Senhor Jesus. Amém!"

 

O que é o Matrimônio?




             Um homem pode se casar com outro homem? Uma mulher pode se casar com outra mulher? Um homem pode se casar com várias mulheres ao mesmo tempo, ou uma mulher com vários homens? Um homem pode se casar com sua irmã ou com sua mãe? Seu irmão, ou seu pai? Uma mulher pode se casar com seu irmão ou seu pai? Sua irmã, ou sua mãe?
             Todas estas questões são agora relevantes em nossa cultura. Elas não podem ser apropriadamente respondidas a menos que saibamos o que é o matrimônio. Como católicos, nós temos um incrível corpo de ensinamentos para que entendamos o sentido e o propósito do matrimônio. Comecemos com uma definição básica advinda da Lei Canônica e do Concílio Vaticano II.
             O matrimônio é comunhão íntima, exclusiva e indissolúvel de vida e de amor assumidas por um homem e uma mulher como designado pelo Criador para o propósito do seu próprio bem e da procriação e educação dos filhos. Esta aliança entre pessoas batizadas foi elevada por Nosso Senhor Jesus Cristo à dignidade de Sacramento.

             Comunhão íntima de vida e de amor: O matrimônio é a mais próxima e mais íntima de todas as relações humanas. Ele envolve a partilha da totalidade da vida de uma pessoa com seu(ua) esposo(a). O matrimônio pede uma mútua entrega de si mesmo tão íntima e completa que os esposos — sem perder sua individualidade — tornam-se “um”, não somente no corpo, mas também na alma.

             Comunhão exclusiva de vida e de amor: Como uma mútua doação de duas pessoas um para o outro, esta união íntima exclui a possibilidade de outra união com qualquer outra pessoa. Ela demanda a fidelidade total dos esposos. Esta exclusividade também é essencial para o bem dos filhos do casal.

             Comunhão indissolúvel de vida e de amor: Marido e esposa não são unidos por emoções passageiras ou meras inclinações eróticas as quais, egoísticamente buscadas, vão-se facilmente. Eles são unidos em autêntico amor conjugal pelo firme e irrevogável ato de sua própria vontade. Uma vez que seu mútuo consentimento foi consumado pela relação sexual, uma ligação inquebrantável é estabelecida entre os esposos. Para os batizados, esta ligação é selada pelo Espírito Santo e se torna absolutamente indissolúvel. Por isso, a Igreja não ensina tanto que o divórcio é errado, mas que o divórcio é impossível, apesar de suas implicações civis.

             Assumidas por um homem e uma mulher: A complementaridade dos sexos é essencial para o matrimônio. Não é que dois homens (ou duas mulheres) não possam se casar porque “a Igreja não deixa”. Se compreendermos o que o matrimônio é, nós veremos com bastante clareza que é impossível que membros do mesmo sexo contraiam matrimônio.

             Como designado pelo Criador: Deus é o autor do matrimônio. Ele inscreveu o chamado para o matrimônio em nosso próprio ser criando-nos como homens e mulheres. Nós, portanto, não podemos alterar a natureza e os propósitos do matrimônio.

             Para o propósito do seu próprio bem: “Não é bom que o homem esteja só” (Gen 2,18). Reciprocamente, é pelo seu próprio bem, para seu benefício, enriquecimento e, por último, para sua salvação, que um homem e uma mulher unem suas vidas em matrimônio.

             Procriação e educação dos filhos: Os filhos não são acrescentados ao matrimônio e ao amor conjugal, mas brota do próprio coração dessa auto-doação mútua entre os esposos, como fruto e realização. A exclusão intencional dos filhos, então, contradiz a própria natureza e propósito do matrimônio.

             Aliança: Enquanto o matrimônio envolve um contrato legal, uma aliança vai além dos mínimos direitos e responsabilidades garantidos por um contrato. Uma aliança exige dos esposos uma partilha do amor livre, total, fiel e fecundo de Deus. Pois é Deus quem, à imagem de sua própria Aliança com seu povo, une os esposos em uma forma mais compromitente e sagrada que qualquer contrato humano.

             A dignidade de sacramento: O matrimônio entre pessoas batizadas é um sinal eficaz da união entre Cristo e a Igreja, e, como tal, é um canal de graças. Isto é, o matrimônio — porquanto a união entre o homem e a mulher verdadeiramente simboliza o amor de Cristo pela Igreja — realmente comunica o amor de Cristo aos esposos e, através deles, para todo o mundo.

domingo, 23 de janeiro de 2011

Comungar bem!


   
Nossa Santa Igreja, desde o início, adverte os fiéis sobre a responsabilidade de receber dignamente – isto é, em estado de graça – o Santíssimo Sacramento da Eucaristia.
Já no início da Igreja, São Paulo Apóstolo exortava severamente os cristãos da comunidade de Corinto, com as seguintes palavras:
“Todas as vezes que comeis desse pão e bebeis desse cálice anunciais a morte do Senhor até que Ele venha. Eis por que todo aquele que comer do pão ou beber do cálice do Senhor indignamente, será réu do corpo e do sangue do Senhor. Por conseguinte, que cada um examine a si mesmo antes de comer desse pão e beber desse cálice, pois aquele que comer e beber sem discernir o Corpo, come e bebe a própria condenação.” (1 Cor. 11,26-29).

Aprendemos no catecismo da infância que, para receber dignamente a Eucaristia, é necessário encontrar-se na graça de Deus, ou seja, não ter consciência de nenhum pecado grave. Quem teve a fragilidade de cometer uma falta grave, deve primeiro converter-se, isto é, mudar de comportamento e depois aproximar-se humildemente do sacramento da confissão para receber a absolvição. Então poderá receber digna e frutuosamente a comunhão eucarística.  
Nossa Santa Igreja continua a expor esta doutrina através dos séculos. O Servo de Deus Papa João Paulo II declarou oficialmente:

“Se o cristão tem na consciência o peso de um pecado grave, então o itinerário da penitência, através do sacramento da reconciliação, torna-se o caminho obrigatório para se abeirar e participar plenamente do sacrifício eucarístico” (ENCÍCLICA “ECCLESIA DE EUCHARISTIA” n. 37). Neste mesmo documento, o Papa transcreve a seguinte exortação proferida pelo grande doutor da Igreja São João Crisóstomo: “Também eu levanto a voz e vos suplico, peço e esconjuro para não vos abeirardes desta Mesa sagrada com uma consciência manchada e corrompida. De fato, uma tal aproximação nunca poderá chamar-se comunhão, ainda que toquemos mil vezes o corpo do Senhor, mas condenação, tormento e redobrados castigos”.

O CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA (n. 1415) estabelece o mesmo princípio: “Quem quer receber a Cristo na comunhão eucarística deve estar em estado de graça. Se alguém tem consciência de ter pecado mortalmente, não deve comungar a Eucaristia sem ter recebido previamente, a absolvição no sacramento da penitência”.
Infelizmente, hoje em dia circulam teorias falsas afirmando que podem receber a comunhão eucarística pessoas que vivem habitualmente em situação de pecado, p. ex., casais que vivem em situação matrimonial irregular, ou seja, na assim chamada “segunda união”. Sobre este problema o mesmo Papa João Paulo II se pronunciou claramente na EXORTAÇÃO APOSTÓLICA “ FAMILIARIS CONSORTIO” n. 84. Eis suas palavras:  

“A Igreja, reafirma a sua práxis, fundada na Sagrada Escritura, de não admitir à comunhão eucarística os divorciados que contraíram nova união. Não podem ser admitidos, do momento em que o seu estado e condições de vida contradizem objetivamente aquela união de amor entre Cristo e a Igreja, significada e atuada na Eucaristia. Há, além disso, um outro peculiar motivo pastoral: se se admitissem estas pessoas à Eucaristia, os fiéis seriam induzidos em erro e confusão acerca da doutrina da Igreja sobre a indissolubilidade do matrimônio”.

O mesmo princípio foi reafirmado recentemente pelo atual Santo Padre Bento XVI na sua EXORTAÇÃO APOSTÓLICA “SACRAMENTUM CARITATIS” n. 29:

“O Sínodo dos Bispos confirmou a prática da Igreja, fundada na Sagrada Escritura (Mc 10, 2-12), de não admitir aos sacramentos os divorciados re-casados, porque o seu estado e condição de vida contradizem objetivamente aquela união de amor entre Cristo e a Igreja que é significada e realizada na Eucaristia”.

A insistência do Santo Padre, por meio de declarações oficiais e solenes, demonstra a atualidade e a importância pastoral deste problema. Quem tivesse a ousadia de defender a doutrina contrária afirmando que os que estão em situação de pecado e, especificamente aqueles que vivem “em segunda união matrimonial” podem receber a eucaristia, tal pessoa evidentemente estaria discordando do Vigário de Cristo na terra e colocando-se em grave situação de pecado, por estar induzindo outros a comungar sacrilegamente.
A Eucaristia, como já dizia Santo Tomás de Aquino, “é o bem máximo da Igreja”. O Concílio Vaticano II, declarou: “a Eucaristia é a fonte e ápice de toda a vida Cristã” (LUMEN GENTIUM n. 11).
Podemos então logicamente concluir que nossa vida eucarística é o termômetro de toda a nossa vida espiritual: se quisermos saber qual o atual nível de nossa vida espiritual, é suficiente examinar nossa devoção eucarística. 

Dom José Cardoso Sobrinho

sábado, 22 de janeiro de 2011

Evangelho do dia 23 de janeiro - Mt 4, 12-23

 
Ao saber que João tinha sido preso, Jesus voltou para a Galileia. Deixou Nazaré e foi morar em Cafarnaum, que fica às margens do mar da Galileia, no território de Zabulon e Neftali, para se cumprir o que foi dito pelo profeta Isaías: “Terra de Zabulon, terra de Neftali, caminho do mar, região do outro lado do rio Jordão, Galileia dos pagãos! O povo que vivia nas trevas viu uma grande luz, e para os que viviam na região escura da morte brilhou uma luz”. Daí em diante Jesus começou a pregar dizendo: “Convertei-vos, porque o Reino dos Céus está próximo”.Quando Jesus andava à beira do mar da Galileia, viu dois irmãos: Simão, chamado Pedro, e seu irmão André. Estavam lançando a rede ao mar, pois eram pescadores. Jesus disse a eles: “Segui-me, e eu farei de vós pescadores de homens”. Eles imediatamente deixaram as redes e o seguiram.
Caminhando um pouco mais, Jesus viu outros dois irmãos: Tiago, filho de Zebedeu, e seu irmão João. Estavam na barca com seu pai Zebedeu consertando as redes. Jesus os chamou. Eles imediatamente deixaram a barca e o pai, e o seguiram. Jesus andava por toda a Galileia, ensinando em suas sinagogas, pregando o Evangelho do Reino e curando todo tipo de doença e enfermidade do povo.

O Mistério da vocação cristã

 
O Evangelho de Mateus que é o texto litúrgico para todo esse ano, coloca-nos hoje diante de Jesus que inicia sua atividade missionária, chamada também de vida pública, o texto está situado logo após o Batismo do Senhor e a Tentação ocorrida no deserto. Estamos com o Mestre na Galiléia, mais precisamente em Cafarnaum, "à beira do mar" (Mt 4,18), O início da atividade de Jesus é longe de Jerusalém e de toda estrutura religiosa e social de seu tempo. E no mais improvável dos locais, o Messias dirige a homens simples, pescadores em atividade, seu chamado. O Evangelista Mateus nos mostra como se dá o chamado de Jesus a esses homens por meio de uma rica estrutura verbal: Jesus caminha, vê, chama, e é seguido.
O primeiro ensinamento deste domingo consiste em percebermos que nosso chamado depende exclusivamente de Deus. Não é algo que se conquiste pela intelectualidade, por meio de nossos esforços, de nossas capacidades ou mesmo de nossa piedade. No sublime mistério da vocação, a iniciativa é de Deus. Está na vontade daquele que sustenta a nossa vida em suas mãos. Depende de Cristo que vem nos chamar em nosso dia a dia, em meio aos nossos afazeres!Todavia esse chamado tem um propósito ligado ao ser humano: Farei de vós pescadores de homens!

O Mistério da vocação cristã - 2

 
Não é por acaso que Jesus utiliza a imagem da pesca, dos peixes que são puxados para fora da água, de peixes tirados da água, essa imagem nos mostra a própria missão do Senhor Jesus: retirar os homens da morte e conduzi-los à vida. Mas aqui alguém poderá nos interpelar: como essa imagem pode servir aos propósitos de Jesus se aos peixes acontece o contrário, saem de seu ambiente vital e morrem fora da água? A estes responderemos que, para o povo de Jesus, o mar era visto como local de morte e caos. Por isso o chamado para sermos pescadores de homens.
O segundo ensinamento esta unido à brevidade da cena: basta um chamado do Senhor para que Pedro, André, Tiago e João deixem suas redes, seus barcos, seus pais e sigam o Mestre. Ninguém questiona Jesus quanto à segurança ou o futuro, apenas O seguem. Isso demonstra a radicalidade do nosso chamado. Não se trata de fuga do mundo, mas de resposta imediata diante da urgência do Reino dos Céus. Em nome disto, não se pergunta sobre o futuro nem sobre as capacidades que possuímos.
É necessário um SIM a Cristo e desta maneira ele transformará nossas vidas; SIM e enfim Jesus nos mostrará a importância de pensar nos outros que necessitam ser pescados para Cristo, arrancados de tantas situações de dor e tristeza!
O terceiro ensinamento é que nós não estamos sozinhos nessa tarefa de anunciar o Reino, pescar pessoas e sarar enfermidades, Jesus está conosco e nós o seguimos e assim, dois a dois servimos de acordo com nossas possibilidades!
Por fim, depois o ensinamento, o apelo prático: é necessário que cada um de nós, após termos escutado esse convite do Senhor, deixe tudo e se ponha com ele a pescar!

Viver a vocação cristã em um mundo de muita crença e pouca convicção


 
A sociedade em que vivemos tem feito do Ter, do prazer e do poder objetos de adoração e mais ainda, de verdadeira idolatria! A sede de poder sem limites desumaniza pessoas.  Em nome do desejo de se ter poder ilimitado é que se justifica invasão a determinados países, retaliações a determinados grupos, sensação de superioridade em quem mora em países mais estabilizados economicamente ou mesmo em cidades mais fortes economicamente dentro de nosso estado ou país. A sexualidade vivida de forma ilimitada, artificializa pessoas de forma que muitos homens medem a mulher como se ela só existisse do pescoço ao joelho e muitas mulheres para se libertarem de determinados rótulos têm se entregado resolutamente em projetos de traição e orgias, etc. A vida em seu conjunto perde a dimensão fraternal e comunitária assim, o planeta se torna campo a ser explorado e nada mais. O ser humano vai perdendo o sentido profundo de sua vida, sua razão de ser no mundo e tornando-se escravo de si mesmo, das leis criadas por ele mesmo e da máquina que deveria estar ao seu serviço. E nesse sentido, os jovens sao as primeiras presas deste sistema alienador e alienante. Como cristãos o que devemos fazer? Como viver a vocação cristã em um mundo imerso em crenças, mas sem nenhuma convicção clara? João Paulo II que será beatificado em maio, disse aos jovens em 1991, mas serve para os dias atuais:

“… não tenhais medo de ser santos! Tende a coragem de buscar e encontrar a verdade, para além do relativismo e da indiferença daqueles que tendem a edificar o nosso mundo como se Deus não existisse. Jamais sereis desiludidos se conservardes como ponto de referência na vossa busca, Cristo, verdade do homem. A revelar o mistério do Pai e do seu Amor, Ele manifesta perfeitamente o homem ao próprio homem e descobre-lhe a sublimidade de sua vocação.Tende a coragem da solidariedade, na Igreja e no mundo: convidai todos a serem, juntamente convosco, os artífices da ‘civilização do amor’, que o evangelho exige que edifiquemos, superando as divisões e os ódios que se escondem no coração humano, reconciliando os homens com as criaturas, os homens entre si e os homens com Deus. Eis aqui o enorme projeto que se vos apresenta. Compete-vos pô-lo em prática!… Ide também vós, por todos os lugares, sempre conscientes do desejo de (Jesus) Cristo: ‘Vim lançar fogo sobre a terra; e que quero eu senão que ele se tenha ateado?’ (Lc 12,49). Fazei com que arda este fogo que Jesus trouxe, o fogop do Espírito Santo, que queima toda a miséria humana, todo o mesquinho egoísmo, todo o mau pensamento. Deixai este fogo que se propague em seu coração”.

Viver a Vocação cristã em um mundo de muita crença e pouca convicção - 2

 
O então Papa, João Paulo II fez este desafio aos jovens: “É tarefa dos jovens lembrar à humanidade, por palavras e pelo testemunho, que Deus é Pai de todos. (…) Exorto-vos a colocarem Cristo no centro de vossas vidas e a darem testemunho de Cristo, para construírem um mundo mais justo e mais fraterno”.
nossa tarefa é neste mundo que quer se estruturar sem a lei e a presença de Deus e que em nome da liberdade que ele nao pode dar, conduz as pessoas à solidão, ao vazio: drogas, alcoolismo, depressão, prostituição, ganância, corrupção, abortos, violência ... e aumenta cada vez mais o numero dos suicídios, mostrar os verdadeiros valores do Evangelho de Cristo. O homem vai se afastando cada vez mais de Deus e atraindo para si a morte, pois está esquecendo que Deus é o princípio, o fim e a presença da vida. Ele é a Vida. O homem está esquecendo que é imagem e semelhança de Deus. Que Deus lhe preparou todo um universo, o ambiente da vida, e que é a presença de Deus, a união, a intimidade com Ele que mantém a vida.
Estamos esquecendo que Deus se fez um de nós, encarnou-se, veio recuperar, resgatar em nós esta imagem e semelhança sua maculada pelo pecado. Que Ele veio resgatar e nos mostrar pessoalmente a dignidade da vida.
Esta perda da consciência daquilo que somos é visível. Basta nos perguntar sobre a postura que temos diante da vida. Basta ver a realidade do matrimônio e da família como centro de formação da vida. Olhar para o número de abortos praticados a cada ano. E tantas outras realidades onde as cenas de morte parece ser normais nos dias de hoje. A proposta de Jesus vem ao encontro de todas essas realidades como uma proposta de VIDA, proposta de amor.

Viver a vocação cristã em um mundo de muita crença e pouca convicção - 3

 
O Deus que até então ninguém tinha visto, foi revelado por Jesus, (Jo 1, 18) e nesta revelação, Deus é apresentado por seu filho como Amor que deseja a vida de seus filhos, pecadores, e não a morte.Lucas nos apresenta as seguintes palavras de Jesus: “Os sãos não têm necessidade de médico e sim os doentes; não vim chamar os justos, mas sim os pecadores, ao arrependimento” (Lc 5,31).
Cristo tem uma proposta concreta, baseada no mandamento do amor. Esta proposta se concretiza em várias dimensões:
PERDÃO – Deus nos perdoa e vem fazer-se presente no meio de nós. Ele mostra que o perdão é essencial como caminho, como condição para voltar à verdadeira vida. Cristo é a união de Deus com os homens e disse: “Eu vim para que todos tenham vida” ( Jo 10,10).
ANÚNCIO DA BOA NOVA – Cristo ensina ao mundo qual é a Vontade de Deus, ou seja, o que é essencial para a vida do ser humano.
TESTEMUNHO – Cristo dá a sua vida pela nossa vida. Testemunha, vive tudo o que fala, e finalmente morre na cruz para nos reconciliar plenamente com Deus.
VIDA ETERNA – Ressurreição. Nos dá a razão, o sentido da fé. Garante-nos a eternidade.Cristo mostra que todos são filhos de Deus e têm os mesmos direitos diante de Deus. Sua proposta é de fraternidade, de encontro e união entre todos. Para que isto aconteça, Ele propõe o AMOR: amor a tal ponto de amar os inimigos. Sua proposta é radical. Vai contra os valores individualistas do mundo.
A fim de que mude a situação de pecado é necessário que haja a conversão. A conversão é um “parto doído”, um sair das estruturas de pecado (do individualismo), para entrar numa nova estrutura: a comunidade do amor.

Viver a vocação Cristã em um mundo de muita crença e pouca convicção - 4

 
O sacríficio do Senhor nos redimiu e pleo nosso Batismo nos compromissamos com ele: tornamo-nos cristãos. Somos herdeiros de Deus, elevados por Cristo à condição de filhos (cf. Gal 4, 1-7).
Ninguém pode ser cristão de nome, o cristão de verdade reproduz Jesus em sua vida. É perdoar a ponto de amar o inimigo. É anunciar ao mundo a Boa Nova que assumimos, testemunhando-a com a vida. Fazer do Evangelho, dos valores do reino a nossa conduta de vida. Viver o Evangelho no mundo de hoje como viveram as primeiras comunidades cristãs em seu tempo e em seu mundo (cf. At 2, 42 ss). Encontrar formas de mostrar ao mundo de hoje os valores nos quais nós acreditamos. Ter uma postura de vida coerente: traduzir a fé em gestos concretos, em atitude permanente. Tantas vezes temos medo de ser diferentes. Esquecemos que se é necessário conversão, temos que ser o testemunho vivo daquilo que diferencia a situação.
Ser cristão hoje, necessita “nadar contra a correnteza” que o mundo apresenta. E o próprio cristo nos alerta que o mundo nos odiará. Por isso Ele pede para vigiarmos sem cessar.
Portanto, é necessário perseverar na luta. E todos sabemos como isso é difícil. Mas o próprio Cristo nos mostra que o reino de Deus é conquistado com esta força: a força da nossa vontade, consoante com a vontade e a graça de Deus que se faz presente.
Para isso, necessitamos da oração, da leitura e reflexão da Palavra de Deus, do silêncio e da escuta, a fim de descobrirmos a Vontade de Deus que nos levará à caridade, à vivência desta proposta.

Viver a Vocação Cristã em um mundo de muita crença e pouca convicção - 5

 
O fundamento de tudo é a Fé em Jesus Cristo. Para que nossas palavras tenham respaldo e nosso testemunho seja aceito, devemos ter a plena convicção de que aquilo que acreditamos é verdade! Como cristãos, afirmamos que Deus é Pai e que não se solidariza com os maus que geram sofrimento a este mundo,  afirmamos Jesus Cristo como Caminho, Verdade e  Vida,  todavia, mesmo afirmando tais coisas, muitos sequer pegam a Sagrada Escritura, falam do amor de Deus sem Bíblia, falam de libertação sem Bíblia, em nome de quem seria? Com que frequência temos nos aproximado do Banquete do Senhor? Até que ponto nossas vidas servem como testemunho do Senhor que é Salvador? a nossa Fé, Esperança e Caridade nos qualificam como cristãos. Mas, se não temos convicção de nossa esperança, o que poderemos ser para este mundo? Se a nossa vida no dia-a-dia, o nosso modo de ser e de viver, a partirem das menores coisas e momentos que sejam, a nossa honestidade, coerência, caridade, fidelidade, não esquentarem o coração das pessoas, não as atraírem para Deus, estamos sendo falsos cristãos, nossa vida não está sendo de acordo com a nossa fé. Nosso momento é agora. Não importa os passos dados, mas os que estamos e estaremos dando a partir de agora.

EU Ficaria de Pé... e Você?

Esta é uma história verdadeira que aconteceu há alguns anos, na Universidade da Carolina do Sul, nos Estados Unidos.

Havia um professor de filosofia que era um ateu convicto.

Sempre sua meta principal era tomar um semestre inteiro para provar que DEUS não existe.

Os estudantes sempre tinham medo de argüi-lo por causa da sua lógica impecável.

Por 20 anos ensinou e mostrou que jamais haveria alguém que ousasse contrariá-lo, embora, às vezes surgisse alguém que o tentasse, nunca o venciam.

No final de todo semestre, no último dia, fazia a mesma pergunta à sua classe de 300 alunos:

- Se há alguém aqui que ainda acredita em Jesus, que fique de pé!

Em 20 anos ninguém ousou levantar-se.

Sabiam o que o professor faria em seguida. Diria : - Porque qualquer um que acre dita em Deus é um tolo! Se Deus existe impediria que este giz caísse ao chão e se quebrasse.

Esta simples questão provaria que Ele existe, mas, não pode fazer isso!
E todos os anos soltava o giz, que caia ao chão partindo-se em pedaços.

E todos os estudantes apenas ficavam quietos, vendo a *DEMONSTRAÇÃO.*

A maioria dos alunos pensavam que Deus poderia não existir. Certamente, havia alguns cristãos mas, todos tiveram muito medo de ficar de pé.

Bem.... há alguns anos chegou a vez de um jovem cristão que tinha ouvido sobre a fama daquele professor. O jovem estava com medo, mas, por 3 meses daquele semestre orou todas as manhãs, pedindo que tivesse coragem de se levantar, não importando o que o professor dissesse ou o que a classe pensasse. Nada do que dissessem abalaria sua fé... ao menos era seu desejo.

Finalmente o dia chegou. O professor disse:

- Se há alguém aqui que ainda acredita em Jesus, que fique de pé!
O professor e os 300 alunos viram, atônitos, o rapaz levantar-se no fundo da sala.

*O professor gritou*:
- Você é um *TOLO!!! *Se Deus existe impedirá que este giz caia ao chão e se quebre!
E começou a erguer o braço, quando o giz escorregou entre seus dedos, deslizou pela camisa, por uma das pernas da calça, correu sobre o sapato e ao tocar no chão simplesmente rolou, sem se quebrar.

O queixo do professor caiu enquanto seu olhar, assustado, seguia o giz.
Quando o giz parou de rolar levantou a cabeça.... encarou o jovem e... saiu apressadamente da sala.
O rapaz caminhou firmemente para a frente de seus colegas e, por meia hora, compartilhou sua fé em Jesus. Os 300 estudantes ouviram, silenciosamente, sobre o amor de Deus por todos e sobre seu poder através de Jesus.
Muitas vezes passamos por situações em que acredit a mos que "nosso giz" vai quebrar, mas Deus, com sua infinita sabedoria e poder faz o contrário.

EU ESTOU DE PÉ!!! Alguém me acompanha???